“Alien: Romulus” é a 9ª aparição do alienígena nos cinemas, iniciada com o filme “Alien”, protagonizado e imortalizado pela atriz Sigourney Weaver e o filme anterior foi o decepcionante “Alien: Covenant”, de 2017. A produção “Alien: Romulus” estreia hoje (15) nos cinemas brasileiros, tem classificação de 16 anos e 1h59 de duração.
Em Romulus, um grupo de jovens trabalhadores infelizes com suas funções almejam trilhar suas vidas em lugar melhor do universo. Eles planejam roubar uma nave para ir à Yvaga, um lugar onde os personagens falam que poderiam ver e sentir o por do sol, o que eles não esperavam era encontrar uma forma de vida na nave que iria por fim no destino ensolarado deles.
Um dos aspectos positivos do filme é o suspense, como na cena na qual a criatura que solta ácido pelos dentes surge e um personagem está preso no mesmo ambiente. Ou quando o grupo precisa correr por um corredor para chegar a uma porta, como se fosse uma cena da série “Maze Runner”, porém, eles enfrentam um mar de “facehuggers” ao longo do caminho, que saltam em direção às vítimas. Para quem não se lembra, facehugger é o estágio inicial do Alien em que ele eclode do ovo e pula em direção à cara da vítima.
Os efeitos especiais e os efeitos visuais do longa são de outro mundo, pois nos prendem em uma atmosfera claustrofóbica, sem saber o que está por vir. O Alien está mais assustador que nunca.
A química entre a protagonista Rain Carradine, interpretada por Cailee Spaeny do recente “Guerra civil”, que considera o robô Andy, feito pelo ator David Jonsson, “um irmão”, é bem convincente na tela, carregando o drama necessário que os dois protagonizam até chegar nos momentos finais do filme.
Já o resto do elenco é formado por atores desconhecidos, logo não há muita empatia com os seus personagens, nem desenvolvimento dos mesmos, então o que se espera a cada cena é que o Alien os encontre e faço o serviço bem feito para deleite do público. Falando em Alien, é inexistente uma grande ou marcante sequência de perseguição da criatura com as suas vítimas, dando a sensação de desperdício com o material que o diretor tinha em mãos.
O diretor deste novo filme é Fede Alvarez, que também comandou o ótimo remake sangrento do clássico trash dos anos 80 “A morte do demônio”, de 2013. Porém, em Romulus, constata-se que ele economizou nos litros de sangue cenográfico, pois as mortes dos personagens passam despercebidas em meio a uma fotografia escura e tensa, então se você espera um filme gore e que o Alien acabe com quem tropeça em seu caminho, não é aqui.
No fim, “Alien: Romulus” tem mais pontos positivos do que negativos, e entrega um filme à altura do alienígena mais aterrorizante do espaço, com um final que vai chocar os fãs, tanto quanto a cena final de “Prometheus”, de 2012.
UERJ VIU: 3,5/ 5 estrelas