“Hellboy e o Homem Torto” faz filme anterior parecer uma obra de arte

"Hellboy e o Homem Torto" faz filme anterior parecer uma obra de arte

Nova adaptação do diabão vermelho das “hqs” para o cinema consegue ser pior que o filme anterior

Por: Vinícius Rodrigues

Neste novo capítulo da história do irreverente personagem que veio do mundo das histórias em quadrinhos, Hellboy precisa enfrentar seus medos internos e um mal ainda maior: o Homem Torto, uma espécie de ser trevas que coleciona almas no seu bolso.

O filme já começa com uma sequência de ação num trem em movimento, e constata-se ser um longa de baixo orçamento, porque os defeitos especiais, quer dizer, os efeitos especiais são abaixo do esperado para uma produção do diabão vermelho. A sequência ainda envolve um monstro que hora está bem feito, hora está mal feito, fora outros detalhes perceptíveis da cena, que implora por bons visuais, mas que nunca chega.

Antes os problemas eram só esses, mas não para por aí. O visual do novo Hellboy, interinterpretado pelo ator Jack Kesy, é legal e descolado, como pede o personagem. Ele faz tudo o que pode em cena, mas entrega um personagem mais insosso e sem graça até agora, pois as poucas piadas que o personagem solta pelo filme são piores que as do tio do pavê do Natal. O filme tem que ser menos engraçado, porque agora temos uma história de terror, com direito a bruxas e o Homem Torto do título, mas este último só aparecerá no final do filme, garantindo boas cenas para a nova atmosfera da história.

O elenco coadjuvante também fica aquém do esperado, com a atriz Adeline Rudolph, que também faz o possível para entregar carisma com o pouco que tem, e o ator Jefferson White, que faz uma espécie de bruxo do bem que está à procura da família. O único rosto mais conhecido do elenco é do ator Joseph Marcell, imortalizado como o mordomo Geoffrey, da série “Um maluco no pedaço”, que faz um padre.

No fim, “Hellboy e o Homem Torto” não funciona como comédia, não funciona como terror, e quem deseja assistir cenas de ação, só tem uma, na abertura do filme, e outras duas no meio e no fim, e nem são tão boas, resultando assim, num filme bem arrastado, que parece não ter fim, e com uma história confusa.

A dica que fica é: melhor rever os filmes anteriores, principalmente o tão criticado negativamente anterior “Hellboy”, de 2019, porque pelo menos entregava um elenco na medida, boas sequências de ação com ótimos efeitos visuais, num filme com um bom ritmo, mesmo sendo inferior às adaptações de Guillermo del Toro, com o perfeito Ron Perlman na pele do protagonista, do que ver este novo filme nos cinemas.

Porém, para aqueles que querem ver para tirar suas próprias conclusões, o filme estreia esta semana nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (5), tem classificação de 16 anos e tem 1h39 de duração.

UERJVIU: 2/5 estrelas

“Hellboy e o Homem Torto” faz filme anterior parecer uma obra de arte

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