Besouro Suco, Besouro Suco… Besouro Suco! “Os Fantasmas Ainda se Divertem”, o novo filme do diretor Tim Burton, estreia hoje (5) nos cinemas brasileiros, tem classificação de 14 anos e 1h38 de duração. E já avisamos que vocês vão se divertir tanto quanto no filme anterior!
Após 36 anos desde o lançamento do filme “Os Fantasmas se Divertem”, que foi reprisado diversas vezes na “Sessão da Tarde”, da TV Globo, chega aos cinemas o novo capítulo da história do personagem irreverente “Beetlejuice”, ou “Besouro Suco”: “Os Fantasmas Ainda se Divertem”. No novo filme, o Besouro Suco, ganha um novo cargo no mundo dos mortos, e comanda um setor burocrático e tem vários subordinados ao seu dispor. Quem também retorna é o amor antigo do Besouro, Lydia Deetz, que, no primeiro filme, era uma adolescente gótica, que parecia estar morta no mundo dos vivos. No “Os Fantasmas Ainda se Divertem”, ela é uma mulher madura, apresentadora de um programa de terror na TV e tem até uma filha adolescente, Astrid Deetz. A mãe de Lydia também volta à nova aventura e agora é uma renomada artesã.
Na nova trama, tem-se uma exploração do mundo dos mortos não vista no filme original, com o elenco novo de coadjuvantes, que aparecem poucas vezes, mas essas poucas vezes são carregadas pelo carisma dos mesmos: Willem Dafoe faz um cênico chefe de polícia do submundo e Monica Beluche interpreta a vilã do longa, uma estilosa ex-amada do Besouro Suco que acorda dos confins dos mortos com sede de vingança. Quem também rouba cena é a atriz Catherine O’Hara, interprete de Delia, mãe de Lydia, que está mais cínica do que nunca e arranca boas risadas, já sua filha, Lydia, interpretada por Winona Ryder, com a chegada da idade, aparenta estar de bem com o mundo dos humanos, e sua filha, Astrid, é feita por Jenna Ortega, conhecida pela série da Netflix, “Wandinha”, entrega uma personagem bem apagada, que poderia ser interpretada por qualquer outra atriz que não faria a menor diferença, por último, mas não menos importante: o Besouro Suco parece estar um “pouquinho” mais contido, mas Michael Keaton parece não ter envelhecido sob a maquiagem do personagem no rosto, e nos diverte. E muito.
Tim Burton traz de volta o seu submundo peculiar, que só poderia ter saído da mente do próprio, conhecido por filmes góticos, obscuros e esquisitos, requisitos que o tornaram um grande e amado diretor pelos cinéfilos. O filme é composto por diversos cenários práticos do mundo inferior, com iluminação colorida, com cores vivas, ora escuras e densas, mas agora conta com efeitos computadorizados, os quais são quase imperceptíveis, em comparação com os filmes atuais, que fazem do cinema um jogo de videogame. A maquiagem é mais um acerto, e assim como no filme anterior, seu uso se justifica para mostrar a inventividade de seus autores: personagens que tiveram grandes danos quando mortos, sejam mordidos ao meio por um tubarão, ou esquartejados.
Quando “Os Fantasmas Ainda se Divertem” termina, a sensação que fica é que Tim Burton entrega um filme bem-humorado, divertido, cantante, cartunesco, com um elenco que não tem medo de brincar em cena. Mesmo que o filme demore a engrenar no começo, ele acaba servindo como uma boa sequência do clássico de 1988, e traz até mesmo um vislumbre dos tempos de vivo do Besouro Suco.
UERJVIU: 3,5/5 estrelas