Como os candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro pretendem lidar com a questão ambiental
Em meio a mudanças climáticas e catástrofes ambientais, cariocas podem decidir como mudar cenário ambiental através das eleições
Por Maria Eduarda Galdino e Julia Lima
As eleições para a prefeitura do Rio de Janeiro acontecem neste domingo, 6 de outubro. Todos os candidatos à prefeitura apresentaram à Justiça Eleitoral propostas de governo. Atualmente, um dos temas prioritários para a discussão é a crise climática: enchentes, queimadas e desabamentos são frequentes e impactam a vida de milhares de cariocas todos os anos.

A Agenc analisou os programas de governo dos 4 candidatos mais bem colocados nas últimas pesquisas, sendo eles Eduardo Paes (PSD), Alexandre Ramagem (PL), Tarcísio Motta (PSOL) e Rodrigo Amorim (União Brasil). A seguir, você encontra as propostas de cada um deles para a questão ambiental na cidade:
Eduardo Paes
Eduardo Paes traz propostas que englobam não só a preservação ambiental, mas também planejamentos para lidar com as mudanças climáticas, como as ilhas de calor e enchentes.
Paes pretende criar o “Projeto ZN Verde” que visa produzir mudas que tem o objetivo de produzir mudas em grande escala para arborizar e reduzir as ilhas de calor na Zona Norte.
Em relação às mudanças climáticas, o candidato à reeleição propõe o projeto “Jardim maravilha”, que tem por objetivo expandir e melhorar os sistemas de drenagem para que o Rio de Janeiro possa estar mais resiliente a mudanças climáticas.
Logo mais, ele propõe estabelecer um plano de controle de enchentes na Bacia do Rio Acaraí, onde aconteceu uma enchente que atingiu a casa de 20 mil cariocas no começo desse ano, o controle promete estabilizar os trechos 1 e 2.
Outro projeto apresentado no plano é construção de habitações para o reassentamento de populações ribeirinhas em áreas de baixadas, propensas a inundações ordinárias, agravadas pela mudança climática. Ainda citando a problemática das enchentes, Paes deseja ampliar o sistema de sirenes para as comunidades suscetíveis a enchentes ordinárias.
Alexandre Ramagem
O plano do deputado federal cita um “conjunto de ações estratégicas e integradas para tratar a poluição, a gestão de resíduos, a proteção de áreas verdes, de nossas águas e a conscientização da população no que tange ao descarte inadequado do lixo em toda a cidade”, sem maiores detalhes, salientando que utilizará de concessões e parcerias público-privadas onde for possível.
No programa há a promessa de programas de reflorestamento de áreas degradadas e criação e manutenção de parques e áreas verdes para a população.
Tarcísio Motta
Uma das propostas do deputado federal é o Plano Municipal de Transformação Ecológica. Os três principais objetivos descritos no plano são a redução da emissão de gases de efeito estufa, a redução do consumo e descarte de isopor e plástico na cidade e a garantia de água limpa e comida saudável para a população da cidade.
Também há o projeto do sistema municipal de proteção socioambiental, que envolve a atualização do plano de contingência de emergências e a criação do Agente Comunitário de Proteção Socioambiental, que avaliará vulnerabilidades dos territórios e terá o trabalho de conscientização da população.
Tarcísio propõe também o Plano de Arborização Produtiva Urbana, no qual as árvores das vias públicas serviriam para produzir alimentos para a população.
Rodrigo Amorim
Em relação ao meio ambiente, Rodrigo Amorim traz propostas de combate às enchentes por meio de projetos de escoamento e o levantamento de obras com prazo de 3 anos que previnam as enchentes, e a comunicação com a associação de moradores, visando o combate a construções irregulares que agravam as enchentes.
O candidato também prometeu trabalhar a favor da sustentabilidade. Rodrigo quer implantar o sistema de energia solar que é feito na cidade de Vancouver, no Canadá, com o objetivo da diminuição de carbono. Ainda com a missão de combater as grandes emissões de carbono, Rodrigo Amorim quer investir em transportes públicos e criar polos de emprego próximo às residências, para que não haja grande deslocamento por meio de veículos particulares.