Exposição “Arritmias” está em cartaz na Uerj
Por: Alice Moraes e Gabriela Martin
Galeria Candido Portinari, exposição “Arritmias”. Foto: Alice Moraes
Foi inaugurada, dia 10 de outubro na Galeria Candido Portinari, a exposição “Arritmias”, que reúne obras de 15 artistas. Organizada pelo Departamento Cultural da Uerj (DeCult) e pela Coordenadoria de Exposições (Coexpa) da Universidade, a exposição gratuita ficará disponível para visitação até o dia 06/12, das 10h às 19h.
Com a curadoria de Analu Cunha, Ana Tereza Prado Lopes, Gustavo Barreto e Marisa Flórido, “Arritmias” busca provocar reflexões sobre as diferentes leituras de ritmos no cotidiano e a consonância e o desalinho desses ritmos. “Precisamos pensar em qual velocidade a gente vive. Vivemos o imediatismo impulsivo das redes sociais, orientadas pelo ritmo do código binário. A qual tipo de servidão o universo digital nos coloca? O que ganhamos e o que perdemos com isso?”, questiona a crítica de arte e curadora Marisa Flórido, em entrevista para a Diretoria de Comunicação Social da Uerj (Comuns).
Dentre os artistas de “Arritmias” estão Alexandre Paes, Analu Cunha, Amador e Jr., Chang Chi Chai, Darks Miranda, Floriano Romano, Gabriela Machado, Gabriela Mureb, Ismael David, Kátia Maciel, Lin Lima, Martha Niklaus, Mayana Redin, Natália Quinderé e Roberta Paiva.
A educadora e mediadora da exposição explicou o porquê da exposição se chamar “Arritmia”. Melissa Oliveira, de 24 anos, pontuou que “a ideia da exposição é trazer um pouco dos ritmos, em relação ao som e movimento”. De acordo com a mediadora, cada visitante terá uma experiência diferente com cada vídeo arte das obras. “Cada ritmo traz algo diferente dependendo de quem assiste”, esclareceu Melissa.
Vídeo arte “Lambada Estranha”, 2020, Darks Miranda. Foto: Alice Moraes
Na obra acima, a mediadora contextualizou seu significado. Intitulado “Lambada estranha”, o vídeo arte mostra dançarinos executando movimentos leves e delicados em meio a uma música animada. Sobre isso, Melissa explicou: “Aquele vídeo está tocando música acelerada e a dança em um ritmo devagar. Nos traz um questionamento, então. Será que precisamos dançar conforme a música?”
Por meio de materiais diversos como vídeos, lápis, cerâmicas, laptop, sapatos, motor vibratório de celular, cordas, cadernos e sementes, os artistas buscam evidenciar o cotidiano e suas complexidades, ao refletir sobre o acelerado ritmo do dia a dia, que sem os momentos de pausa se torna uma arritmia.