Caravana da Coca-Cola chega ao Rio e passará pela Grande Tijuca

Caravana da Coca-Cola chega ao Rio e passará pela Grande Tijuca

Por Alice Moraes

                                        Imagem: G1 – Lening Abdala/Divulgação

Faltando poucos dias para o Natal, as ruas dos bairros da Grande Tijuca já estão bastante movimentadas, e uma das atrações natalinas da região será a Caravana de Natal da Coca-Cola. O site oficial da  empresa disponibilizou o itinerário da Caravana no estado do Rio de Janeiro. Um dos destinos é a Grande Tijuca, onde a Caravana passará nesta sexta, dia 13, começando às 19h.

Os desfiles natalinos no Brasil percorrerão aproximadamente 50 cidades em 15 estados. A Caravana, neste ano, se iniciou dia 27 de outubro, em Crato (CE), e está prevista para finalizar no dia 22 de dezembro, em Natal (RN). 

Além de oferecer lazer para a população, o evento garante diversão para as crianças, oferecendo interação com o Papai Noel. Com a intenção de promover o espírito natalino entre as famílias, os veículos iluminados e enfeitados são uma oportunidade para o morador da Grande Tijuca tirar belas fotos para serem exibidas nas redes sociais.

A partir das 19h desta sexta (13), a Caravana de Natal passará pelos seguintes pontos de referência: Maracanã, Tijuca e Vila Isabel. Essa é a parte 1 da Caravana na Grande Tijuca. A parte 2, no mesmo dia, terá os mesmos pontos de referência, mas o trajeto ocorrerá em ruas diferentes. 

Confira as ruas do primeiro trajeto, desde o ponto de início até a última parada: Rua Mariz e Barros, Rua Almirante Cochrane, Rua Santo Afonso, Rua Major Ávila, Avenida Maracanã, Rua Barão de Mesquita, Rua Agostinho Menezes, Rua Maxwell, Rua Teodoro da Silva, Boulevard 28 de Setembro, Rua Barão de Cotegipe, Rua Mendes Tavares, Rua Barão de São Francisco e Rua Barão de Mesquita, onde a caravana se despede da população no primeiro percurso. 

Para mais informações sobre a rota da Caravana de Natal na Grande Tijuca, acesse o site oficial da Coca-Cola: https://www.coca-cola.com/br/pt/offerings/christmas/coca-cola-truck

Peça usa mito de Sherazade para falar de violência contra mulher

Peça usa mito de Sherazade para falar de violência contra mulher

Em cartaz no Teatro Municipal Ziembinski, na Tijuca, a adaptação do livro da escritora Libanesa Joumana Haddad critica uma das personagens mais famosas da literatura oriental

Por Vinicius Rodrigues

           Poster de divulgação da peça Eu Matei Sherazade. Foto: Instagram Teatro Municipal Ziembinski

No último dia 25 de novembro, Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher,  foi divulgado que uma mulher é morta por feminicídio a cada 10 minutos no mundo. Em meio a este cenário, uma peça de teatro tem chamado a atenção para este grave problema enfrentado pelas mulheres: “Eu matei Sherazade, confissões de uma árabe em fúria”.

A peça é a adaptação livre do livro de Joumana Haddad em solo brasileiro, idealizada e protagonizada pela atriz Carol Chalita, com direção de Miwa Yanagizawa e trilha sonora original de Beto Lemos. O monólogo aproxima a realidade da mulher árabe da mulher brasileira, e está em cartaz até 15 de dezembro no Teatro Municipal Ziembinski, próximo à estação de metrô São Francisco Xavier, na Tijuca, Zona Norte do Rio, às sextas, 20h, e aos sábados e domingos, às 19h. Os ingressos custam entre R$25 e R$50, e podem ser comprados na bilheteria do teatro ou online no site  Teatro Municipal Ziembinski

A peça tem valor promocional para estudantes e servidores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro(Uerj): R$20, na bilheteria do teatro, só é necessário informar que veio pela Uerj.

O conto clássico árabe As Mil e uma noites, muito famoso no Oriente Médio, conta a história de um rei que foi traído por uma de suas esposas, e como punição, a mata. Além disso, rancoroso pela traição, ele passa a se casar com moças virgens do seu reino e matá-las ao amanhecer, como forma de vingança. Então, entra Sherazade, a moça que irá quebrar esta corrente de violência contra as mulheres. Ela casa-se com o rei assassino, e para evitar ser morta, passa a contar histórias a ele, e as interrompe antes do amanhecer, tática que se estica por mil e uma noites. Dessa forma, Sherazade consegue fazer o assassino se afeiçoar a ela, que desfaz o rito das mortes e salva as mulheres do reino.

A personagem Sherazade foi cultuada como uma figura de força feminina por tempos ao redor do mundo, algo que a escritora, ativista e jornalista libanesa Joumana Haddad discorda, e critica em seu livro Eu matei Sherazade, confissões de uma árabe em fúria, que visa desmistificar esta

personagem clássica, através do olhar de uma mulher no mundo árabe, em que a morte de Sherazade simboliza o fim da submissão das mulheres diante do patriarcado.

O Notícias da Vila conversou com a atriz Carol Chalita sobre a adaptação da obra e a sua importância no Brasil:

Qual a importância da peça Eu Matei Sherazade no Brasil?

É entender que a relação da mulher e da formação do feminino independe de qualquer cultura, pois a cultura patriarcal é globalizada. Então, trazer o texto de uma mulher árabe, libanesa, que carrega em si um monte de preconceitos em ser uma mulher árabe, como se a mulher árabe não tivesse uma objetividade ou liberdade, não tivesse nenhum tipo de revolta sobre a cultura patriarcal opressora, já é um erro. E trazer esse texto para o Brasil significa aproximar a realidade da mulher árabe para a da mulher brasileira, e dizer que os problemas de lá são os mesmo daqui. É alarmante que o Brasil é o quarto país em feminicídios do mundo, e se aproxima do Afeganistão com a lei antiaborto que os políticos querem aprovar. Logo, a verdade é aproximar as realidades e questionar, desvelar os véus da sociedade brasileira sobre o problema crônico que é a violência contra as mulheres no Brasil.

Como foi adaptar o livro Eu Matei Sherazade para teatro?  Houve muitas mudanças para o contexto brasileiro?

Na verdade, a gente selecionou o que fazia sentido para mim, como artista, o que eu queria, o que eu tinha desejo de falar, e eram muitas coisas. A gente se surpreendeu muito como se aproxima da nossa realidade, de ser mulher no Brasil. A gente acrescentou o mito de Sherazade, inicialmente na peça, que não está no livro da Joumana, para poder mostrar quem é ela, e do maior arquétipo feminista árabe, que, na verdade a Joumana oferece um novo olhar sobre arquétipo, que, na verdade, ela não subverte a lógica da submissão, mas com seus dotes e inteligência, ela ainda precisa subornar o homem com as suas histórias intermináveis das mil e uma noites para sobreviver. Então, ela não pode viver a vida que ela escolheu ser, ela ainda está presa como subalterna de um homem. Logo, nós colocamos esse mito inicial para poder mostrar o quão não queremos negociar nenhum tipo de liberdade, nenhum tipo de vontade, pois isso é uma sobrevida. A mulher não tem que agradar um homem para ela sentir que está salva. Ela não tem que dar para ele nada do que a gente tem que ele queira para se sentir segura. A gente tem que se sentir segura por simplesmente se existir mulher. A questão de matar Sherazade é que não queremos mais esse arquétipo de subornar um homem para sobreviver. Não temos que subornar ninguém para sobreviver. Nós temos que simplesmente existir.

Para você, como atriz, houve algum desafio para fazer esta peça no Brasil?

É um projeto que tem 11 anos que ele foi concebido e idealizado, que só agora, depois desses 11 anos, eu consegui fazer sem patrocínio, sem nada, a não ser na pandemia, que conseguimos fazer um experimento online pela lei Aldir Blanc. Mas as empresas não têm muito interesse em falar sobre a liberdade feminina. Até mesmo as empresas com bandeiras sobre o feminismo, eu senti uma resistência. Até porque, nós trazemos uma árabe falando de uma forma crua e sem pudor, e colocando o dedo em feridas muito nevrálgicas da nossa sociedade brasileira, ela escancara uma hipocrisia brasileira, apesar de estar falando da realidade árabe, que muitas empresas não tinham o interesse no tema. A liberdade feminina ainda é um tabu, a liberdade sexual feminina, a liberdade de mulheres no poder, de liderança feminina ainda tem uma força muito oposta para que a gente fique no apagamento. Existe um medo muito grande de mulheres estarem em liderança, pois nós temos muito poder. E isso assusta os homens. A gente lida agora com uma sociedade na minha cabeça que é o tempo das Valkírias: são mulheres independentes, mulheres que têm sua vida, sua vida financeira, sua liberdade sexual e é por isso que o feminicídio tem aumentado tanto. Os homens não estão sabendo lidar com a liberdade feminina. Logo, eu acho que vivemos os tempos das Valkírias, e essa repreensão violenta sobre os nossos corpos têm tudo a ver com a gente estar aumentando o nosso espaço de liberdade.

Recentemente, na Câmara de deputados, foi aprovada uma PEC que pode acabar com o aborto legal no Brasil. Diante disso, qual o papel da arte, da peça, para debater e ajudar a compreender as necessidades e direitos das mulheres no país?

Essa PEC que estão tentando aprovar só reforça essa cultura patriarcal opressora e assassina que está se sentindo ameaçada, e eles precisam ter poder sobre os nossos corpos, e o aborto é uma das formas. Eu acho que a Joumana Haddad deixa um legado para nós no Brasil: ela foi eleita pelo voto direto para exercer um cargo no parlamento libanês e os homens não deixaram ela exercer o cargo. E ela manteve a força de resistência. Então, ela criou um programa, ela não para de escrever, ela não para de falar sobre o assunto, e ela disse: “me perguntam muitas vezes porque eu continuo escrevendo livros? Será que isso tem eficácia?. Quanto mais eu escrevo, quanto mais eu falo, maior poder eu tenho de entrar na mentalidade das pessoas”. Logo, esse é o nosso papel na arte, a gente combater de forma lúdica, trazendo sempre polêmicas e tirando do conforto a nossa realidade. Cada vez mais fazer essa peça, a gente está levantando essa bandeira de conscientização para homens e mulheres dos nossos deveres, e ressignificar os padrões de relação. Pois, os padrões de relação que estão aí não funcionam, são padrões assassinos. Então, nós trazemos através da arte uma provocação que fique dentro de cada um que assistir à peça, uma possibilidade de refazer seus pactos dentro do seu ambiente, seja na sua casa, na sua família ou no seu trabalho.

Como você espera que o público saia após assistir à peça Eu Matei Sherazade?

O que eu espero já está acontecendo, pois as pessoas estão saindo arrebatadas da peça, elas estão repensando suas vidas, elas repensam seus relacionamentos, tanto homens, quanto mulheres sobre como essa formação patriarcal tem sido nociva para gente construir o imaginário social de que homens e mulheres tenham equidade de gênero, que tenham direitos parecidos, direitos que não oprimam uns aos outros, mas que sejam complementares, que sejam uma troca, que sejam uma relação absolutamente frutífera que some, não que elimine um para o outro existir. O que a gente vê, na verdade, a violência doméstica não só fere a mulher que é vítima, mas toda uma família, toda uma sociedade, e inclusive os serviços de saúde, pois é uma destruição em massa. Imagina o psicológico de uma criança que vê o pai assassinando a mãe. Enfim, eu acho que a peça traz à tona esse lugar, essa construção, essa mentalidade patriarcal que precisa ser absolutamente desconstruída e revista. E o lugar da mulher onde ela tenha coragem de querer ser o que ela quiser ser na hora que ela quiser e quando ela quiser. É um estado de impermanência, ela pode ser tudo o que ela quiser na hora que ela quiser, ela pode mudar completamente da água  para o vinho quando ela quiser. É um lugar de estado de liberdade mesmo. Eu espero que a peça provoque isso, e ela está provocando, e mais do que isso. Que a gente fique em cartaz por muitos anos, para estar trazendo esse tipo de discussão, e pensar de que forma nós influenciamos as próximas gerações, para que daqui a alguns anos, a gente não precise fazer essa peça, que sejam novas discussões. É isso que eu espero. Que o público cada vez vá mais ao teatro, ampliando cada vez mais as possibilidades de transformações em suas vidas.

Saúde mental em foco: especialista explica importância do cuidado

Saúde mental em foco: especialista explica importância do cuidado

Atendimentos gratuitos são oferecidos pelo Serviço de Psicologia Aplicada da Uerj.

Por Alice Moraes

                                             Imagem: Blog AmorSaúde

De acordo com o Instituto Cactus em parceria com a AtlasIntel, 68% dos brasileiros relatam sentimentos de nervosismo, ansiedade e tensão. A pesquisa, divulgada em junho deste ano, também mostrou que 55,8% das pessoas não buscam ajuda profissional.

A pesquisa “Panorama da Saúde Mental” foi realizada com intuito de mostrar dados para chamar atenção sobre a saúde mental da população brasileira. Ela foi feita de forma representativa: 3.266 pessoas foram ouvidas entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024. Esses participantes são brasileiros acima de 16 anos e moradores das cinco regiões do país. Os autores do estudo reforçam que é importante ampliar práticas de prevenção e promoção de saúde mental para a população em geral.

O psicólogo clínico Pedro Casarim apontou quais são os sinais de problemas na saúde mental: “O sinal mais claro de que algo não está legal na saúde mental é quando isso compromete as tarefas do cotidiano”. Ou seja, a pessoa não tem mais interesse em atividades que a interessava antes. 

Além disso, a pessoa tende a ficar mais isolada, afastada dos  ambientes sociais. “Esses são indícios muito fortes de que a depressão pode estar acontecendo”, pontua o psicólogo. Quando algo começa a incomodar, “já é motivo para procurar tanto um médico clínico geral quanto um psicólogo”, ele alerta. 

 

Qual a importância de cuidar da saúde mental? 

Segundo o especialista, muitos indivíduos tendem a cuidar mais da saúde física, negligenciando a saúde mental. A qualidade de vida, na verdade, se baseia em tratar tanto da saúde física quanto da saúde mental. Sobre isso, o psicólogo orientou: “A saúde física e a mental andam lado a lado. Eu vejo que ainda existe esse estigma com relação à saúde mental, mas, depois da pandemia, tivemos um aspecto positivo: as pessoas passaram a enxergar a saúde mental da maneira que ela precisa ser enxergada”.

Segundo Pedro, a resistência em cuidar da  saúde mental pode vir não só por influência alheia, mas também por pensamentos da própria pessoa. “Se a pessoa percebe que não está legal, e ela não procura ajuda, muito provavelmente essa resistência parte mais dela do que de outro alguém. Eu acho importante furar esse bloqueio, sair da zona de conforto. Procurar ajuda pro campo da saúde mental vale a pena, porque vai trazer qualidade de vida”.

A falta de cuidado com a saúde mental pode levar a consequências graves, como alcoolismo e dependência química. É essencial buscar ajuda especializada antes que esses comportamentos se tornem problemas irreversíveis.

 

Quais são os benefícios da psicoterapia? 

O psicólogo Pedro Casarim gostaria que todos tivessem a oportunidade de passar  por terapia. “Acho que seria muito importante que todos tivessem pelo menos um contato com a terapia, se fosse possível. Antes mesmo da adolescência, num sentido de prevenção”. 

De acordo com ele, um dos benefícios da terapia é ajudar o paciente a conseguir lidar de forma consciente com suas questões pessoais. O autoconhecimento também pode ser listado como um dos benefícios oferecidos pela psicoterapia. “Saber quem a gente é, isso é libertador”, finaliza o psicólogo. 

Pedro Casarim, de 30 anos, é psicólogo clínico há três anos. Formado em psicologia pela Estácio, ele realiza atendimentos online com valores sociais e promocionais para estudantes da Uerj. Para agendar uma terapia, encaminhe mensagem para seu contato: (21) 97291-4075. 

 

Serviços oferecidos pelo SPA 

O Serviço de Psicologia Aplicada (SPA), localizado no bloco D do décimo andar da Uerj, no Campus Maracanã, oferece atendimento gratuito tanto para os alunos da Universidade quanto para o público de fora. Para realizar a inscrição, o perfil do Instagram @psicologiauerj disponibiliza o formulário uma vez por semestre. Para esclarecimento de dúvidas, entre em contato pelo e-mail acolhimentoeacompanhamento.spa@gmail.com

O Plantão Psicológico da Uerj fornece escuta psicológica gratuita. A escuta é um acolhimento emergencial e  não precisa de inscrição prévia. Aos interessados, a secretaria (sala 10.006) do bloco D do décimo andar direciona o paciente à sala que proporciona o serviço. Ele funciona às quartas, das 14h às 16h.

Novembro Azul: especialistas destacam a importância do diagnóstico precoce  na cura do câncer de próstata

Novembro Azul: especialistas destacam a importância do diagnóstico precoce na cura do câncer de próstata

Exames preventivos estão disponíveis gratuitamente no Hupe/ Uerj

Por: Gabriela Martin e Alice Moraes

 

Reprodução: Agência Gov

No último domingo (17) ocorreu o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, movimento que se estende para o restante do mês de novembro e que ficou conhecido como “Novembro Azul”. Com o intuito de diminuir os casos graves de câncer de próstata, a campanha busca conscientizar os homens sobre a importância do diagnóstico precoce da doença.

O movimento que chegou ao Brasil em 2011, graças ao Instituto Lado a Lado pela Vida, tem exercido uma função primordial de alerta e incentivo aos homens para buscarem cuidados médicos. Segundo pesquisas da Sociedade Brasileira de Urologia, o público masculino não possui o hábito de fazer exames médicos com a frequência ideal e estão bem atrás das mulheres quando o assunto é atenção à saúde.

 

O que é o câncer de próstata?

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens. O câncer ocorre quando as células da próstata se multiplicam de forma anormal, formando tumores. Alguns deles podem crescer de forma rápida e se espalhar para outros órgãos do corpo. De acordo com o Ministério da Saúde, um brasileiro morre a cada 38 minutos em decorrência dessa doença.

 

A importância do diagnóstico precoce

O doutor Danilo Souza Lima, urologista do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe), ressalta que “quanto mais cedo se faz o diagnóstico do câncer de próstata, maiores as chances de cura em relação ao seu tratamento”.  Ele afirma que, quando se realiza um diagnóstico precoce, as chances de cura são de 80% a 90%. 

Por isso, é fundamental que o homem tenha sua rotina médica atualizada anualmente. Os principais exames preventivos recomendados são o de toque retal e o PSA (Antígeno Prostático Específico), que devem ser feitos a partir dos 50 anos ou em casos de fatores de risco. Esses exames estão disponíveis gratuitamente no Hupe, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Exercício físico, evitar o tabagismo e boa alimentação são hábitos recomendados pelo médico para a promoção e prevenção da saúde dos pacientes. Eles servem não só para a prevenção do câncer de próstata, mas para a imunidade de maneira geral. O médico ainda enfatiza que não existe nenhum alimento ou medicação, comprovado cientificamente, que evite ou cure o câncer de próstata.  

 

Como o Hospital Universitário Pedro Ernesto atua na campanha

O urologista explica que, nos anos anteriores, o hospital realizava uma ação em prol do Novembro Azul na Cinelândia. Ele ressalta que, embora em 2024 o hospital não tenha realizado essa campanha, eles buscam conscientizar os pacientes no consultório. 

Sobre a importância da conscientização, o doutor disse: “A conscientização é muito importante justamente para que a gente consiga fazer o diagnóstico precoce”. Por isso é necessário que os homens ajam de maneira preventiva, realizando os exames anualmente. O urologista acrescenta: “Assim, se houver alguma alteração nos exames, a gente consegue fazer o diagnóstico cedo e curar o paciente”.O doutor Danilo aconselha os homens a cuidarem da saúde e a realizarem os exames de toque e PSA. Ele enfatiza que “eles ajudam na prevenção e evitam com que a doença, se aparecer, venha de uma forma muito agressiva e já tardia”.

“Omissão do Conselho de Segurança ameaça paz internacional”, afirma Lula no G20

“Omissão do Conselho de Segurança ameaça paz internacional”, afirma Lula no G20

Reforma da governança global está entre os três pilares estabelecidos pela presidência brasileira do G20; discussão dos líderes mundiais sobre o tema aconteceu na tarde do primeiro dia da Cúpula e pode ser uma das sugestões do documento final

Por Everton Victor e Julia Lima

Mesa de discussões do G20, no Rio de Janeiro. Foto: Isabela Castilho/G20

 

A urgência de uma reforma da governança global foi um dos eixos do discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda-feira, (18) primeiro dia da Cúpula do G20. Na prática, isso significa dar mais espaço aos países em desenvolvimento nos órgãos de decisão da política internacional. O presidente Lula voltou a cobrar, por exemplo, mudanças no Conselho de Segurança da ONU: “A globalização neoliberal fracassou. A omissão do Conselho de Segurança tem sido, ela própria, uma ameaça à paz e à segurança internacional”, afirmou Lula.

Além de mudanças na ONU, a reforma da governança global teria o objetivo de mudar a composição e o funcionamento de outras organizações internacionais como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial. Outros grupos de trabalho do G20 já vinham discutindo esse tema.

O entendimento de muitos membros do G20, o Brasil entre eles, é de que há no Conselho de Segurança uma concentração de poder que não reflete mais a geopolítica atual e não é eficiente no combate e encerramento de guerras. Uma das propostas é o aumento no número de membros permanentes e rotativos, que hoje são 5 e 10, respectivamente. Essa reformulação deveria assegurar a participação de países do Sul Global no grupo.

O Sul Global é composto por países em desenvolvimento – e o conceito, mais que geográfico, é político, relacionando-se ao contexto socioeconômico desses países. Toda a América Latina, todo o continente africano e grande parte dos países asiáticos compõem esse bloco.

Sob liderança do Brasil, Aliança contra a Fome reúne esforços de 82 países

Sob liderança do Brasil, Aliança contra a Fome reúne esforços de 82 países

Argentina havia se recusado a aderir ao pacto, mas voltou atrás; países participantes precisam implementar medidas concretas para reduzir a insegurança alimentar e a pobreza

Por Everton Victor e Julia Lima

Mesa de abertura do G20, no Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

 

Com a adesão de 82 países, a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza foi lançada hoje (18) pelo presidente Lula, durante o primeiro dia da Cúpula dos Líderes do G20. Além das nações, 2 blocos continentais, 24 organizações internacionais, 9 instituições financeiras e 31 organizações filantrópicas e não governamentais também assumiram um compromisso com a Aliança. Inicialmente, a Argentina não aderiu à proposta, mas voltou atrás depois do lançamento e assinou.

Para confirmar a adesão, os países tiveram que anunciar medidas concretas para combater fome e pobreza internamente e de forma global. A Aliança proposta e liderada pelo Brasil é uma forma de acelerar o cumprimento dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, segundo o governo. Entre os objetivos estão fome zero e agricultura sustentável, redução das desigualdades e erradicação da pobreza.

 

  • Impasses não impedem consenso

A recusa inicial da Argentina veio após sinalizações de que Milei impedirá consensos sobre igualdade de gênero e taxação de super-ricos na declaração final do grupo. Reportagem da Folha de S.Paulo indica que o Brasil manterá os temas no documento, apesar das restrições argentinas.

A falta de consenso da Argentina com os demais integrantes do bloco não impede a implementação de medidas nos países que já se comprometeram com a Aliança. Isso porque um país pode recusar um documento – o que, a depender da quantidade de recusas, enfraquece a força desse documento. Outra opção é o país não recusar o documento, mas não aceitar o consenso, o que obriga os demais países a fazerem modificações até que se chegue a um consenso.

Tampouco é inédito um país se recusar a assinar algum comunicado conjunto no G20, até que, com modificações, o conjunto de países chegue ao consenso ou então que o documento seja liberado mesmo com algumas oposições públicas.  Durante a Cúpula do G20 em 2023, na Índia, alguns países membros se opuseram a termos utilizados referentes à guerra que acontece na Ucrânia. 

 

  • Conselho dos Campeões

Além da Aliança Global, foi instituído o Conselho dos Campeões, formato de governança adotado pelo programa e que está vinculado ao G20 – mas não restrito a ele. Os escolhidos são os gestores da Aliança Global contra a Fome e Pobreza em diferentes lugares do mundo e atuam como conselheiros. Até que ele seja instituído completamente, haverá o Mecanismo de Apoio, em que o Brasil oferecerá suporte para a administração.

Os 18 primeiros campeões foram anunciados hoje. Para que sejam escolhidos, eles devem ser representantes reconhecidos em seus países ou organizações e ter o poder de implementar ações relacionadas ao tema da Aliança. O campeão escolhido pelo Brasil foi o ministro de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias. A escolha dos 18 conselheiros está relacionada à  sua participação na construção da Aliança em seus territórios e em suas atuações no G20. 

A primeira reunião do conselho acontecerá no primeiro trimestre de 2025, quando o órgão então será instituído oficialmente. Esses conselheiros têm a responsabilidade de acompanhar o andamento e o progresso efetivo das ações planejadas pelos países. Até a sua constituição completa, o conselho poderá ter até 50 membros, sendo 25 países e 25 organizações, e a ideia é que países que não compõem o G20, mas que se uniram à Aliança, também participem do Conselho. A África do Sul, próximo país a sediar o G20, também compõe o conselho.

O próximo passo da Aliança será implementar as medidas propostas. Cada país tem liberdade para aprimorar projetos já existentes, como é o caso de Serra Leoa, na África Ocidental, que pretende expandir a alimentação de 54% para 100% dos estudantes até 2030. Ou pode criar novos programas para diminuir a pobreza e a fome em seus territórios. Na prática, com a Aliança existirá uma coordenação global de 81 países integrada ao Conselho de Campeões. Uma das sedes do projeto será em Roma, onde já fica o escritório da FAO (órgão das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), e a outra será no Brasil.

 

Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza será lançada pelo presidente Lula na Cúpula do G20

Aliança Global contra a Fome e a Pobreza será lançada pelo presidente Lula na Cúpula do G20

Da distribuição de renda à melhora na merenda escolar, conheça as propostas dos países que aderiram publicamente ao pacto mundial contra a fome; a África do Sul, sede do próximo G20, se comprometeu manter o tema na cúpula do ano que vem

Por Everton Victor e Julia Lima

Ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, durante a entrevista coletiva sobre as ações da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. Foto: Maria Eduarda Galdino

Reduzir a mortalidade materna e infantil, aumentar a distribuição de renda e melhorar a alimentação escolar. Esses são alguns dos compromissos da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, proposta lançada pelo Brasil no G20 e que já conquistou a adesão pública de  41 países. O anúncio final dos países e organizações que integram a Aliança será feito pelo presidente Lula, na próxima segunda (18), durante a Cúpula do G20. 

No evento de divulgação, nesta sexta (15), participaram o ministro de Desenvolvimento Social, Wellington Dias, e a representante permanente da África do Sul na Agência da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Nosipho Jezile.                                                                   

Até o momento, países como Alemanha, Estados Unidos e Bangladesh já aderiram à iniciativa proposta pela presidência brasileira para o enfrentamento à fome. A iniciativa une países desenvolvidos e em desenvolvimento, o que para o ministro Wellington Dias é uma demonstração da urgência do tema não só no Brasil, mas no mundo. “Cresceu  a compreensão de que o problema da fome e da pobreza também é uma preocupação de quem já alcançou o bem-estar social”, afirmou o ministro à Agenc.

Só no Brasil, 8,4 milhões (3,9%) de pessoas convivem diariamente com a insegurança alimentar severa, segundo a FAO; ou seja, não existe qualidade e nem uma quantidade suficiente na alimentação desta pessoa. Hoje o Brasil integra o Mapa da Fome, lista em que estão nações que têm 2,5% ou mais de sua população em situação de  subalimentação. O ministro afirmou que o Brasil sairá do mapa da fome até 2026 e que o mundo terá com a Aliança Global uma coordenação efetiva na diminuição da fome. “Não se trata de levar apenas comida, nós estamos falando de um plano de desenvolvimento nos lugares que historicamente foram afetados pela fome e pobreza”.

 

Aliança contra fome não só do G20, mas de todo o planeta

A ideia é a Aliança não ficar restrita apenas ao G20, pelo fato de a liderança ser alternada a cada ano. A continuidade da Aliança Global Contra a Fome e Pobreza será acompanhada por uma governança própria, vinculada ao G20, mas não dependente dele. Todas as ações do G20 precisam ter consenso entre seus integrantes. No caso da Aliança, apesar de um país endossar e concordar com ela, ele não precisa necessariamente aderir. 

Cada país participante tem independência para implementar ações específicas ao seu contexto interno. Ou seja, um país pode investir em uma nova transferência de renda direta ou mesmo fortalecer as políticas de combate à fome existentes. A Aliança servirá para captar recursos e investimento – tanto de nações, quanto de organizações – para destinar aos países que precisam de socorro financeiro. A iniciativa não prevê mecanismos de vigilância e fiscalização dos investimentos destinados aos países, isso será de responsabilidade do detentor do recurso.

O Brasil assumiu o compromisso da criação de uma aliança mundial contra a fome e a pobreza ainda durante a Cúpula do G20 na Índia, em 2023. Hoje, após mais de 41 países terem aderido à proposta, o enfrentamento à fome continuará presente na próxima edição do G20. À Agenc, Nosipho Jezile, representante Permanente da África do Sul na Agência da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) afirmou que o seu país “não deixará a bola cair”, em referência à manutenção da Aliança na próxima Cúpula.

 

Conheça algumas propostas

Os países que integram a aliança já apresentaram medidas de combate à fome que, através da ajuda financeira, poderão ser implementadas. Serra Leoa, país da África Ocidental, pretende expandir a alimentação escolar de 54% para 100% dos estudantes até 2030. A Indonésia, no sudeste asiático, comprometeu-se a atingir 78 milhões de estudantes com refeições nas escolas.

Com relação à promoção do bem-estar social, a Palestina assumiu o compromisso de oferecer tratamentos de emergência para 155 mil grávidas e lactantes, além de serviços médicos e sociais para aproximadamente 10 mil crianças que perderam seus responsáveis. Já a Tanzânia, na África Oriental, quer expandir os serviços para o desenvolvimento infantil para cobertura nacional até 2030.

Descendentes, o original da Disney que marcou a infância de muitos

Descendentes, o original do Disney Channel que marcou a infância de muitos

O #MomentoNostalgia desta semana relembra o primeiro filme da triologia

Por Alice Moraes

Pôster do filme

No #MomentoNostalgia dessa semana relembramos um queridinho do Disney Channel, lançado em 2015: Descendentes.  

O diretor do filme é o Kenny Ortega, o mesmo que dirigiu a trilogia High School Musical, uma franquia também muito aclamada pelos seguidores do Disney Channel. 

Descendentes traz a história de uma nova geração de vilões e mocinhos. A Bela e a Fera se casaram, estabeleceram os Estados Unidos de Auradon e ressucitaram todos os vilões para dar a eles um destino pior: a prisão eterna na Ilha dos Perdidos, protegida por uma barreira impenetrável, que impede os vilões de escaparem e de manifestarem seus poderes mágicos. 

O filho da Bela e a Fera, porém, como futuro rei, quer dar uma chance para os filhos dos vilões. Por isso, escolheu quatro deles (Mal, Evie, Jay e Carlos) para se mudarem para Auradon, longe da influência maligna dos seus pais vilões. 

No entanto, os quatro adolescentes são orientados por Malévola (mãe de Mal) a roubar a varinha mágica da Fada Madrinha, a fim de quebrar a barreira da Ilha e conceder a liberdade a todos os vilões. Como os filhos vão executar esse maléfico plano? Eles vão conseguir? Assista no filme. 

A trama possui uma trilha sonora espetacular, além de figurinos bem produzidos e a caracterização dos personagens, bem como a ambientação da história, nos leva de volta aos clássicos contos de fadas da Disney. A obra fez tanto sucesso que Descendentes conta com uma linha de diversos produtos como livros de spin-off e bonecos. Um ano após o lançamento, ganhou também uma mini série em desenho animado (Descendentes: mundo de vilões), uma continuação com o segundo filme (2017), o terceiro filme (2019) e mais um quarto filme com um elenco novo, lançado em 2024. 

Toda a franquia de Descendentes está disponível para você assistir no streaming Disney Plus! 

A vida depois dos desastres climáticos

A vida depois dos desastres climáticos

Na Cúpula do G20 Social, ativistas discutiram impactos dos eventos climáticos extremos no Brasil; Movimento dos Atingidos por Barragens alertou para dificuldades de acesso a políticas públicas após tragédias como a de Mariana, em Minas Gerais

Por Everton Victor e Julia Lima

MAB discute consequências das mudanças climáticas no G20 Social. Foto: Letícia Santana

Na Cúpula do G20 Social, ativistas discutiram impactos dos eventos climáticos extremos no Brasil; Movimento dos Atingidos por Barragens alertou para dificuldades de acesso a políticas públicas após tragédias como a de Mariana, em Minas Gerais

Pior seca registrada dos rios da Bacia Amazônica, enchentes no Rio Grande do Sul, deslizamento em São Sebastião, tempestades de areia no interior de São Paulo. Todos esses fenômenos – cada vez mais intensos e recorrentes – estão relacionados a uma mesma crise: a climática. Este foi um dos temas discutidos durante a Cúpula do G20 Social, iniciada nesta quinta-feira (14) no Rio. O Movimento de Atingidos por Barragens (MAB) fez um alerta sobre as vítimas desses desastres. Segundo o MAB, não existe responsabilização dos culpados nem facilidade no acesso a políticas públicas emergenciais.

Sara Regina Cordeiro (46), residente há mais de 30 anos do município de São Sebastião, litoral de São Paulo, foi uma das vítimas dos deslizamentos e enchentes na cidade em fevereiro de 2023. Segundo ela, eventos como esses não são raros na região, a diferença é o aumento da intensidade, com a repetição dessas catástrofes.  “Em 2009, 2016, 2019, houve deslizamentos, enchentes e mortes”, afirma. A diferença desses desastres para o de 2023 é o tamanho da destruição: no ano passado foram 65 mortos, sendo 64 apenas no município de São Sebastião.

Quase dois anos depois, a tragédia ainda deixa marcas na cidade. Apesar da construção de mais de 500 moradias pelo governo de São Paulo para os atingidos pelas enchentes, Sara diz que as ações foram insuficientes e que os efeitos perduram até hoje. Segundo ela, os vizinhos que se deslocaram para os apartamentos populares oferecidos pelo governo ainda continuam sofrendo com enchentes em seus apartamentos.

Sara Regina Cordeiro, uma das atingidas pela tragédia em São Sebastião (SP) em 2023. Foto: Letícia Santana

Os efeitos de eventos como esses não estão restritos ao litoral paulista, nem ao Brasil. De acordo com levantamento realizado pela ONU em 2021, desastres climáticos já mataram mais de 2 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo que 91% das vítimas viviam em países em desenvolvimento – grupo do qual o Brasil faz parte.

O MAB se inscreveu no G20 Social por meio da plataforma oferecida para a sociedade civil  e realizou uma atividade sobre os desafios das populações atingidas por desastres. A mesa discutiu a responsabilidade dos mais ricos – países, mas também pessoas – na produção de gases de efeito estufa. Pesquisa da instituição britânica Oxfam aponta que, em 90 minutos, um bilionário produz a quantidade de gás carbônico que uma pessoa “normal” levaria uma vida inteira para produzir. 

O Brasil não foi isento de sua responsabilidade: o país é o 6º maior emissor de gases de efeito estufa do mundo. Cerca de 50% dessa emissão provém do desmatamento, e 25% da agropecuária.

Atingidos por barragens

A mesa também discutiu a situação de pessoas atingidas por barragens. Apesar de não serem desastres climáticos por si só, os rompimentos de barragens causam desequilíbrios ambientais extremos, como “morte” dos rios, impossibilidade do consumo de água e contaminação do solo. Há também os efeitos na população, como perda de moradias e fontes de renda, além de mortes. 

O movimento criticou a falta de punição para os responsáveis pelas barragens rompidas e pela não-adaptação à nova realidade climática. E anunciou que recorrerá da decisão judicial que absolveu as empresas BHP, Samarco e Vale pelo rompimento da barragem em Mariana (MG) em 2015 – quando 19 pessoas morreram.  “Tem famílias que continuam na área de risco, continuam sofrendo e não tiveram indenizações ou apoio psicológico”, exemplifica Sara.

A Cúpula do G20 Social termina no dia 16 de novembro, sábado.

Mostra leva visitantes a refletirem sobre danos na sociedade

Mostra leva visitantes a refletirem sobre danos na sociedade

Por Alice Moraes

 

 
Galeria Gustavo Schnoor, exposição Danos. Foto: Alice Moraes
Galeria Gustavo Schnoor, exposição Danos. Foto: Alice Moraes

 

O Departamento Cultural da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj)  inaugurou a exposição “Danos” no dia 24 de outubro. A exposição gratuita está localizada na Galeria Gustavo Schnoor, no Centro Cultural da Uerj, e estará disponível para visitação das 10h às 19h, até o dia 22 de novembro.

Com organização de Lilian do Valle e curadoria de Analu Cunha e Jefferson Medeiros, a exposição tem como objetivo trazer uma reflexão sobre os danos na sociedade. Essa reflexão remete à desigualdade e à questão da arte política.

O mediador do DeCult e estudante do Instituto de Artes da Uerj, Renan Henrique Carvalho, de 25 anos, explicou sobre a ideia de “Danos”. Ele afirmou que “os artistas dessa exposição abordam em diferentes linguagens como podemos ver os diferentes danos em nossa sociedade. “O trabalho de Arthur Palhano, por exemplo, vai tratar o dano de uma maneira mais visceral, mais visível”, comentou Renan. 

A exposição conta com trabalhos de 12 artistas, sendo eles: Amador e Jr., Arthur Palhano, André Vargas, Cláudia Hersz, Cristina Salgado, Davi Baltar, Fel Barros, Gabriel Fampa, Lyz Parayzo, Marcos Roberto, Priscila Rezende e Pio Drummond.

 

Obras de Marco Roberto: “Frio vai, frio vem”, “Leito de papelão” e “O fogo não pode apagar”, 2021. Foto: Alice Moraes
Obras de Marco Roberto: “Frio vai, frio vem”, “Leito de papelão” e “O fogo não pode apagar”, 2021. Foto: Alice Moraes

Segundo o mediador,  as obras na foto acima tem como intenção fazer o visitante pensar nas pessoas em situação de rua. Renan esclareceu que as obras de Marco Roberto tratam a questão da desigualdade. “Essa arte aborda a situação dos moradores de rua, vai associar (a situação deles)  às placas de trânsito e ao cotidiano, como uma forma de nos levar a pensar nessas circunstâncias”, explica o mediador. 

As galerias de arte da Universidade são essenciais para oferecer aos alunos e ao público de fora acesso à arte e à cultura. Nelas, os visitantes têm a possibilidade de fazer reflexões valiosas através das obras de arte. Na Galeria Gustavo Schnoor, artistas de todo o Brasil conseguem expor suas obras não só para os estudantes de arte, mas também para todos os que se interessam pelo tema. 

Sobre isso, Renan Henrique Carvalho pontuou que as exposições nas galerias valorizam a cultura da Universidade. “A galeria mostra que a Uerj não é aquele clichê de bagunça e baderna, porque também produzimos muito conteúdo, conhecimento e fazer artístico”, disse ele