Categoria: Destaques

Colóquio Internacional

“Metrópole Sensível – ambiências, atmosferas e tonalidades”

Data: 28 e 29 de outubro e 1 de novembro de 2024

Local: Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica e ECO-UFRJ

Realização: PPGCOM/UERJ; UNIVERSIDADE PAUL-VALÉRY MONTPELLIER 3; PPGCOM/UFRJ

Apoio: CNPq e FAPERJ

Sobre:

Nos colóquios do “Metrópole Sensível” têm-se buscado repensar a realidade urbana, especialmente através de um pensamento sensível que se debruça sobre ambiências, atmosferas e emoções. Assim, com base em uma perspectiva teórica interdisciplinar, as questões têm sido tratadas a partir de uma abordagem fenomenológica que visa decifrar as formas sensíveis do social: atenta principalmente aos efeitos das emoções, atmosferas e tonalidades na configuração urbana.

Lançado em 2013 pelo Laboratório de Sociologia LERSEM-IRSA (agora LEIRIS) da Universidade Paul-Valéry Montpellier 3 como um fórum de reflexão e debate sobre a cidade e suas dimensões imaginárias e sensíveis, o ciclo internacional e interdisciplinar deste evento se concentra no método visual e na observação, na teoria das atmosferas e no imaginário urbano. O objetivo é incentivar o questionamento contínuo da realidade urbana por meio da leitura e da análise da cidade e de seus espaços com um enfoque fenomenológico de novas sensibilidades urbanas. Para isso, a teoria das ambiências, baseada em uma metodologia multifacetada (sociologia dos sentidos, percepção sensorial, método sensível), combinada com o estudo de imagens (sociologia visual) e observação in situ (fenomenalidade do espaço urbano, interacionismo e o simbolismo da rua) têm nos permitido compreender e mergulhar nas experiências estéticas das ambiências urbanas.

Para esta edição realizada no Brasil, o enfoque estará nas dimensões do corpo e das práticas espaço-culturais como formas de experiência e nas maneiras pelas quais essas amplificam as atmosferas percebidas e sentidas. A atmosfera que emana da espacialidade e é vivenciada pelo corpo e suas práticas nos leva a decifrar vários fenômenos relacionados a uma “corpografia” sensível de situações. Os corpos e as práticas espaciais devem ser considerados em sintonia, no sentido de uma influência recíproca, em que as corporeidades se inserem na paisagem urbana, construindo-a por meio de práticas comuns (caminhar, deambular, etc.). Elementos de uma constelação do imaginário urbano que contribuem para definir as noções de espaço, atmosfera e seu impacto na percepção da cidade. A experiência física e os usos dos espaços produzem ritmos na cidade e seus lugares, tons específicos, muitas vezes, uma caracterização atmosférica expressa em “corpografias urbanas”. Isso significa que os espaços são mapeados por corpos, movimentos e trajetórias. O que está em jogo é uma compreensão da experiência sensível por meio de corpos, práticas e suas influências na produção de atmosferas. A experiência percebida e vivida dos espaços deve ser compreendida com base na vida cotidiana, que gera uma certa geografia emocional por meio da qual os indivíduos sentem, experimentam e percebem o espaço e suas atmosferas, e na qual eles dão vida à cidade por meio de suas jornadas experienciais.

O mundo social e as espacialidades urbanas são caracterizados por uma experiência corporal na qual os indivíduos em movimento produzem uma cartografia sensível dada pelas maneiras pelas quais os estilos de vida são expressos cotidianamente. Ao fazerem isso, os envolvidos se apropriam dos efeitos simbólicos e afetivos que caracterizam uma experiência espacial e, da mesma forma, uma identificação coletiva e atmosférica. Por meio da experiência dos corpos, os espaços assumem a forma de um caleidoscópio de sensações em que a própria experiência é amplificada pelas qualidades tonais presentes nas localidades.

Embora a experiência seja espacialmente situada, ela também reflete a influência da formação de ambientes e atmosferas, reconfigurando a experiência vivida em uma espécie de “corpografia experiencial”. Traços, linhas, rotas, perambulações, passeios, itinerários e danças: uma soma total de variáveis incorporadas em uma fenomenologia do sensível e do espaço estão expressas em uma genealogia de atmosferas tonais urbanas.

Realização:

Coordenação Geral: Fabio La Rocca (UPV Montpellier 3) e Cíntia Sanmartin Fernandes (UERJ)

Comitê organizador: Fabio La Rocca (UPVM3), Cintia Sanmartin Fernandes (UERJ) e Micael Herschmann (UFRJ)

Comitê Científico: André Lemos (UFBA, Salvador), Erick Felinto (UERJ, Rio de Janeiro), Manuel Bello (ENSAS, Saint Etienne), Ricardo Freitas (UERJ, Rio de Janeiro), Philippe Joron (UPV Montpellier 3), Fernando Gonçalves (UERJ, Rio de Janeiro), Victa Carvalho (UFRJ, Rio de Janeiro), Julieta Leite (UFPE, Recife), Patrícia Rebello (UERJ, Rio de Janeiro), Renata Rezende (UFF, Niterói), Cesar Rebolledo (UNI LASALLE, Mexico), Helena Pires (UMINHO, Braga), Artur Rozestraten (FAAUSP, São Paulo), Vincenzo Susca (UPV Montpellier 3), Zara Pinto-Coelho (UMINHO, Braga), Juremir Machado (PUC-RS, Porto Alegre).

Programação

Reunir especialistas e pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e convidados de outras instituições para trocar experiências, apresentar propostas e debater soluções viáveis para o desenvolvimento social e econômico das diferentes regiões fluminenses. Esse é o objetivo do ciclo de debates Uerj com RJ 2024: Ciência, Tecnologia e Inovação, que acontece de 22 a 25 de outubro, no auditório 11, do bloco F, no campus Maracanã, das 16h às 18h (apenas no primeiro dia do evento, a mesa de abertura terá início às 15h). Para assistir aos encontros gratuitamente, é necessário inscrever-se no site do evento, preenchendo um pequeno cadastro.

Iniciativa da Diretoria de Comunicação Social (Comuns) da Uerj, esta edição do Uerj com RJ está ainda mais alinhada às premissas atuais da Universidade, com apresentações definidas em conjunto com Reitoria e Pró-reitorias, priorizando a pluralidade de temas e perspectivas, além do potencial de contribuição para a formulação de políticas públicas que ajudem a melhorar a vida da população. “Chegando à terceira edição, gostaríamos de avançar nas discussões e promover um maior debate entre os pesquisadores, os estudantes e a comunidade em geral, sobre temas muito importantes para a sociedade fluminense”, destaca a coordenadora de Relações Institucionais da Comuns, Rosane Fernandez.

Cada palestrante terá 15 minutos para exposição sobre os temas deste ano, distribuídos nos quatro dias do evento: “Educação e ações afirmativas”; “Economia, meio ambiente e sociedade”; “Popularização da ciência” e “Saúde”, sempre com a mediação de jornalistas. Na sequência, será aberto o debate.

Cynthia Duarte, uma das coordenadoras do encontro, adianta as novidades do Uerj com RJ 2024.   “Este ano contamos com edições especiais do programa Uerj Entrevista, da Rádio Uerj, com um bate-papo com cada um dos palestrantes sobre os temas do evento, em formato de podcast, e também no canal da TV Uerj, no YouTube. Além disso, teremos sorteios dos livros das edições passadas para os primeiros inscritos”, conclui.

Como nas edições anteriores, haverá uma publicação reunindo entrevistas com os palestrantes sobre as pesquisas apresentadas durante o encontro, que, desta vez, será disponibilizada apenas para download no formato e-book, gratuitamente.

Programação, palestrantes e mediadores

A Implantação do Sistema de Cotas é o tema da conferência da mesa de abertura do evento, no dia 22, a cargo de André Lázaro, doutor em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), professor da Uerj e coordenador acadêmico da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso Brasil), onde atua como pesquisador e coordenador do Programa Políticas de Educação Superior.

Na sequência, a primeira mesa de debates trará o tema “Educação e ações afirmativas”, com trabalhos sobre iniciativas voltadas a refugiados, racismo brasileiro, desigualdade racial na ciência, comissões de heteroidentificação e mudanças no modo de ocupar a cidade relatadas por idosos. Mediada por Mariana Tokarnia (Agência Brasil/EBC), a mesa será composta pelos palestrantes Maria Teresa Tedesco (Instituto de Letras/Uerj), Luiz Augusto Campos (Instituto de Estudos Sociais e Políticos – Iesp/Uerj), Érica Sarmiento (Departamento de História/Uerj) e Muniz Sodré (Escola de Comunicação/UFRJ).

O segundo dia do evento terá como eixo “Economia, meio ambiente e sociedade”. Os palestrantes abordarão a inclusão de pessoas com deficiência em carreiras da área de exatas; biodiversidade e conservação marinha; qualificação para a implementação de Agendas 2030 municipais visando à sustentabilidade socioambiental dos territórios; e hortas em comunidades como fonte de renda e preservação de floresta. Com mediação de Rodrigo Polito (PSR Consultoria), a mesa será composta por Sonia Barbosa dos Santos (Ceads / Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes/Uerj), Luis Felipe Skinner (Faculdade de Formação de Professores e Ecomuseu Ilha Grande /Uerj), Carin von Mühlen (Faculdade de Tecnologia/Uerj) e José Lucena (Instituto de Tecnologia/UFRRJ).

Iniciativas voltadas à popularização da ciência, como ações de extensão na Geologia, o ensino de Física por meio dos esportes e divulgação científica em museu serão apresentadas no terceiro dia de debates. O mediador convidado será Vitor Sendra (Uenf) e, para debater o tema, a mesa será composta por Ildeu Castro (Instituto de Física/UFRJ), Rosana Bulos (Instituto de Física/ Uerj), Anderson Costa (Faculdade de Geologia e Instituto de Geografia/Uerj), Marcio Rangel (Museu de Astronomia e Escola de Museologia/Unirio).

No último dia, o tema escolhido é “Saúde”, encerrando o ciclo de encontros com reflexões sobre desenvolvimento de novos produtos a partir de substâncias naturais; medicina de família e comunidade; gestão de serviços de saúde visando à melhoria do SUS e à redução do tempo de espera na fila; e benefícios do controle biológico como estratégia para uma alimentação mais saudável. Cesar Baima (Portal The Conversation) mediará o debate de Thaís Spiegel (Faculdade de Engenharia/Uerj), Marco Antonio Mota (Faculdade de Farmácia/Uerj Zona Oeste), Maria Inez Padula (Faculdade de Ciências Médicas/Uerj), Túlio Franco (Instituto de Saúde Coletiva/UFF) e Aline Teixeira (startup Entomotec).

Fonte: Diretoria de Comunicação da Uerj

O Observatório Social do Futebol, em parceria com o Laboratório de Estudos em Mídia e Esporte (LEME), vai realizar no dia 04 de novembro de 2024, o Lançamento Oficial do Observatório Social do Futebol, cujo tema é “O impacto da pesquisa acadêmica sobre futebol no debate público”. O encontro, que começará às 16 horas, acontecerá na CAPELA ECUMÊNICA da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), no campus Maracanã, na zona norte do Rio de Janeiro.

O objetivo do evento é discutir o impacto da pesquisa acadêmica sobre futebol no debate público, trazendo diferentes perspectivas importantes como de pesquisadores, jornalistas e torcedores. Com a intenção de apresentar os primeiros relatórios e debater sobre o impacto da pesquisa acadêmica, haverá uma mesa, das 16h30 às 18h, composta por estudiosos envolvidos no tema: Rosana Teixeira, Marcelo Barreto e Isa Gonçalves.

Após a mesa de abertura, haverá a Apresentação dos Relatórios do Observatório Social do Futebol, das 18h30 às 20h. Serão apresentados dois relatórios: Relatório 1 – Relatório das Violências no Futebol Brasileiro, dos pesquisadores Nico Cabrera, Raquel Oliveira, João Vitor Sudário e Thalisson Inácio Bandeira e o Relatório 2 – Relatório Redes Multi-Clubes do Futebol, dos pesquisadores Irlan Simões e Jonathan Ferreira.

Os interessados em participar deverão se inscrever via Sympla, plataforma de organização de eventos culturais. Acesse o link e garanta a sua presença. Para alunos e alunas, haverá a emissão de certificados para horas complementares.

SERVIÇO

Quando: 04 de novembro de 2024 (segunda-feira), às 16h

Onde: Capela Ecumênica da UERJ

Inscrição pelo link: https://www.sympla.com.br/lancamento-do-observatorio-social-do-futebol__2688351 (via Sympla)

QR CODE DO EVENTO:

O Laboratório de Mídias Digitais (LMD/Uerj) promove oficina de desenho nos dias 06 e 07 de novembro de 2024, das 10h às 12h, no PPGCom/Uerj – Laboratório de Mídias Digitais (LMD/Uerj). A oficina será ministrada pela professora Mayara Barros, mestre e doutora em Comunicação Social pelo PPGCom/Uerj e bolsista Proatec do LMD. Os participantes deverão levar lápis, borracha e caneta.

Inscrições neste link ou na bio no Instagram do Cibercog (@cibercog).

O Laboratório de Vídeo da Faculdade de Comunicação Social apresenta o piloto de 3 episódios Travelling LV – viajando no audiovisual. A proposta consiste em um formato de programa que aborda temas do universo do cinema e do audiovisual de maneira objetiva, contemplando a linguagem cinematográfica de forma ilustrativa.

O programa faz parte do projeto TJ UERJ ONLINE, na categoria estágio interno complementar, e sua realização aconteceu durante a pandemia da Covid 19, tendo sua produção realizada de forma remota e sua finalização, no semi-presencial.

O primeiro episódio apresenta um pouco da história do cinema e seu desenvolvimento enquanto linguagem. O segundo

episódio apresenta termos da linguagem, suas definições de aplicação e conceitos. O terceiro episódio se concentra na apresentação de planos de enquadramento e suas aplicações enquanto linguagem cinematográfica.

Os 3 episódios do programa podem ser assistidos no monitor de TV instalado no corredor dos laboratórios da graduação, bloco A – 10ª andar, até o dia 23 de outubro.

Não deixem de prestigiar.

Ficha técnica:_Travelling LV – viajando no audiovisual

Realização

Laboratório de Vídeo FCS – UERJ

Projeto TJ Uerj Online

Direção

Leandro Almeida

Apresentação

Halessandra Araujo

Pesquisa

Halessandra Araujo

Leandro Almeida

Roteiro

Halessandra Araujo

Leandro Almeida

Edição

Halessandra Araujo

Leandro Almeida

Trilha Sonora

Depth Fuse – French Fuse

Imagens de filmes

Fonte : internet

Laboratório de Vídeo FCS- UERJ

Coordenador Acadêmico

Affonso Henriques Nunes

Coordenador Técnico

Leandro Almeida

Projeto TJ Uerj Online

Coordenador

Affonso Henriques Nunes

Bolsista

Halessandra Araújo

(2019 – 2022)

Em função das ocupações no campus, o evento foi cancelado. Uma nova data será divulgada após normalização da situação na UERJ

O que faz a Universidade? Comunicação científica em tempos de negacionismo, desinformação e crise institucional

Diversos acontecimentos no passado recente – cortes do orçamento público para a pesquisa, ondas de desinvestimento, precarização das condições de trabalho de servidores públicos, fake news e desinformação na pandemia de covid-19 e avanço de privatizações – expõem alguns problemas vivenciados pelas Universidades e instituições de pesquisa no Brasil. Cada vez mais, instituições públicas têm sido desacreditadas, quando não diretamente atacadas pelo seu trabalho, muitas vezes não reconhecido pela maioria da sociedade, que financia esse espaço de produção de conhecimento. 

Compreendemos a comunicação não apenas como prática ou técnica, mas como um fenômeno amplo, humano e social, que precisa ser melhor compreendido pela comunidade universitária para lidar com as novas questões do tempo. 

O 1º Encontro Diálogos FCS tem o objetivo de discutir de forma ampla o papel da comunicação na Universidade do presente, em que negacionismo e crise institucional são fenômenos ainda fortemente atuantes. A ideia é reunir convidados, especialistas e profissionais técnicos para uma programação especial voltada à desconstrução e construção de novas ideias sobre o que é comunicar a e na Universidade. Falaremos sobre as políticas de comunicação adotadas pelas Universidades do estado do Rio de Janeiro e os desafios encontrados por cada uma delas.