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Os impactos do Parque Estadual do Grajaú na região da Grande Tijuca
Completando 47 anos em 2025, o bosque serve para a realização de eventos e para a preservação ambiental
Por Laura de Sousa e Silva dos Santos

Foi realizado no último dia 20 de setembro, no Parque Estadual do Grajaú, uma atividade de educação ambiental com o PREVFOGO, do Ibama, na qual foram oferecidas orientações sobre preservação ambiental e combate a incêndios florestais. Na palestra, os técnicos explicaram sobre os impactos causados pelo fogo na sociedade, no solo, na fauna, na flora e na atmosfera. O evento foi organizado pela gestora do Parque, Carina Beltrão: “Eu tenho o contato dos meninos e uma vez por ano eu procuro trazê-los aqui”, disse.
Esse não é o primeiro evento organizado pelo bosque, o lugar recebe com frequência ONGs, escolas e grupos de escalada para a prática de atividades. No início de setembro, o Instituto Floriano Peçanha dos Santos decidiu levar crianças para uma palestra sobre educação ambiental, na qual, por meio de uma visita guiada ao Parque, foi explicado sobre as abelhas nativas sem ferrão e sobre a importância da Mata Atlântica. A gestora do bosque comentou que a ONG entrou em contato com ela pelo Instagram do Parque e agendou a visita.
Em julho, ocorreu uma colônia de férias organizada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, que trouxe monitores para fazerem atividades com crianças no local. A maioria dos eventos, comentou Carina, é agendada pelo Instagram do Parque ou pelo WhatsApp dela. Além dessas reuniões, o bosque também serve aos moradores da vizinhança, que realizam atividades físicas e piqueniques. “A gente precisa dessa área verde. Aqui se tornou uma unidade de conservação”, comentou a gestora.
Preservação ambiental
Criado em 1978, o contexto de sua origem foi a solicitação da comunidade do bairro do Grajaú para a criação da área verde para proteção ambiental, como explicou Carina: “A ideia foi para não haver construções irregulares”. O Parque, que é administrado pela prefeitura e está sob concessão do Município até 2027, tem um grande impacto na fauna e na flora da região, através da preservação de espécies de plantas e animais.
Entre algumas espécies de plantas nativas na região, estão figueira, embaúba, carrapateira, ipê-amarelo, cedro-branco e pau-d’alho. O Parque possui diversos projetos de plantação, incluindo o Viveiro Vertical de Plantas Medicinais, que tem como objetivo o cultivo sustentável de plantas medicinais, promovendo o uso responsável dos recursos naturais e incentivando a biodiversidade. Carina comentou que é comum pessoas entrarem em contato com ela para poderem levar diferentes mudas para plantar.
As espécies de animais são diversas: jiboia, gambá, esquilo, mico-estrela, beija-flor, dentre outros. Alguns desses animais, como a jiboia, já entraram em casas da vizinhança e precisaram do bombeiro para ir buscar, comentou a gestora. As abelhas são um dos destaques do Parque por conta do Projeto Ala do Mel, que foi delineado com o objetivo de atender as propostas da ONU relativas à sustentabilidade e à Agenda 2030. A ideia é trabalhar com as abelhas nativas indígenas sem ferrão para preservar as espécies ao lado de alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio. O mel que as abelhas fabricam é em pouca quantidade, porém às vezes é oferecido para consumo.
Desconhecimentodo público
Por mais que o evento do Ibama tenha tido um bom público graças a uma festa de aniversário infantil que estava ocorrendo no bosque, Carina comentou que muitas dessas reuniões não tiveram grande repercussão: “O público é um pouco baixo. A galera costuma ficar muito ali embaixo na pracinha”. O entendimento dela é de que muitas pessoas realmente não fazem ideia da existência do local. “Tem morador que chega aqui e fala que não conhecia o parque, e mora aqui há anos”, lamenta Carina.

Para saber mais sobre os projetos de preservação ambiental e dos eventos oferecidos pelo Parque, acesse o Instagram do lugar: @parquedograjau_oficial.



