Além do talento na ginástica, Jade Barbosa cria os collants do time do Brasil
Por Livia Bronzato
Foto: Ricardo Bufolin/CBG
Foram onze collants para as Olimpíadas de Paris 2024: cinco para os treinos e seis para as competições. Em junção do esporte com o universo da moda, sua preocupação é com o conforto dos uniformes, para que eles não saiam do lugar durante as apresentações, e com a representação estética, utilizando cores da bandeira do Brasil e inspirações do passado. A medalhista olímpica Jade Barbosa já criou também os collants utilizados na Olimpíada de Tóquio 2020 e nos Mundiais de Ginástica Artística de 2022 e 2023. Ela os produz pensando na autoconfiança de suas parceiras de equipe, procurando incluir elementos que elas valorizem. A ginasta contou em entrevista que faz isso porque acredita que quando se está usando a roupa que deseja no dia da competição, a pessoa se sente preparada e pronta. Disse também que não teve esse tipo de apoio no início de sua carreira e que sua motivação é ver as novas gerações se sentindo representadas.
Foto: Ricardo Bufolin/CBG
Jade iniciou essa prática quando, em 2018, um novo patrocinador da seleção convidou as atletas para opinar nas produções. O espírito artístico da ginasta vem de família. Seu pai foi arquiteto, seu avô foi desenhista e seu irmão é designer; ela iniciou a faculdade de Design mas não conseguiu conciliar com os treinos. Quando criança, seu pai resolveu começar a costurar os collants após observar que alguns eram desconfortáveis para a filha e, juntos, colavam as pedras brilhantes manualmente.