Derek Rabelo, único surfista cego que pega as maiores ondas do mundo

Derek Rabelo, único surfista cego que pega as maiores ondas do mundo

Capixaba, de 33 anos, é exemplo de superação e persistência.

Por: Livia Bronzato

Já se imaginou surfando a maior onda do mundo de Nazaré, em Portugal? E se isso tivesse que ser feito sem enxergar nada? Seria uma tarefa completamente assustadora para a maioria das pessoas, mas não para Derek Rabelo. Ele é o único capaz de pegar as ondas de Nazaré que chegam aos 30 metros, assim como as de Pipeline no Havaí e as de Teahupoo no Taiti.

 

Instagram /Reprodução

Derek Rabelo, surfista profissional cego, na Surf Land.


Derek nasceu em Guarapari (ES) com um glaucoma congênito e, em seus primeiros dias de vida, perdeu a visão. Mas, inspirado pelo pai e por seus tios, ele se interessou pelo surfe desde pequeno. Assim, desenvolveu sua forma única de surfar – ele escuta o barulho das ondas e do vento batendo no mar, sente as ondulações – e, utilizando os seus sentidos, compreende pelo feeling o momento certo de entrar na onda. Para além da prancha no mar, ele já demonstrou que possui também habilidades no skate downhill (modalidade em que o skatista desce uma ladeira em alta velocidade).

Desde então desafia a todos que desacreditam de sua competência e, hoje, além de ser um surfista profissional, palestra em grandes eventos para motivar outras pessoas a seguirem suas batidas nas ondas seus ouvintes. Abordando temas relacionados a superação e motivação, Derek já palestrou para grandes companhias e eventos pelo mundo afora, contando como vive diariamente superando seus próprios limites.


Instagram/Reprodução

Na Rio 2016, o surfista foi escolhido para carregar a Tocha Olímpica no encontro da terra com o mar.


Sua história é tão bonita que foi tema do documentário Além da visão, lançado em 2014 com direção de Bryan S. Jennings e de Bruno Lemos. Além disso, Derek possui sua bibliografia Beyond these eyes: The biography of blind surfer Derek Rabelo, escrita pela editora e jornalista Lynn Goldsmith, que conta em detalhes sua trajetória inspiradora carregada de resiliência.


Instagram/Reprodução

O surfista no mar de Teahupoo.


Confira as redes sociais do surfista: Instagram/DerekRabeloOfficial

Ídolos que viraram técnicos

Ídolos que viraram técnicos

A mudança de carreira de Filipe Luís, Rogério Ceni, Gáucho e Zidane.

Por: Livia Bronzato

O Flamengo, sob o comando de Filipe Luís, conquistou a quinta Copa do Brasil do clube, no domingo (10). O técnico possui uma longa história com o rubro-negro, já que sempre declarou que esse era o seu time do coração. Como jogador, em 2019, começou a jogar pelo clube e, em dezembro de 2023, ele encerrou sua carreira de sucesso. Ao longo dos cinco anos, foram alcançados 10 títulos, nacionais e internacionais.

No ano seguinte, assumiu como treinador do sub-17 do Flamengo. Sua passagem na categoria foi rápida com apenas 5 meses, mas vitoriosa, conquistando a Copa Rio. Em seguida, então, enfrentou o desafio de comandar o sub-20 do time, em que também obteve êxito ao conquistar o Intercontinental.

Em outubro, Filipe Luís recebeu a proposta de treinar o profissional do Flamengo e estreou na semifinal da Copa do Brasil, em um jogo vencendo de 1 a 0 o Corinthians. Com um bom desempenho nesse curto período, o treinador conquistou a Copa do Brasil 2024, no início deste mês. Alcançando três títulos ao longo de um ano na nova carreira.

Foto: Gilvan de Souza e Marcelo Cortes / CRF

Assim como Filipe Luís, alguns jogadores, ao encerrarem seus caminhos dentro do campo, decidem investir na carreira de treinador devido ao conhecimento tático que foi adquirido ao longo do tempo. Quando o ídolo de um time retorna como técnico, é normal que a torcida crie expectativa devido ao entusiasmo que é ter uma figura importante de volta ao clube. Entretanto, alguns retornos não obtêm o sucesso esperado.

Rogério Ceni, que foi jogador do São Paulo por 25 anos, voltou como técnico duas vezes: em 2017 e 2021. Ele alcançou 18 títulos como jogador, todavia não obteve sucesso nos campeonatos em suas passagens como treinador. Essa situação pode ser inclusive o motivo de muitos ídolos não desejarem treinar seu time para evitar que sua carreira de sucesso como jogador seja manchada caso sua passagem como técnico não seja boa. Como por exemplo, Zico que nunca treinou o Flamengo. Já Roberto Dinamite arranhou o prestígio de ídolo ao virar presidente do clube, sendo muito contestado nessa função.

Em outros casos, o retorno é positivo e atende às expectativas da torcida. Renato Gaúcho chegou ao Grêmio como ponta-direita, em 1980. Três anos depois, alcançou a Copa Libertadores e a Intercontinental Cup. Firmando-se nessa década como um dos maiores craques do futebol brasileiro.

Renato Gaúcho em campo pelo Grêmio.

Atualmente, ele comanda o time como técnico. Já é sua quarta passagem: 2010 a 2011, 2013, 2016 a 2021 e 2022-atual. Com êxito, conquistou uma Libertadores, uma Copa do Brasil, uma Recopa Sul-Americana, cinco Campeonatos Gaúchos e duas Recopas Gaúchas. Como jogador e como técnico, ele é reverenciado pela torcida e considerado um dos maiores ídolos do clube.

Fora do Brasil, Zidane é um exemplo de sucesso na troca de carreiras. Ele foi meia do Real Madrid de 2000 a 2006 e, durante esse período, conquistou seis títulos: um Mundial, uma Liga dos Campeões da Uefa, uma Supercopa da Uefa, um Campeonato Espanhol e duas Supercopas da Espanha. Zidane também levou três bolas de ouro, sendo duas enquanto estava jogando pelo Real Madrid, em 2000 e 2003.

Zinédine Zidane pelo Real Madrid.

Zidane teve duas passagens como treinador do time. Na primeira, que ocorreu de janeiro de 2016 a maio de 2018, ele ganhou a Champions League, dois Mundiais, duas Supercopas da Uefa, dois Campeonatos Espanhóis e duas Supercopas da Espanha. Durante a segunda passagem, de 2019 a 2021, Zidane conquistou o Campeonato Espanhol e a Supercopa da Espanha de 2019/20. Além disso, em 2014, ele chegou a ser treinador do time B do Real Madrid, o Real Madrid Castilla. Seu currículo como técnico chama muita atenção, não apenas pelo número de títulos, mas pelo curto tempo em que isso ocorreu.

WSL 2025: Estrelas brasileiras do surf

WSL 2025: Estrelas brasileiras do surf

Conheça os brasileiros que estarão entre a elite do surf mundial.

Por: Livia Bronzato

Doze surfistas representarão a Tempestade Brasileira na Championship Tour (CT) da World Surf League (WSL) em 2025. Os nomes foram confirmados após a etapa de Saquarema da Challenger Series, que aconteceu em 16 de outubro. Serão 11 surfistas no masculino e 1 no feminino. Confira os nomes abaixo.

Tatiana Weston-Webb será a única representante feminina na elite do surfe. Tati coleciona medalhas ao longo de sua carreira. Ela levou a prata nas Olimpíadas de Paris 2024. Já nos Jogos Pan-americanos, conseguiu alcançar o ouro na edição de 2023. Weston-Webb é uma grande atleta brasileira e possui grandes chances de alcançar o pódio na próxima edição da CT da WSL.

Foto: Ed Sloane/WSL

Tati Weston-Webb em sua performance.

O Brasil é muito bem representado na categoria masculina, possuindo muitos nomes talentosos. Ítalo Ferreira, Yago Dora e Gabriel Medina também estarão na CT de 2025.
Ítalo foi vice-campeão na WSL 2024, além de já ter conquistado o ouro nas Olimpíadas de Tóquio 2020. Medina é tricampeão mundial de surf da ASP World Tour (2014, 2018 e 2021), mas ficou de fora do Finals em 2024. E Yago Dora disputou o título esse ano, terminando em sexto lugar.

Foto: Matt Dunbar/WSL

Surfista Gabriel Medina.

Foto: Divulgação/WSL

Ítalo Ferreira em ação.

Na Challenger Series, os surfistas podem conquistar uma vaga para a Championship Tour. Entre as 10 disponíveis, 6 foram levadas por nossos atletas: Samuel Pupo, Miguel Pupo, Deivid Silva, Alejo Muniz, Ian Gouveia e Edgard Groggia.

Além disso, Filipe Toledo e João Chianca, conhecido como Chumbinho, participarão da CT de 2025. Eles estão como Wildcards, uma espécie de convite da WSL. Filipe é bicampeão mundial e não participou da CT deste ano, para cuidar da sua saúde psicológica.

Calendário completo de 2025:
  • Pipeline, Havaí: 27 de janeiro a 8 de fevereiro
  • Surf Abu Dhabi, Abu Dhabi: 14 a 16 de fevereiro
  • Peniche, Portugal: 15 a 25 de março
  • Punta Roca, El Salvador: 2 a 12 de abril
  • Bells Beach, Austrália: 18 a 28 de abril
  • Snapper Rocks, Austrália: 3 a 13 de maio
  • Margaret River, Austrália: 17 a 27 de maio
  • Lower Trestles, EUA: 9 a 17 de junho
  • Saquarema, Brasil: 21 a 29 de junho
  • Jeffreys Bay, África do Sul: 11 a 20 de julho
  • Teahupo’o, Taiti: 7 a 16 de agosto
  • Cloudbreak, Fiji: 27 de agosto a 4 de setembro (Finals)

Brasileiros conquistam o ouro no Pan-Americano de Tênis de Mesa 2024

Brasileiros conquistam o ouro no Pan-Americano de Tênis de Mesa 2024

Brasil lidera quadro de medalhas com 3 ouros, 3 pratas e 4 bronzes na edição de El Salvador, realizado nos dias 13 a 20 de outubro.

Por: Livia Bronzato

Hugo Calderano se consagra pentacampeão

O mesatenista levou a melhor em todas as vezes que disputou individualmente nessa competição, em 2017, 2021, 2022, 2023 e, agora, 2024.
Calderano, mantendo seu legado, conquistou o título individual ao derrotar Vitor Ishiy por 4 sets a 0. Com isso, Ishiy, que também é atleta do Brasil, levou a medalha de prata. Já o bronze foi compartilhado entre o brasileiro Leonardo Iizuka e o argentino Horacio Cifuentes.

 

Foto: Reprodução/ITTF Americas

Da esquerda para a direita,Ishiy, Calderano, Iizuka e Cifuentes no pódio do evento.

 

Em outros campeonatos o atleta também possui bons resultados. Nos Jogos Pan-Americanos, Calderano está invicto nas edições em que competiu. Ele venceu em Toronto 2015, Lima 2019 e Santiago 2023. Sendo o único tricampeão masculino na chave de simples. Já nas Olimpíadas de Paris 2024, ele fez história ao ser o primeiro mesatenista de fora da Europa e da Ásia a alcançar as semifinais do individual.

 

Dobradinha brasileira nas duplas mistas

 

A final foi totalmente brasileira e dividida entre duas irmãs. Nas duplas mistas, Giulia Takahashi e Guilherme Teodoro venceram Bruna Takahashi e Hugo Calderano. A partida foi equilibrada, cada casal venceu dois sets e, por isso, a final teve que ser decidida no tie-break, que terminou com a glória de Giulia e Guilherme por 11 a 6. Essa foi a primeira vez que a dupla conquistou um título pan-americano e a quarta do Brasil nessa modalidade.

 

Foto: Reprodução/ITTF Americas

Giulia e Guilherme vencedores da modalidade duplas mistas.

 

Primeiro ouro do Brasil nas duplas femininas

 

Giulia Takahashi levou o ouro mais uma vez. Nessa categoria, Giulia e sua dupla Laura Watanabe venceram a final contra as chilenas Daniela Ortega e Paulina Vega em 3 sets a 0 (13/11, 11/9 e 11/6). É a única vez na história que o Brasil leva o título nas duplas femininas.

 

Foto: Reprodução/ITTF Americas

 

Bruna Takahashi leva a prata no individual

 

Takahashi enfrentou, na final, Adriana Diaz, atleta porto-riquenha que levou o ouro. A disputa foi acirrada, em 4 sets a 2, com parciais de 11/8, 11/5, 10/12, 11/2, 13/15 e 12/10.

Bruna terminou com a medalha de prata. É a quarta vez que a brasileira conquista o segundo lugar nos Pan-Americanos de Tênis de Mesa.

Na mesma categoria, Giulia, irmã de Bruna, ficou em terceiro lugar.

 

Bronze para Vitor Ishiy e Guilherme Teodoro

 

A dupla masculina do Brasil garantiu o bronze. No confronto da semifinal, os brasileiros infelizmente foram derrotados pelos argentinos Santiago Lorenzo e Horacio Cifuentes.

 

Equipe feminina fica em terceiro lugar

 

O trio composto por Vitória Strassburguer, Laura Watanabe e Giulia Takahashi levou o bronze ao perder a semifinal para a equipe feminina cubana por 3 sets a 1.

“Rompendo Barreiras” corre risco de acabar, segundo coordenadora

“Rompendo Barreiras” corre risco de acabar, segundo coordenadora

Programa que busca igualdade e inclusão para estudantes com deficiência da Uerj enfrenta o desafio de preservar sua memória e legado

 

Por Samira Santos

Um dos mais importantes programas de inclusão de pessoas com deficiência da Uerj está enfrentando uma dura realidade: o Rompendo Barreiras, criado há 36 anos, está sob ameaça de desmonte, segundo Valeria de Oliveira, coordenadora do programa.

“A PR4 quer acabar com o projeto. Porque ela não vê a gente como um departamento de ajuda. O Rompendo Barreiras não tem 36 dias. Eu digo, tem 36 anos. Querem apagar essa história”, relata Flávio Gomes, estudante de Direito e colaborador do programa.

Entrevista na sala do Rompendo Barreira no 10º andar (Foto: Leticia Santana)

Uma Jornada de Superação

Flávio Gomes da Silva, 54 anos, é uma das figuras marcantes do Rompendo Barreiras. Ele perdeu a visão aos 33 anos, mas isso não o impediu de continuar perseguindo seus sonhos. Estudante de Direito na Uerj, ele é um exemplo vivo de como o Rompendo Barreiras faz a diferença na vida de pessoas com deficiência, Flávio fez o pré-vestibular com o apoio do PRB-UERJ “Perdi a visão, mas não me abalei. A vida não terminou por aí”, compartilha Flávio.

Frequentador do programa há mais de 16 anos, ele conta que o Rompendo Barreiras foi essencial para seu ingresso e permanência na Universidade. O programa oferece apoio acadêmico e tecnológico a estudantes com deficiência visual, como a leitura de textos, a aplicação de provas e a navegação por sites inacessíveis. “O programa auxilia não só deficientes visuais, mas também surdos, pessoas com deficiência motora, mental e intelectual”, explica.

Flávio conta que o Programa foi fundado pela professora de Faculdade de Educação Maria da Glória Schaper dos Santos, conhecida como Glorinha. Cadeirante, Glorinha viu a necessidade de melhorar a acessibilidade na Universidade e, com isso, criou o programa, em 1988, com um grupo de colaboradoresa maioria pessoas com deficiência.  

Ele também lembra com carinho o tempo em que o programa funcionava em uma pequena sala de 3×3 metros, no 12º andar da Uerj. Mesmo com espaço reduzido, chegavam a atender até 60 pessoas por dia. “Era um espaço pequeno, mas cheio de vida. Não só alunos da Uerj, mas também a comunidade externa nos procurava para resolver problemas, como imprimir contas ou acessar serviços online”,diz.

A luta de Flávio para manter o Rompendo Barreiras vivo não é só pessoal, mas coletiva. Ele acredita que o programa é essencial para que pessoas com deficiência possam estudar, se formar e se profissionalizar. “Eu sou um voluntário aqui. Mesmo durante as férias, eu venho para garantir que o espaço continue aberto. Não podemos deixar que feche”, afirma.

Post de divulgação do programa no Instagram da Uerj (Foto: Reprodução)

Desafios e Retrocessos

Segundo a professora Valeria de Oliveira, coordenadora do Rompendo Barreiras há mais de 20 anos, o principal objetivo do programa é garantir a acessibilidade e a inclusão de estudantes com deficiência e neurodivergencias, promovendo sua permanência e conclusão dos cursos.

Desde a sua criação, o PRB-UERJ oferece uma ampla gama de serviços, desde a leitura de textos para pessoas com deficiências visuais até o uso de tecnologias assistivas para pessoas em diferentes condições. “Auxiliamos na organização das disciplinas para estudantes neurodivergentes, transcrevemos áudios para alunos surdos e formatamos trabalhos acadêmicos para quem tem dificuldade em operar programas de edição”, explica Valeria. Além disso, o Programa representa a UERJ no Conselho Estadual de Políticas Públicas para a Pessoa com Deficiência (CEPDE-RJ) e no Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência do Rio de Janeiro (COMDef-Rio), onde, inclusive, na época das Conferências, propõe avanços nas legislações de acessibilidade. 

Contudo, Valeria está preocupada com as recentes mudanças impostas pela administração da Uerj. Segundo ela, “a PR4 (Pró-Reitoria de Políticas e Assistência Estudantil) começou a desmantelar o PRB-UERJ em 2024, ao extinguir a Coordenadoria (AEDA 048/Reitoria/2024) e tentar fazer com que o Programa seja, apenas, um projeto”. “Estão tentando deixar o PRB-UERJ sem a estrutura conquistada depois de muitas reivindicações. Desde o início de 2024, quando perdemos cinco bolsistas, estamos sentindo o abalo das nossas estruturas. Em junho, perdemos três servidores (uma Pedagoga, uma Psicóloga e uma Técnica Administrativa) e um contrato administrativo. Até perdas patrimoniais fazem parte desse processo. No momento, não sabemos se ou até quando permitirão que permaneçamos na sala construída para o Programa. É um retrocesso enorme para a inclusão na UERJ”, lamenta. 

Para Valeria, a decisão de extinguir a coordenadoria do Rompendo Barreiras e substituí-la pela coordenadoria de atenção psicossocial (AEDA 048/Reitoria/2024) é uma questão de escolha da gestão, sua luta e reivindicar pela permanência do PRB-UERJ que espera ser transferido para o Centro de Educação e Humanidades (CEH). “A PR4 está virando as costas para um programa que vem acolhendo e orientando milhares de estudantes ao longo de quase quatro décadas. Eles estão priorizando um modelo elitista, onde pessoas com deficiência e cotistas são marginalizados”, afirma a coordenadora. 

Ela também destaca o papel crucial que o PRB-UERJ desempenhou em tornar a Uerj mais acessível. “Existem documentos que registram a participação do Rompendo Barreiras nas construções das rampas externas da UERJ e a rampa localizada na saída da Rua São Francisco Xavier que leva o nome da Professora Glorinha, os banheiros adaptados há anos, também foi uma das articulações do PRB-UERJ com a prefeitura, tudo isso foi conquistado com a nossa participação ativa”, lembra Valeria. 

 

 Futuro do Rompendo Barreiras 

Para Flávio e Valeria, o Rompendo Barreiras não é apenas um programa de assistência, mas um espaço institucional de garantia de direitos segundo a Lei Brasileira de Inclusão. “Eu conheci o projeto em 2007, através de um amigo. Desde então, o Rompendo Barreiras se tornou o meu lugar”, conta Flávio.  

Apesar das dificuldades, tanto Flávio quanto Valeria estão empenhados em fazer com que o Programa Rompendo Barreiras continue garantindo a acessibilidade e a inclusão de estudantes com deficiência e neurodivergentes na Uerj. “Nós, que temos deficiência aparente, lutamos pelos nossos direitos. Mas, como eu sempre digo, todos têm uma deficiência. Alguns apenas não a enxergam. E é por isso que precisamos lutar juntos”, conclui Flávio. 

Procurada, a PR4 não quis se pronunciar sobre o assunto até a publicação da matéria. Segundo a Professora Valeria, ela foi informada pela assessora da PR4 que foram procurados, mas que indicaram seu nome para essa matéria. 

 

 
 

‘Vanderlei: Pernas, coração e cabeça’ é indicado ao Lisbon Sport Film Festival

‘Vanderlei: Pernas, coração e cabeça’ é indicado ao Lisbon Sport Film Festival

Por: Livia Bronzato

O documentário Vanderlei: Pernas, coração e cabeça, dirigido pelos jornalistas Diogo Venturelli, Gabriel Baron e Terni Castro, conta a história desse maratonista, trazendo à tona momentos emocionantes que ocorreram na vida do atleta. Produzido pelo Comitê Olímpico do Brasil, foi indicado para participar do evento Lisbon Sport Film Festival, que aconteceu on-line do dia 1 ao dia 10 de outubro. Além disso, ficou em oitavo lugar no Prêmio AIPS (Associação Internacional de Imprensa Esportiva) Sport Media Awards 2023.

 


A produção mostra a linha cronológica da vida de Vanderlei Cordeiro de Lima, desde sua infância em Tapira (PR), sua cidade de origem, até os dias atuais. Tudo começou quando, na escola, descobriu que gostava do esporte e ganhou seu primeiro tênis de corrida. Fazia inicialmente corridas por hobby, mas ao crescer decidiu que gostaria de fazer disso seu emprego. Na obra, mostram-se os momentos mais marcantes da carreira e as competições pelas quais ele passou, tanto em maratonas quanto em olimpíadas.

O documentário leva Vanderlei para reviver o episódio mais conhecido de sua carreira. Ele retorna à Grécia e visita locais importantes para a história das Olimpíadas, além de ir ao lugar onde tentaram empurrá-lo para fora da prova nas Olimpíadas de Atenas 2004. Apesar do ocorrido, o longa metragem nos mostra como o atleta foi persistente e comemorou com muito entusiasmo a medalha de bronze que conquistou nesse dia.

Após o episódio, o atleta recebe a honra de carregar uma medalha Pierre de Coubertin, que é concedida aos que demonstram alto grau de esportividade e espírito olímpico, e também a honra de acender a pira olímpica no evento de abertura das Olimpíadas Rio 2016. “Eu sentia a vibração do estádio vivendo aquele momento, foi o momento de maior sentimento que eu tive na minha vida”, relembra.

 

Foto: Reprodução/Instagram

Vanderlei ao acender a pira olímpica na Rio 2016.

 

Vanderlei: Pernas, coração e cabeça é uma obra que envolve e emociona seu telespectador, principalmente porque conta a história de uma pessoa humilde, persistente e inspiradora. Assisti-la é essencial para conhecer melhor a vida do único brasileiro que já recebeu a Pierre de Coubertin.

Banco de Sangue Herbert de Souza necessita de doadores de sangue para realização de cirurgias 

Banco de Sangue Herbert de Souza necessita de doadores de sangue para realização de cirurgias

Funcionários afirmam que o banco não consegue bater as metas diárias de doadores 

 

Por: Maria Eduarda Galdino 

foto: Camila Mesquita 

O Banco de Sangue Herbert de Souza – Betinho é responsável por arrecadar doadores de sangue para o Hospital Universitário Pedro Ernesto, que possui pacientes internados dependentes de transplantes e outros procedimentos que necessitam de bolsas de sangue e medula. 

Apesar da grande demanda dos pacientes, a quantidade de doadores de sangue é escassa. Camila Mesquita, médica hemoterapeuta e funcionária do Banco de sangue, afirmou que o Banco precisa de 40 doadores por dia para atender os pacientes do hospital depois que os transplantes hepáticos começaram a ser realizados.

O Banco de Sangue não apenas coleta as doações, mas também acompanha e orienta os doadores. Após a doação, todos os cuidados para o bem-estar físico dos doadores são feitos, como a refeição e a hidratação. A orientação do Banco de Sangue em relação à periodicidade das doações é diferente para homens e mulheres, enquanto os homens podem doar de 2 em 2 meses, no máximo 4 vezes ao ano, as mulheres podem doar de 3 em 3 meses, no máximo 3 vezes ao ano.

Para mais informações, acesse o instagram oficial do Banco de Sangue Herbert de Souza: @bancodesanguehupe

Banco de Sangue HUPE (@bancodesanguehupe) • Fotos e vídeos do Instagram 

 

 

Rayssa Leal e Guilherme Khury são campeões mundiais de skate

Rayssa Leal e Guilherme Khury são campeões mundiais de skate

Ela (16) agora é bicampeã mundial e Gui (15) se torna o mais novo a conquistar o título.

Por: Livia Bronzato

 

Skate Vertical

Gui Khury, competindo na modalidade de skate vertical, levou o ouro no Campeonato Mundial de Skate de Roma 2024. Em suas voltas, ele conseguiu atingir 92.09 pontos e, nas manobras individuais, fez 90.00 e 86.40; somando-as, sua nota final foi 268.49. Anteriormente, Khury ficara em segundo lugar nessa competição, em 2022. Além disso, o adolescente também já levou o ouro na edição X Games de 2021.

Na mesma categoria, o brasileiro Augusto Akio (23), conhecido como “Japinha”, levou a prata com o total de 249.96 pontos. Recentemente, o skatista estreara nas Olimpíadas de Paris e levara medalha de bronze na modalidade park.

(Foto: Julio Detefon/CBSk)

Gui Khury e “Japinha” fazem dobradinha brasileira no Skate Vertical

Skate Street

Na categoria street, Rayssa Leal se tornou bicampeã mundial. Ela havia ganhado em 2022 e agora conquistou seu segundo ouro em Roma. A skatista, enfrentando sete japonesas na final, atingiu a nota 88,43 na etapa de voltas e 93.99 e 88.14 na de manobras individuais; ao todo 270,56 pontos levaram-na a alcançar o título.

(Foto: Reprodução/Instagram)

Rayssa com o troféu do Campeonato Mundial de Roma 2024

Rayssa já subiu diversas vezes em pódios durante sua trajetória. A brasileira possui 13 medalhas (sete ouros, quatro pratas e dois bronzes) em Jogos Olímpicos, em Jogos Pan-Americanos, no X Games, no World Skate e no Street League Skateboarding.

Crise climática é pauta prioritária do 8º Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental

Crise climática é pauta prioritária do 8º Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental

Evento acontece em Fortaleza e reúne 18 palestrantes de todo o país e cerca de 900 inscritos 

 

Por: Maria Eduarda Galdino

 

Em meio ao recorde de queimadas no país, acontece esta semana em Fortaleza o 8º Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental. O evento reunirá profissionais  de todas as regiões do Brasil para um debate amplo, discutindo a situação climática atual e o papel dos jornalistas nas causas ambientais. Esta edição será realizada na Universidade de Fortaleza (Unifor), o evento conta com 900 inscritos e acontecerá entre os dias 19 e 21 de setembro. 

O Congresso é realizado pela Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental (RBJA),  que há 19 anos vem promovendo encontros com profissionais que acompanham o tema.

“Os jornalistas são essenciais, principalmente num momento em que o negacionismo se espalha. Esse negacionismo ganha força fazendo oposição à informação qualificada e embasada na ciência, mas também por causa da inação da maioria da população, de governantes e empresários que estão assistindo passivamente à deterioração das condições de vida no mundo inteiro”, diz Maristela Crispim, professora de jornalismo na Unifor e criadora da Agência Nordeste, um dos veículos organizadores do congresso.

Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente, Maristela afirma que o congresso vai ser uma grande possibilidade de aprendizado e compartilhamento de experiências entre profissionais e estudantes. 

Todas as palestras e mesas de debates serão transmitidas pelo canal do Youtube da TV Unifor e permanecerão gravadas. Você pode acompanhar aqui:  8º Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental (CBJA)

 

Recorde de medalhas do Brasil não garante cobertura de ouro para Paralimpíadas

Recorde de medalhas do Brasil não garante cobertura de ouro para Paralimpíadas

Por: Livia Bronzato

Brasil foi o 5° país no quadro de medalhas, batendo seu recorde com 89 no total. Também alcançou o maior número de ouros, foram 25; além de 26 pratas e 38 bronzes. Apesar do incrível rendimento brasileiro, a população do país não acompanhou o evento tanto quanto as Olimpíadas. Isso se deu pela falta de uma cobertura mais acessível das modalidades paralímpicas em comparação com a edição olímpica.

Foto: Sílvio Ávila/CPB

Comitê Paralímpico Brasileiro na Cerimônia de Abertura das Paralimpíadas de Paris 2024

 

Nas Olimpíadas, os direitos de transmissão se dividiram entre a TV Globo, canais do SporTV, Globoplay, CazéTV e o site Olympics.com, enquanto nas Paralimpíadas, o Grupo Globo adquiriu exclusividade. Foram transmitidas, no canal fechado SporTV2, apenas 9 das 22 modalidades: atletismo, basquete em cadeira de rodas, ciclismo, futebol de cegos, goalball, judô, maratona, natação e vôlei sentado. O acesso às transmissões só foi possível por aqueles que assinam o SporTV2 ou o pacote Globoplay + Canais Ao Vivo, que custa R$ 54,90/mês.

 

O resultado dessa diferença pode ser observado nos números de audiência: a TV Globo alcançou 36,4 milhões de pessoas e a CazéTV esteve na faixa dos 500 mil espectadores simultâneos. Entretanto, as Paralimpíadas, transmitidas pelo canal SporTV2 , alcançaram somente 6 milhões de telespectadores.

 

Além disso, a quantidade de jornalistas credenciados em Paris também foi contrastante, segundo o site oficial das Olimpíadas foram 20.000 na edição olímpica e apenas 3.000 na paralímpica.

 

O Comitê Paralímpico Brasileiro contou com o apoio de seis patrocinadores: Ajinomoto, Asics, Braskem, Havaianas, Loterias Caixa e Toyota. Já o Comitê Olímpico Brasileiro teve a colaboração de 20 empresas: Águia Branca, Ajinomoto, Aliança Francesa, Azul, Estácio, Grupo Águia, Havaianas, Hemmer, Max Recovery, Medley, Mormaii, NSports, Peak, Prevent Senior New On, Riachuelo, Smartfit, Subway, Vivo, Voke e XP Investimentos.

 

Quadro final de medalhas