A pesquisa tem por intuito analisar o Instagram como ferramenta de comunicação e negócios para marcas administradas por mulheres pretas. Partindo de uma ótica interseccional, entende-se que o racismo estrutural dificulta a ascensão socioeconômica de mulheres pretas na sociedade brasileira. Tal dificuldade decorre, por exemplo, de estereótipos negativos presentes na mídia que associa a imagem dessas mulheres ao estigma da sexualização, da agressividade e da desinteligência que impede de ocupar cargos de liderança. Além disso, a falta de representatividade também é um obstáculo na afirmação de um papel positivo desse grupo. Sendo assim, o trabalho em questão visa explicitar a importância do afroempreendedorismo, do movimento black money e do o domínio de ferramentas de comunicação para negócios, por pessoas negras, na criação de brechas que desestabilize os ciclos de desigualdade de gênero, raça e classe presente no sistema brasileiro. Para compreender o local ocupado por mulheres pretas na sociedade e aferir o papel desempenhado pelo Instagram no que diz respeito à comunicação de marcas, black money e representatividade foi realizado um levantamento bibliográfico. Também foram realizadas 5 (cinco) entrevistas qualitativas com empresárias negras que têm o Instagram como mídia de divulgação e plataforma de negócios. Os resultados mostram que o Instagram desempenha uma função considerável no que diz respeito à comunicação com o público, posicionamento de marca e manutenção desses negócios. Todavia, em se tratando de ascensão econômica e oportunidades, os avanços são tímidos.
Palavras-chave: Afroempreendedorismo; Instagram; Black Money; Mulheres negras; E-commerce.
