Professor da FCS lança jogo inspirado na cultura brasileira

Neste sábado, 20 de abril, a ludoteca do Museu de Arte do Rio recebe o lançamento do cardgame Poranduba – Cartas de Cultura. O jogo é desdobramento dos estudos de pós-doutorado do pesquisador Andriolli Costa, professor adjunto do Departamento de Jornalismo da FCS/Uerj. A recepção será das 14h às 17h, com bate-papo sobre criação de jogos, mesas para ativação do jogo, produtos para venda e apresentação de bumba-meu-boi.

Em seu projeto, realizado no Programa de Pós-Graduação em Crítica Cultural da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), o pesquisador investigou o jogo como estratégia para renovação dos afetos, tendo como eixo central a cultura popular brasileira. No movimento final do trabalho, após analisar outros projetos relacionados à temática, construiu a sua proposta de jogo que respondesse aos vazios identificados no estudo.

Para a concretização da versão física e digital de Poranduba, o trabalho contou com recursos do PROAC/SP e de um financiamento coletivo pela plataforma Catarse, em que quase 900 baralhos foram vendidos ao longo de um mês de divulgação.

O Jogo

Poranduba – Cartas de Cultura é um cardgame estratégico inspirado na cultura popular brasileira. A cada partida você deve utilizar da esperteza dos sacis, da sabedoria das benzedeiras, da força dos lobisomens ou da engenhosidade de uma vassoura atrás da porta para vencer desafios antes do seu oponente. Só cuidado: basta um erro e suas cartas podem ir para o Beleléu.

No total, foram 27 ilustradores de 13 estados brasileiros diferentes que colaboraram para deixar o jogo com a pluralidade de traço e estilo peculiares à cultura brasileira. Coube ao diretor de arte André Vazzios, notório no ramo de RPGs, finalizar as artes e dar certa unidade à esta variância, ainda que respeitando a individualidade de cada artista.

O cardgame tem regras próprias e possui três modos de jogo para acomodar de uma à quatro pessoas. A classificação indicativa é a partir dos 12 anos de idade. Para estimular seu uso para além do jogo, todas as cartas possuem um QR Code que leva a uma página dedicada com um relatório sobre a manifestação cultural que a inspirou – além de referências bibliográficas. Mais informações no site www.cartasdecultura.com.br

O Evento

A programação do Museu de Arte do Rio vai começar com uma recepção, a partir das 14h. Próximo às 15h, haverá uma apresentação do bumba-meu-boi Encanto Carioca, da mestra Dona Carminha. A brincadeira vai encaminhar o público para o bate-papo sobre criação de jogos inspirados em culturas populares, em que o mediador Guilherme Carvalho vai conversar com Andriolli Costa e com o historiador Jorge Valpaços. Pela Lampião Game Studio, Jorge se tornou referência na produção de jogos independentes e RPGs.

O diretor de arte André Vazzios também estará presente, ajudando na comercialização dos baralhos e de prints com artes do jogo. Uma mesa para ativação vai ajudar as pessoas a testarem o baralho. A Ludoteca do MAR fica na Praça Mauá, 5 – Saúde, Rio de Janeiro. A entrada é gratuita.

UERJ recebe a “II Semana de Jornalismo da ABI”

UERJ recebe a “II Semana de Jornalismo da ABI”

Texto: Mariana Dâmaso e Pedro Rubim*

 

 

A II Semana de Jornalismo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) teve um de seus debates realizados na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), no dia 4 de abril, em  parceria com a Faculdade de Comunicação Social (FCS). Com o tema “60 anos do golpe de 64”,  o encontro recebeu o professor e jornalista Chico Otávio (PUC-Rio), a reitora da Uerj, Gulnar Azevedo e Silva, o médico, professor e sindicalista Luiz Roberto Tenório, a historiadora Andrea Queiroz, membro da Comissão da Memória e Verdade da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a jornalista e pesquisadora Rejane Nogueira (UFRJ).

A diretora da FCS, Patricia Miranda, mediou o debate e iniciou a mesa, citando a importância da Semana da ABI estar passando pelas universidades, contando e recontando uma história de luta e resistência de uma época dolorosa para o país, referindo-se ao período da ditadura militar brasileira, instaurada em 1964. 

“Estamos aqui para revisitar essas violências para que elas não mais se repitam. Para isso, precisamos contar aos jovens que não viveram esse período a história viva da ditadura. Uma história contada pelas vítimas, pelas testemunhas, pelos jornalistas, pelos pesquisadores que se debruçam em diferentes dimensões desse tema. Precisamos recontar essa história para que não venham dizer a vocês que o golpe foi uma revolução, que a ditadura não aconteceu”, enfatizou a diretora.

Nesse sentido, os participantes deram seus testemunhos pessoais de como o golpe de 1964 os afetou, partilhando histórias pessoais da ditadura e de como foi ser universitário e compor os movimentos estudantis durante o período.

O médico Luiz Roberto Tenório contou sobre seu histórico como estudante de Medicina da Uerj e sua participação no Centro Acadêmico Sir Alexander Fleming (Casaf), que lutou política e ativamente contra a ditadura cívico-militar de 64, junto de outras universidades, como a UFRJ. “Falar que o golpe foi apenas um golpe militar é um equívoco. Foi um golpe militar com o apoio significativo da classe média”, destacou.

Em sua fala, o jornalista Chico Otávio reforçou a importância da mobilização social e do jornalismo sobre os crimes da ditadura. “Quando eu vejo que tem gente na imprensa europeia até hoje debruçada sobre os casos da Segunda Guerra Mundial, eu vejo que nunca é tarde para a nova geração de jornalistas revisitar os crimes da ditadura militar“, opina.

A historiadora Andrea Queiroz, diretora da Divisão de Memória Institucional e membro da Comissão da Memória e da Verdade, ambos da UFRJ, apontou a urgência em se falar sobre como o autoritarismo e seus agentes políticos e sociais, em diferentes épocas, atuaram dentro da Universidade e deixaram marcas de sua trajetória até os dias atuais.

“Estamos tocando na ferida, mas ao mesmo tempo, estamos tocando nas memórias que estão cristalizadas dentro da instituição, personagens que vão dar nome de auditório e de prédio, e que representam as marcas desse período autoritário na UFRJ. O contraponto que fazemos é o levantamento da memória de professores e alunos cassados, presos e exilados, que puderam voltar para a instituição posteriormente, como o professor Alberto Luiz Coimbra, fundador da Coppe, que só retornaria na década de 1980.”

Rejane Nogueira, ex-aluna do Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira da Uerj (CAp-Uerj) e pesquisadora sobre negros no movimento estudantil contra ditadura, na UFRJ, comentou sobre o racismo no regime militar de 1964, compartilhando a história de seu pai, Ailton Benedito de Sousa, militante negro e ex-estudante de Direito da, agora, Uerj. Nogueira, ainda, se debruça sobre suas vivências como filha de um pai perseguido pelo regime:

“Sou a terceira filha de acadêmicos e militantes negros e vivenciei a ditadura a partir desse lugar de filha. Eu e meus irmãos experimentamos todas as mazelas que a tortura, o encarceramento, a exclusão promovem em pessoas que são vítimas de tamanha opressão (…). Como pesquisadora negra, vou tentar dar voz e lamento a essas narrativas silenciadas quando se trata da memória da ditadura”, declara Rejane.

A reitora Gulnar Azevedo e Silva finalizou ao apontar sobre a história que, ainda que dolorosa, precisa ser contada. “São feridas que não foram cicatrizadas, é nosso papel recuperá-las (…). Os jovens não conhecem a história. Nós vivemos, de algum lugar e em algum momento, essa história, e a gente vê que ela ainda repercute. E isso tem que ser falado com muito cuidado e carinho, com muita atenção, mas a gente não pode esconder”, acentua.

Os debates foram transmitidos ao vivo pelo canal da ABI no YouTube. A mesa da Uerj foi transmitida também pelo canal FCS na plataforma. 

*Alunos do Curso de Relações Públicas da Uerj. Texto revisado pela professora doutora Renata Monty.

Professora Fátima Regis é empossada como vice-diretora da FCS

Professora Fátima Regis é empossada como vice-diretora da FCS

Cerimônia destacou processo democrático na Universidade

                                                                                                                                                                    por Pedro Castello Branco
Da esquerda para a direita: professora Patrícia Miranda (diretora FCS); reitora Gulnar Azevedo; professora Fátima Regis (vice-diretora FCS); e vice-reitor Bruno Deusdará.

A Uerj realizou, no dia primeiro de abril, a cerimônia de posse dos vice-diretores de unidades acadêmicas eleitos para o quadriênio 2024-2027, na Capela Ecumênica, no Campus Maracanã. Representando a Faculdade de Comunicação Social (FCS), a professora doutora Fátima Regis Oliveira foi empossada como nova vice-diretora. Fátima é formada em Relações Públicas pela Uerj e faz parte do corpo docente do curso desde 2012.

Para o próximo quadriênio, ambos os cargos de diretor e vice-diretor serão compostos por mulheres. Ao lado de Fátima está a professora doutora Patrícia Miranda, que foi reeleita pela comunidade acadêmica para continuar seu mandato pelo segundo quadriênio.

O evento contou com apresentação artística do Coral Altivoz, sob regência do maestro Mário Assef, e com a presença da Reitoria, Pró-reitores, diretores de centros setoriais da Uerj, assim como de familiares e amigos dos vice-gestores, e estudantes da Universidade.

Em seu discurso, a reitora Gulnar Azevedo e Silva reforça a importância da reflexão do papel das eleições dentro da universidade para a garantia da democracia no ambiente acadêmico. 

“Os vice-diretores são fundamentais para isso. Entendemos que trabalhar em conjunto é o nosso objetivo, e queremos garantir que essa perspectiva seja de muita dignidade e realização. O trabalho é coletivo, é de todo dia, na defesa incondicional da nossa democracia.”, enfatiza a reitora.

A professora Luciana Ghussn, eleita vice-diretora da Faculdade de Tecnologia Uerj – Resende, foi a representante dos empossados a discursar na tribuna. Em sua fala, destacou a importância do trabalho coletivo para o fortalecimento das bases educacionais na universidade, formando alunos éticos e resilientes. “Nossa universidade é um espaço de diversidade e de diálogo, onde cada voz contribui para o enriquecimento de todos, e é essencial fortalecermos nossa cultura de respeito e cooperação.”, enfatizou Luciana. Concluindo seu discurso, a professora acrescentou a importância do papel dos empossados como, acima de tudo, educadores, e defende um futuro com a comunidade acadêmica mais unida para um futuro melhor na Universidade.

Para conferir a transmissão completa da cerimônia, acesse o canal da TV Uerj.

*Pedro Castello Branco é estudante do curso de Relações Públicas da Uerj

Muniz Sodré lota Teatro Noel Rosa em aula inaugural da FCS

Muniz Sodré lota Teatro Noel Rosa em aula inaugural da FCS

Texto: Yasmim Cavalcanti* O sociólogo, jornalista e professor emérito pela UFRJ, Muniz Sodré, realizou a aula magna da Faculdade de Comunicação Social (FCS) sobre Cultura Digital no Teatro Noel Rosa, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), na última quinta-feira (21), mediado pelo professor doutor Ricardo Ferreira Freitas. Com capacidade para 256 pessoas, entre alunos de graduação de jornalismo, relações públicas e docentes da FCS, o teatro lotou e ainda contou com transmissão ao vivo.  Ao tratar o tema das tecnologias, Sodré destaca como nenhuma cultura resiste à sua digitalização, já que a tecnologia sem a cultura se fecha em torno de si própria, se ausenta de história, e é assim que ela se transforma em uma sociopatia. Também citou A Filosofia do Amor, de Simmel, discutiu como a arte é ainda uma forma de ruptura, que vai de encontro à “irredutibilidade do indivíduo”, e como a política digitalizada é o extermínio da representatividade, além de enfatizar a importância da imprensa, no papel de antídoto à rede. Segundo Muniz Sodré, “a internet é a naturalização do anarquismo”, uma coletividade organizada sem uma autoridade, assim destacando a importância da instituição jornalística e que ela não se separa das relações públicas. Além disso, o professor reforça que “o vício é a vingança secreta do objeto contra a soberania do sujeito”, ainda no âmbito da capilaridade das redes. A estudante de jornalismo, Jullyene Gomes, relata com entusiasmo como foi ter essa experiência acadêmica:  “Para mim é uma honra receber em nosso campus um profissional consagrado na área de jornalismo, além de ser um sociólogo incrível. Poder dividir o seu conhecimento ali com a plateia, com o corpo docente e discente, e, ao mesmo tempo, abrangendo tantas áreas, entre as perguntas e respostas de um certo momento, foi muito interessante ver como o Sodré consegue lidar com diferentes assuntos, dentro de questões tão diversificadas, e ele respondeu com todo carinho e toda dedicação. Foi um momento muito incrível de estar ali pessoalmente”.
A transmissão da aula se encontra no canal da FCS no Youtube.

*Estudante de Jornalismo da FCS, com supervisão da doutora Renata Monty.

Juventude e meio ambiente são temas de monografia nota 10

Juventude e meio ambiente são temas de monografia nota 10

Mylena Oggioni: “Atualmente, a possibilidade de obter informações pela internet, incluindo as redes sociais, ampliou os debates relacionados à sustentabilidade ambiental.”

Mylena Oggioni terminou a graduação na FCS com méritos. Avaliada com a nota máxima na Monografia, defendida em 2022 e orientada pelo professor Ricardo Ferreira Freitas, a relações públicas teve um reconhecimento adicional: o trabalho foi incorporado pelo projeto “eBooks FCS”, desenvolvido no âmbito do Programa de Incentivo às atividades técnico-administrativas (PROTEC). A obra, disponível aqui, foi lançada no final de março e apresenta a pesquisa “Juventude e protagonismo sustentável: o impacto da comunicação na atuação dos jovens em iniciativas de sustentabilidade ambiental”.

Em entrevista ao site da FCS, Mylena aborda a construção do trabalho, relatando alguns obstáculos encontrados no caminho. Ela também explica os motivos que a levaram a investigar a relação entre jovens e a pauta ambiental.

FCS: Por que decidiu pesquisar a relação entre juventude e a pauta ambiental?

Mylena Oggioni: Desde que comecei a me interessar pelo tema da sustentabilidade ambiental, ouvi com frequência que a preocupação com o meio ambiente era apenas uma fase. Somado a isso, ao conhecer alguns projetos engajados com a pauta, percebi uma atuação bem forte dos jovens como porta-vozes dessas iniciativas. A partir disso, quis entender um pouco mais sobre o protagonismo da juventude nesse cenário.

FCS: Você fala em dificuldades e desafios para um engajamento mais forte dos jovens nesse campo. Quais seriam?

MO: O início da fase adulta é conturbado, adquirimos uma série de responsabilidades e ainda há o peso de uma crença difundida de que esses anos são responsáveis por definir o resto das nossas vidas, o que pode ser facilmente refutado por pessoas mais experientes, mas que ainda assombra grande parte dos jovens, gerando uma cobrança desproporcional. A entrada no mercado de trabalho, que se apresenta cada vez mais instável, a busca por conhecimento em áreas de atuação específicas e a gestão de diversas responsabilidades adquiridas acabam esgotando o jovem em suas jornadas individuais, tirando o foco de questões mais coletivas. Considerando o aspecto econômico, esses desafios se apresentam de uma forma muito mais escancarada dentro de contextos menos favorecidos. Além disso, no âmbito do consumo, a precificação dos produtos com maior apelo sustentável acaba criando mais um obstáculo de consumo para os jovens que, geralmente, ocupam cargos hierarquicamente mais baixos, com remunerações proporcionais. Os jovens que conseguem se engajar ainda são atingidos pela falta de credibilidade atribuída a eles e possuem pouca abertura em discussões mais macro, que envolvem políticas públicas sobre o tema.

FCS: A comunicação é uma prática fundamental para a sua pesquisa. Quais os principais impactos e ferramentas das mídias na atuação dos jovens em iniciativas ambientais?

MO: Atualmente, a possibilidade de obter informações pela internet, incluindo as redes sociais, ampliou os debates relacionados à sustentabilidade ambiental. Além disso, a internet possibilita um direcionamento de conteúdos nichados de forma mais eficaz. Na pesquisa, a partir do conhecimento da comunicação realizada pelos projetos locais, o Whatsapp se destacou como uma ferramenta relevante, considerando a proximidade dos integrantes dos grupos e o desenvolvimento de reflexões e ações inseridas em um contexto compartilhado, fazendo com que o impacto das iniciativas se apresentasse de uma forma muito clara no cotidiano das pessoas envolvidas.

FCS: Como foi o percurso da pesquisa, que envolve escolha do tema, levantamento de dados, entrevistas, até a redação final? O que você considera mais desafiador nesse processo?

MO: Acredito que as etapas iniciais do projeto são as mais desafiadoras, sobretudo a escolha do tema. Chegar a um recorte que viabilize o desenvolvimento de uma pesquisa em seis meses é um processo, porque os temas sempre apresentam diversas ramificações e, muitas vezes, desejamos várias delas dentro da pesquisa, o que pode tornar o projeto muito extenso e, talvez, um pouco raso. Então, para mim, essa foi a fase mais desafiadora. O levantamento dos dados também é um desafio, mas o acervo online de projetos de diversos congressos e o Google Acadêmico facilitam muito o processo. As entrevistas são um ponto delicado, pois muitas vezes não existe retorno. Para este trabalho, eu consegui entrevistar duas integrantes de um mesmo projeto, o que enriqueceu o conteúdo, mas nunca obtive resposta de outros projetos com os quais entrei em contato. Acredito que o ideal é buscar o máximo de possibilidades. Após essas etapas, a redação se desenvolve de forma mais fluida. 

FCS: Quais seus planos no momento? Mercado de trabalho, pós-graduação? Ambos?

MO: Ambos, estou focada no mercado de trabalho, mas como acredito que o conhecimento teórico é essencial para uma prática mais assertiva, também estou cursando um Master em Pesquisa de Mercado e Consumer Insights.

Debate “60 Anos do Golpe 1964/2024”: 04/04

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI), em parceria com a Faculdade de Comunicação Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FCS/UERJ), realizará a II Semana Nacional de Jornalismo ABI, com o tema 60 Anos do Golpe 1964/2024, no dia 4 de abril, das 10h às 13h, no Auditório 111, 11º andar, UERJ, Campus Maracanã.

O evento tem o objetivo de revisitar o marco inicial de um período de 21 anos de ditadura no Brasil e levar aos jovens testemunhos, relatos profissionais e resultados de pesquisas que se debruçam sobre um momento político que deve ser lembrado para que nunca mais se repita.

Participam do encontro o jornalista e professor de jornalismo na PUC-Rio Chico Otávio; a historiadora e filha de Jango, Denize Goulart; a médica e Reitora da UERJ Gulnar Azevedo e Silva; o médico cassado, preso e torturado pela ditadura, Luiz Roberto Tenório; e a doutoranda da UFRJ Rejane Nogueira, que estuda movimento estudantil negro na ditadura. Os convidados debaterão o tema, sob a mediação da jornalista e professora da Faculdade de Comunicação Social da Universidade da Uerj Patrícia Miranda.

O evento na Uerj integra a programação da II Semana Nacional de Jornalismo da ABI que promoverá debates de 1⁰ a 5 de abril, em parceria com cinco universidades públicas do país: UFJF, Juiz de Fora (01/04); UFRGN, Natal (02/04); USP, São Paulo (03/04); UnB, Brasília (05/04 – manhã), encerrando no Rio de Janeiro (05/04 – tarde). Todas as mesas de debates serão transmitidas ao vivo pelo canal ABI TV – YouTube. A mesa da Uerj será transmitida também pelo canal FCS UERJ – YouTube.

Serão emitidos certificados de participação para os presentes.

Inscreva-se aqui.

FCS promove Aula Inaugural com Muniz Sodré

No próximo dia 21 de março (quinta-feira), às 14h, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) receberá Muniz Sodré, jornalista e professor universitário, um dos principais nomes da comunicação e dos estudos afro-brasileiros, para Aula Inaugural da FCS. O encontro acontece no Teatro Noel Rosa e tem como tema a Cultura Digital. 

Sodré desempenhou um papel pioneiro na pesquisa em comunicação no Brasil, sendo reconhecido por suas valiosas contribuições no campo da comunicação e cultura. Seu trabalho mais recente publicado é o livro “Fascismo da cor: uma radiografia do racismo nacional” (Vozes, 2023). 

O Teatro Noel Rosa está localizado na Rua São Francisco Xavier, 524, campus Maracanã da UERJ.