Concurso para Relações Públicas: acompanhe o processo

 
 
A Faculdade de Comunicação Social da UERJ está com edital aberto para 1 (uma) vaga de professor adjunto, 40h, no Departamento de Relações Públicas, na subárea de Comunicação Pública.
 
As inscrições vão de 16/08/2024 a 14/09/2024. Mais informações e acesso ao edital pelo link https://prossim.uerj.br/carregar_selecao/1093
Acompanhe o processo

EVENTO CANCELADO – 1º Encontro Diálogos FCS: Lugares da Comunicação na Universidade

Em função das ocupações no campus, o evento foi cancelado. Uma nova data será divulgada após normalização da situação na UERJ
O que faz a Universidade? Comunicação científica em tempos de negacionismo, desinformação e crise institucional

Diversos acontecimentos no passado recente – cortes do orçamento público para a pesquisa, ondas de desinvestimento, precarização das condições de trabalho de servidores públicos, fake news e desinformação na pandemia de covid-19 e avanço de privatizações – expõem alguns problemas vivenciados pelas Universidades e instituições de pesquisa no Brasil. Cada vez mais, instituições públicas têm sido desacreditadas, quando não diretamente atacadas pelo seu trabalho, muitas vezes não reconhecido pela maioria da sociedade, que financia esse espaço de produção de conhecimento. 

Compreendemos a comunicação não apenas como prática ou técnica, mas como um fenômeno amplo, humano e social, que precisa ser melhor compreendido pela comunidade universitária para lidar com as novas questões do tempo. 

O 1º Encontro Diálogos FCS tem o objetivo de discutir de forma ampla o papel da comunicação na Universidade do presente, em que negacionismo e crise institucional são fenômenos ainda fortemente atuantes. A ideia é reunir convidados, especialistas e profissionais técnicos para uma programação especial voltada à desconstrução e construção de novas ideias sobre o que é comunicar a e na Universidade. Falaremos sobre as políticas de comunicação adotadas pelas Universidades do estado do Rio de Janeiro e os desafios encontrados por cada uma delas. 

Secretaria de Graduação lança número no WhatsApp

A Secretaria de Graduação agora tem um canal de transmissão pelo WhatsApp, que será utilizado para divulgar informações importantes da FCS, como cancelamento de aulas ou alguma ocorrência urgente da Faculdade. Para fazer parte do canal de transmissão, basta clicar no seguinte link (https://whatsapp.com/channel/0029ValXQeL1iUxVr3tD5R2W).

Além disso, também será disponibilizado número de WhatsApp para contato da comunidade de estudantes, professores e servidores técnico-administrativos, assim como o público geral.O canal é exclusivo para tirar dúvidas e procurar informações relevantes sobre o funcionamento da Secretaria, sendo vedado o uso para iniciar processos ou tratar de assuntos de ordem administrativa que demandem documentos ou registros em sistemas corporativos da Universidade. Solicitações de serviço ou pedidos para emissão de documentos ainda devem ser feitos via e-mail.

Para iniciar uma conversa, basta acessar o ícone do WhatsApp na página inicial do Portal da FCS, no canto inferior direito, ou adicionar o número 21 97069-5533 à sua lista de contatos do telefone. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 11h às 17h. Conversas fora desses dias e horário não serão atendidas até o próximo dia útil.

Gaymers e personagens LGBT+: entrevista com autora de monografia nota 10

Gaymers e personagens LGBT+: entrevista com autora de monografia nota 10

A monografia de Alessandra Araujo, jornalista formada pela FCS, foi premiada com a nota máxima na banca de avaliação, ocorrida no final de 2020, e tornou-se livro editado pelo projeto Protec eBooks FCS. Gaymers: a reivindicação de representatividade de LGBTS+ nos games (disponível para download aqui) é um estudo de caso que investiga as representações de personagens que não se enquadram nas normas sociais e tradicionais de gênero e sexualidade. A partir da pesquisa, Alessandra apresenta as transformações que os personagens sofreram, distanciando-se de modelos que, durante muito tempo, eram predominantemente estereotipados. Essa ocupação LGBT+ não se deu sem reações num ambiente onde o sexismo é uma marca. Na entrevista concedida ao site da FCS, a autora aborda os motivos que a levaram ao tema e seus planos acadêmicos futuros.


FCS – Como e por que você escolheu estudar representatividade LGBT+ em games?

Alessandra Araujo – Desde criança, sempre fui apaixonada por videogames. Era a atividade que reunia toda minha família e amigos. Eu jogava junto com meus pais e meus primos. Então, foi um universo no qual sempre fui imersa e não deixou de ser durante a adolescência, e nem depois de adulta. É realmente uma paixão. Além disso, eu sou uma pessoa LGBT+, que observou o aparecimento dessas representações e, sobretudo, dessa representatividade enquanto eu crescia, o que, para mim, foi muito importante. Então, por que não escrever sobre isso?

FCS – Um traço comum, até algum tempo atrás, em produções culturais, era a estereotipização de personagens LGBTs. Como você avalia a construção dos personagens nos jogos analisados no seu estudo?

AA – No início era bem estereotipado ou sexualizado mesmo, personagens extremamente afeminados, como o Ash, de Streets of Rage, que menciono no meu estudo. Personagens usando roupas extremamente apertadas e pequenas. E sempre colocados ou como coadjuvantes ou como vilões, sem ter muita narrativa própria. Hoje, vemos personagens LGBT+ com lores [histórias secundárias e complementares] extremamente complexos, que inclusive não se resumem apenas ao fato da pessoa ser LGBT. São, até mesmo, protagonistas dos seus próprios jogos. Life is Strange, que é o game usado por mim como objeto, apresenta diversos personagens LGBT+ com muitas camadas e, ainda, como protagonistas.

FCS – O universo LGBT+ é amplo e diverso, com múltiplas identidades. Dá para falar que os jogos analisados refletem essa realidade plural das pessoas que não se enquadram nas normas sociais tradicionais de gênero e sexualidade?

AA – Acho difícil contemplar toda essa pluralidade. Na comunidade LGBT+ temos pessoas assexuais, pessoas não binárias, pessoas trans dentro na binariedade de gênero, travestis, pessoas lésbicas, pessoas gays, pessoas bissexuais, entre muitos outros. Os jogos ainda retratam principalmente a vivência de gays, lésbicas e bissexuais. Mas os games que fazem parte do meu estudo fazem um ótimo trabalho com esses três, mostrando que, sim, a sexualidade é uma questão, o preconceito existe, mas essas pessoas também são pessoas, com bagagens, histórias, gostos e costumes que vão além da sua sexualidade.

FCS – Você destaca que, a partir de uma perspectiva de cidadania cultural, a busca pela representatividade torna-se uma relação política e econômica. Você consegue avaliar a repercussão dos jogos? Isto é, como foi a popularidade e se houve reações contrárias – já que ressalta que comunidade gamer ainda é marcada por machismos e lgbtfobia?

AA – A indústrias gamer se criou como um refúgio dos homens heteros cis, a partir do momento que, para sobreviver economicamente, passou a desenvolver temáticas mais violentas. Posteriormente, quando outras pessoas tentaram ocupar esse espaço e outros tipos de jogos foram desenvolvidos, esses homens se sentiram invadidos. Então, teve, sim, uma reação. Houve linchamentos online, ameaças de morte, diversos insultos machistas, LGBTfóbicos e sexistas. Insultos que eu, que sou mulher LGBT+, posso enfrentar até hoje em chats ao jogar online.

Mas vou te contar, boa parte dos jogos de temáticas LGBT+ são games extremamente populares, que ganharam premiações, como Jogo do Ano, devido a sua alta complexidade narrativa, como The Last of Us (que também virou série e super recomendo). Então, apesar da reação, nada impede o grande sucesso dessas histórias.

FCS – O que foi mais desafiador durante a pesquisa? Tem intenção em desenvolvê-la numa eventual pós-graduação?

AA – Acho que o elemento mais desafiador combina bastante com o fato de estar pensando em talvez desenvolver essa pesquisa em uma pós. Poucos pesquisadores enxergam os videogames como um campo de comunicação a ser estudado, mas eu diria que é um campo extremamente relevante e que precisa ser mais explorado. Hoje todo mundo joga, seja os jogos mais complexos com grandes histórias ou Candy Crush e Pokemon Go no celular, e como isso altera nossa forma de se comunicar? Como isso cria espaços de convivência, uma vez que o virtual se funde cada vez mais com o real? Como isso muda nossa forma de enxergar o mundo? O videogame é uma ferramenta de imersão, nós nos sentimos parte daquele universo que apresentam para a gente. É uma ferramenta enorme de criação de empatia inclusive, já que estamos vivendo a mesma história que aquele personagem. Nós somos aquele personagem. É uma forma de comunicar com infinitas possibilidades, principalmente conforme avanços tecnológicos acontecem. Então, foi difícil demais achar bibliografia, principalmente nichando para o público LGBT+, mas não deveria ser. E, por isso, eu penso em talvez desenvolver a pesquisa numa pós.

Oficina virtual de jornalismo em quadrinhos está com inscrições abertas

 
Em um novo ciclo de oficinas, o Laboratório de Podcasts Narrativos da Uerj – Lunar abre espaço para sua segunda vertente de trabalhos: a experimentação na narrativa jornalística. Em “Outras Narrativas”, o projeto de extensão coordenado pelo prof. Dr. Andriolli Costa, da FCS/Uerj, vai trabalhar com formatos distintos para apresentar aos alunos outras possibilidades de contar a história do tempo presente.
 
No encontro de estreia, o jornalista Augusto Paim, autor do “Pequeno Manual da Reportagem em Quadrinhos”, vai conduzir uma aula virtual e gratuita sobre o tema. O evento ocorre dia 15 de agosto, das 19h às 21h30. Não é preciso ser aluno da Uerj para participar.  Todos os inscritos receberão um código para adquirir o livro com desconto pelo site da editora.
 
Paim é mestre em Escrita Criativa pela PUCRS e doutor pela Universidade Bauhaus, em Weimar. Sua tese tornou-se o livro “Die Comicreportage”, publicado em alemão, mas ainda inédito no nosso país. Já o manual foi lançado em 2023 pela Arquipélago Editorial e tem ganhado espaço no campo.
 
Inscreva-se pelo formulário em http://bit.ly/podcastnarrativo

Concurso para professor adjunto: Depto de Relações Públicas (FCS) – acompanhe o processo

Acompanhe o processo aqui

A Faculdade de Comunicação Social (FCS/UERJ) estará com inscrições abertas, a partir de 29/04/2024, para 1 (uma) vaga de professor adjunto, na área de Relações Públicas, subárea Mídias Digitais.

CRONOGRAMA DO CONCURSO

Calendário para Isenções da Taxa de Inscrição:
a) Período para Solicitação da Isenção da Taxa de Inscrição: 28/04/2024 a 10/05/2024.
b) Período de Análise dos Pedidos de Isenção: 10/05/2024 a 17/05/2024.
c) Divulgação do Resultado dos Pedidos de Isenção: 17/05/2024, a partir das 17:00.
d) Período de Recursos sobre o Resultado dos Pedidos de Isenção: de 17/05/2024, a partir das 18:00, até
21/05/2024, às 23:59.
e) Período de Análise dos Recursos para Isenções: 22/05/2024 a 24/05/2024.
f) Divulgação do Resultado das Análises dos Recursos para Isenções: 24/05/2024, a partir das 14h.

Calendário Geral do Concurso:
a) Divulgação da composição da Comissão Examinadora – 14/06/2024, às 18h.
b) Sorteio do ponto para a prova escrita – 01/07/2024, às 9h.
c) Prova escrita – 01/07/ 2024, às 10h.
d) Leitura da prova escrita – 01/07/2024, às 14h30min.
e) Resultado da prova escrita e início do período de recurso da prova escrita – 02/07/2024, às 18h.
f) Término do período de recurso da prova escrita – 03/07/2024, às 18h.
g) Resultado do recurso da prova escrita – 04/07/2024, às 8:30min.
h) Divulgação da lista de pontos para a prova de aula – 04/07/2024, às 9h.
i) Sorteio do ponto para a prova de aula – 04/07/2024, às 9h30.
j) Prova de aula – 05/07/2024, às 9h30.
k) Resultado da prova de aula – 08/07/2024 às 18h.
l) Entrega de Títulos e Trabalhos – 09/07/2024, às 10h.
m) Divulgação do resultado final – 18/07/2024, às 18h.

O edital está disponível aqui.

Jornalista lança livro sobre o “7 a 1”: confira entrevista com Marcelo Resende, egresso da FCS

Marcelo Resende é jornalista formado pela FCS, onde atualmente cursa o doutorado no PPGCom/UERJ.

Marcelo Resende é jornalista formado pela FCS/UERJ. Apaixonado por futebol, o tema foi um passo natural para o seu trabalho de conclusão de curso. A monografia, defendida em 2021, rendeu frutos. Consolidou sua jornada pelos corredores acadêmicos, onde tornou-se mestre e atualmente é doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCom) da FCS, e levou seu nome às páginas abertas pela Editora Corner. Acaba de ser lançado “7 a 1 nos jornais do Brasil”, que traz o relato científico construído na monografia sobre aquela que é considerada por diversas vozes da imprensa esportiva como “a maior vergonha da seleção brasileira”, ocorrida há 10 anos. Em entrevista ao site da FCS, ele fala sobre memórias pessoais e coletivas que têm no jornalismo um extenso campo para reflexão e pesquisa sobre o esporte.

Faculdade de Comunicação Social – Por que você decidiu pesquisar narrativas jornalísticas sobre a derrota do Brasil para a Alemanha, na Copa do Mundo de 2014? A escolha de um tema não costuma ser por acaso e espelha inquietações e anseios do próprio pesquisador…
Marcelo Resende –
Em primeiro lugar, é importante mencionar que o livro é fruto da minha pesquisa de monografia na Graduação. O trabalho acabou sendo volumoso, com 120 páginas, um ponto fora da curva para esse estágio acadêmico. Eu fiz uma oferta à editora Corner que, de início, não mostrou interesse. Com a aproximação dos 10 anos da derrota na Copa de 2014, o diálogo foi retomado.

O tema, de fato, não foi por acaso. Sou apaixonado por futebol desde muito pequeno, um frequentador nato de estádios. Minhas primeiras memórias são do pentacampeonato, conquistado em 2002, que me deixou a impressão de que o Brasil seria sempre campeão.

FCS – A impressão não se materializou, não é? Como esse elemento da memória influenciou a condução da pesquisa?
MR –
Sim, a impressão não se concretizou. A questão da memória foi determinante, porque eu busquei situar a análise da goleada para Alemanha diante de outras derrotas também marcantes na história da seleção. O Maracanazo de 1950, com o vice-campeonato para o Uruguai, e a tragédia do Sarriá, que decretou a eliminação da seleção de 1982, são resgates que fiz para contextualizar e narrar o 7 a 1.

FCS – Sua pesquisa analisa as narrativas dos jornais O Globo e Folha de São Paulo. E como o 7 a 1 está situado nesse rastro histórico? Que elementos você destacaria?
MR – O 7 a 1 é descrito como a maior derrota da seleção. Estamos falando de dois dos principais jornais do país, portanto há um peso social e cultural na produção de imaginário e representações. Eu analisei a cobertura do mês em que o torneio aconteceu. No início, havia uma confiança muito grande na experiência do Felipão [Luiz Felipe Scolari foi o técnico em 2014]. A derrota para os alemães arrasou com as expectativas. As reações passaram pelas ideias de “vergonha”, “vexame” e “humilhação”.

FCS – Para além dessa abordagem da vergonha, há algo que te surpreendeu nas narrativas pesquisadas?
MR – O olhar histórico é um aspecto central da pesquisa. Os próprios jornais se encarregaram de fazer as comparações. Um dado muito interessante foi o fato de alguns periódicos terem “perdoado” e “parabenizado” os jogadores de 1950 – o goleiro Barbosa, em especial, que durante décadas foi considerado o principal culpado pela derrota para os uruguaios. A relação com a seleção de 1950 é marcante nas narrativas imediatas ao 7 a 1. Por mais que comparações sejam comuns no futebol, a dramaticidade empregada foi acentuada. A narrativa de que os atletas do maracanazo estariam libertos do trauma 1950 me impactou muito.

FCS – Você consegue avaliar os legados do 7 a 1 para o imaginário futebolístico do país? Que mudanças é possível ver na forma como a imprensa encara a seleção?
MR –
O primeiro e imediato impacto foi o Felipão sendo tratado como vilão, mesmo tendo sido campeão em 2002 [e continua na condição de último treinador campeão mundial com a seleção, que caminha para um jejum de 24 anos sem a taça]. Outro legado, e que ganhou novos sentidos, veio com o Tite, que assumiu em 2016 e construiu uma equipe competitiva, pelo menos na América do Sul. A imprensa deu bastante notoriedade ao Tite, projetando nele um profissional capaz de levar a seleção ao hexacampeonato. A imprensa confiou muito nele, tanto que ele foi mantido no comando mesmo após a eliminação na Copa de 2018.

Para além desse aspecto individual em algumas figuras de liderança, já temos pesquisas, como as do professor Ronaldo Helal (FCS/UERJ), que apontam que o Brasil deixou de ser a “pátria de chuteiras”. Isso é curioso porque, após o 7 a 1, a própria Folha de São Paulo publicou editorial com o título “Pátria sem chuteiras”. Uma ideia que também começa a ser percebida pela imprensa, além da academia. Cabe à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) agir para resgatar o prestígio e devolver a seleção ao pódio das principais competições internacionais. A seleção precisa ser aproximada da população.