Monografias 2021 – Jor

A linguagem radiofônica em novos formatos: uma análise dos podcasts de moda Backstage e High Low. 2021. 63f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Jornalismo) – Faculdade de Comunicação Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2021.

Tendo em vista que as tecnologias vêm trazendo reflexos no radiojornalismo, isto é, no fazer radiofônico, pesquisa-se sobre a linguagem utilizada nos novos suportes sonoros: os podcasts, a fim de responder como se dá tal linguagem. Dessa forma, foram escolhidos quatro episódios de dois podcasts referentes à área da moda: o “Backstage” e o “High Low”. Para tanto, é necessário avaliar essa linguagem, bem como identificá-la e analisá-la em busca de semelhanças com a linguagem do rádio. Realiza-se, então, uma pesquisa tendo como base a análise de conteúdo, com propósito exploratório e com uma abordagem qualitativa. Conclui- se que, embora os podcasts tenham características próprias que os diferenciam do rádio, há semelhanças em relação às suas linguagens. O parentesco entre os dois é notório e, portanto, identificamos que há mais continuidades do que rupturas na evolução desse rádio contemporâneo.

Palavras-chave: Podcasts. Rádio. Linguagem radiofônica. Moda

O entretenimento está presente na história da Comunicação desde seu surgimento. O jornalismo também. A caracterização de um e outro gênero, geralmente vista de forma separada, cada qual com suas especificidades, há tempos vem se fundindo e originando o chamado jornalismo de entretenimento ou Infotenimento. Este trabalho toma o programa “Encontro com Fátima Bernardes”, da TV Globo, para análise desta junção, mostra a relevância social dessa hibridização e a acertada condução do matutino pela apresentadora Fátima Bernardes. São apresentados fatos históricos sobre o assunto, experiências empíricas do autor deste trabalho, análises teóricas e uma entrevista exclusiva com a jornalista e apresentadora Fátima Bernardes acerca da proposta desta monografia.

Palavras-chave: Jornalismo. Entretenimento. Infotenimento. Hibridização. Encontro. Fátima Bernardes.

O intuito deste trabalho é fazer uma análise das ações coletivas protagonizadas por mulheres nas redes sociais. Para isso, buscamos entender a relação entre as novas tecnologias de comunicação e a atuação de grupos identitários nos últimos anos. Partimos do pressuposto de que a internet constitui um amplo espaço de debate e articulação política, dando origem a um modelo de ativismo que se vale do uso das plataformas digitais para organizar e mobilizar indivíduos em defesa de uma causa social. Nesse sentido, a pesquisa tem como objeto central campanhas feministas indexadas por hashtags em sites e redes sociais, como as iniciativas #NenhumaAMenos; #PrimeiroAssédio; #DeixaElaTrabalhar e #JustiçaPorMariFerrer. A partir da coleta de dados e postagens públicas das ações selecionadas, desenvolvemos um estudo sobre as dinâmicas e estratégias de militância de mulheres engajadas no ciberespaço. Optamos por trabalhar com uma metodologia multidisciplinar, iniciando por uma fundamentação teórica baseada na teoria ator-rede, de Bruno Latour. Em seguida, realizamos um estudo de caso de cada campanha para entender suas motivações, narrativas, repercussão e impacto, dentro e fora das redes. Por fim, divulgamos um questionário online pelo Google Forms, com nove perguntas referentes as mobilizações feministas na internet, a fim de saber a opinião de mulheres sobre as campanhas online e seus possíveis impactos na sociedade. Em conjunto com um levantamento bibliográfico sobre feminismo, comunicação e cultura digital, procuramos entender como a internet tem se tornado um espaço de atuação, mobilização e apoio feminino, por meio da promoção de discussões e iniciativas relacionadas às questões de gênero na esfera pública.

Palavras-chave: Feminismo; Ativismo Digital; Ciberfeminismo; Redes Sociais; Cultura Digital; Hashtags; Campanhas Feministas; Empoderamento feminino.

Este trabalho, no centenário da morte de Paulo Barreto (1881-1921), tem por objetivo discutir o cunho inovador do trabalho do jornalista, popularmente conhecido como João do Rio, o mais famoso de seus pseudônimos, entre o fim do século XIX e o início do século XX na cidade do Rio de Janeiro. João do Rio viveu na Belle Époque carioca, período caracterizado por grandes transformações urbanísticas, arquitetônicas, de hábitos, de vestimentas. Testemunha dessa parte importante da história, João documentou a vida na cidade em suas colunas nos jornais – por mais tempo na Gazeta de Notícias. O jornalista trouxe a reportagem em suas colunas, apurando os fatos nas ruas, entrevistando pessoas e inserindo novos personagens, antes invisíveis, nas páginas dos jornais. Técnicas que se tornaram comuns no exercício do jornalismo anos depois. Ao esmiuçar sua vida pessoal e profissional, compreende-se a figura peculiar que era João do Rio. Um jornalista suficientemente sensível para enxergar os grupos marginalizados pela sociedade e que, por vezes, parecia precisar da aceitação das pessoas das mais altas classes.

O presente trabalho visa analisar as aproximações e distanciamentos narrativos da mídia alternativa em relação à mídia tradicional diante da autoproclamação de Juan Guaidó a Presidência da Venezuela, em 11 de janeiro de 2019. Isto é, tentaremos responder de que forma a mídia alternativa se relaciona com o código deontológico profissional: se segue sua orientação e se distancia do modelo narrativo tradicional de discurso e suas ideologias ou, pelo contrário, se refuta o Código e, desta forma, acaba por se aproximar deste modelo. Trabalharemos de forma teórica e metodológica a Análise Crítica do Discurso (ACD) utilizando sua abordagem em Norman Fairclough (2001). Assim, pretendemos contribuir com a análise acadêmica sobre a relação entre mídia alternativa, mídia tradicional e deontologia jornalística.

Palavras Chaves: Mídia. Discurso. Deontologia.

Este trabalho de conclusão de curso tem o objetivo de entender as representações que têm sido feitas das mulheres negras no cinema nacional ao longo das décadas, se são positivas ou não, assim como suas possíveis consequências dentro e fora das telas. Como uma das contempladas do Edital Universitário Elipse 2019, optei por usar o curta não só como uma oportunidade de contar a história de uma jovem negra para o meu trabalho de conclusão de curso, assim como uma forma de entender na prática o processo de apagamento de mulheres negras no cinema nacional. Para base teórica, usei autores que discorrem sobre a história do cinema brasileiro de forma geral, para obter um panorama de suas mais diversas fases, assim como autores que tratassem da questão da representação negra. Ao longo dessa pesquisa foi possível constatar que estereótipos negativos desde do início do cinema no Brasil, seja com apagamento, total exclusão ou comentários de cunho racista. Nos últimos anos, esse quadro teve uma leve melhora, graças a editais específicos não só para mulheres negras, como também visando a mulheres e homens indígenas, assim como pessoas no espectro LGBTQIA +. Esses avanços, porém, foram ameaçados pelo governo Bolsonaro, com diversos projetos atualmente congelados. Portanto, é imprescindível a participação de mulheres negras no audiovisual brasileiro, assim como pessoas de diversas orientações sexuais e identidade de gênero, para a construção de um cinema brasileiro moderno.

Palavras-chave: mulheres negras; cinema brasileiro; representação negra; cinema; mulheres negras no cinema