‘O Fluminense orgulha todos os verdadeiros tricolores’

‘O Fluminense orgulha todos os verdadeiros tricolores’

Torcedores de Fluminense, Botafogo e Flamengo aprovam novo formato de competição e participação de seus clubes. 

Por: Mariana Martins

Reprodução: Instagram (@fluminensefc)

Troféu do Mundial de Clubes FIFA na cidade do Rio de Janeiro

Com as eliminações de Flamengo e Botafogo nas oitavas de final, Fluminense e Palmeiras seguem representando o Brasil na Copa do Mundo de Clubes FIFA e disputam as quartas de final na sexta-feira (4 de julho). Se tricolores e palmeirenses comemoram seguirem na competição, alvinegros e rubo-negros estão orgulhosos das campanhas de seus times. 

Pedro Mafra, músico e torcedor do Fluminense, acredita que o torneio está sendo muito positivo: “O Mundial está oferecendo uma oportunidade maravilhosa para os clubes ‘menores’, especialmente se considerarmos o crescimento econômico e esportivo dominante do futebol europeu desde a década de 90. Ver os clubes brasileiros mostrando seu potencial é emocionante. É muito significativo vê-los ganhando destaque, com seus nomes sob os holofotes do mundo. Está sendo importante para mostrar que o mais importante do futebol é o show de ambos os times.” 

Mafra está acompanhando o time que venceu o Inter de Milão nas oitavas de final do Mundial de Clubes, e relembra como foi a conquista da Libertadores, título que garantiu a vaga para o torneio que acontece nos Estados Unidos: “Quando o Fluminense conquistou a Libertadores, o clube foi elevado a outro nível. Uma sensação fora do comum. É importante ressaltar que, mesmo sendo tricolor com muito amor, em diversos momentos surgiram dúvidas, ansiedade e muita angústia. Mas Fluminense sem altos e baixos não é Fluminense.”

O torcedor tricolor considera a vitória contra a Inter de extrema importância para o futebol brasileiro, e sente muito orgulho do clube: “O sentimento, até então, é de vitória. O Fluminense orgulha todos os verdadeiros tricolores.” O Fluminense ainda vai disputar as quartas de final contra o Al-Hilal, mas Mafra já sente muito orgulho do time: “Independentemente dos próximos resultados, com certeza voltamos pra casa, se não com o título, com muito orgulho dessa linda campanha. O Fluminense é mais que um sentimento. É muito amor.” 

A Copa do Mundo de Clubes da FIFA já existe desde 2000, unindo os melhores clubes de futebol  de cada continente para escreverem seu nome na história. Em junho de 2025, no entanto, um novo formato de competição empolgou os torcedores de todo o globo ao reunir, pela primeira vez, 32 dos melhores clubes do de várias partes do mundo em formato que lembra a Copa do Mundo FIFA. Os times que se classificaram para participar desse campeonato inédito, movimentam os apoiadores que foram acompanhar os clubes de perto, ou de longe. 

Leticia Bomfim é estudante de Comunicação Social na Universidade Federal de Viçosa e torcedora do Botafogo. Mesmo com a eliminação nas oitavas de final contra o Palmeiras, Bomfim acredita ter sorte: “Quando eu nasci meu pai não tinha visto o Botafogo ser campeão, então tudo que o Botafogo está participando atualmente, estar no Mundial, a vitória contra o PSG, eu vejo como algo extraordinário. Eu estou tendo a sorte de ver o meu time vencer competições, de estar em lugares que há quatro anos era impensável. Que sorte, não ganhamos mas a gente conseguiu estar lá. É algo incrível como torcedor ver isso.”

Amanda Souza, estudante de Jornalismo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e torcedora do Flamengo, está achando esse novo formato incrível e muito interessante: “É divertido acompanhar clubes do mundo inteiro se enfrentando nesse clima de Copa. Dificilmente perco algum jogo.” Quanto à campanha do Flamengo, Souza avalia como uma campanha muito boa: “Encarou adversários fortes, representou bem o Brasil e mostrou a força do elenco. Claro que sempre sonhamos com o título, mas é preciso reconhecer o esforço e a qualidade do time em campo. Faltou pouco para ir ainda mais longe.” Mesmo com a eliminação nas oitavas de final contra o Bayern de Munique, a torcedora rubro-negra sente orgulho do time: “Ver o Flamengo disputando uma competição mundial e enfrentando outros gigantes do futebol só reforça o tamanho do clube.”

Além dos três times cariocas, o Palmeiras é o quarto representante do Brasil  no Mundial de Clubes. Ao vencer o Botafogo, avançou para as quartas de final e vai jogar contra o Chelsea, time que perdeu para o Flamengo na fase de grupos. Caso os dois times brasileiros que ainda estão na competição vençam seus respectivos jogos, é garantia de que um time brasileiro estará na final do campeonato. 

Do século XX ao Mundial de 2025: o protagonismo brasileiro contra clubes europeus

Do século XX ao Mundial de 2025: o protagonismo brasileiro contra clubes europeus

Flamengo, Fluminense, Botafogo e Palmeiras, representantes do Brasil na Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2025, possuem uma história rica de embates contra times estrangeiros.

 

Por: Amanda Souza

Reprodução: Site/Pexels

Os bons resultados dos clubes brasileiros na Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2025 não surpreendem quem conhece a história do futebol nacional. Entre as décadas de 1920 e 1998 — ano da promulgação da Lei Pelé, que acabou com o passe dos jogadores de futebol e, na prática, transferiu os direitos sobre os atletas para os empresários —, Flamengo, Fluminense, Botafogo e Palmeiras protagonizaram confrontos marcantes contra times europeus, com vitórias expressivas e títulos que reforçaram o protagonismo do Brasil no cenário internacional.

Até 1998, o Flamengo disputou cerca de 218 partidas contra clubes europeus, com 108 vitórias, 46 empates, 64 derrotas e 442 gols marcados — um aproveitamento de 56,8%. O jogo mais importante dessa trajetória ocorreu em 1981, quando o rubro-negro superou o Liverpool por 3 a 0 na final da Copa Intercontinental, no Japão, e conquistou seu primeiro título mundial. Entre outros destaques, estão a goleada por 7 a 0 sobre a Real Sociedad, em 1990, e a vitória por 3 a 0 sobre o Real Madrid, em 1997 — ambos amistosos realizados também em território japonês.

O Fluminense disputou 143 partidas, com 84 vitórias, 30 empates e 29 derrotas — um aproveitamento de 65,7%. Um dos jogos mais notáveis ocorreu em 1976, com a vitória por 1 a 0 sobre o Bayern de Munique, no Maracanã. Em 1987, o clube conquistou o Torneio de Paris ao superar Paris Saint-Germain e Bordeaux sem sofrer gols.

Outro clube carioca que deixou sua marca contra adversários europeus foi o Botafogo. O alvinegro disputou 164 confrontos até 1998, com 82 vitórias, 38 empates, 44 derrotas e 327 gols marcados — um aproveitamento de 57,7%. Entre os resultados mais relevantes estão os 2 a 0 sobre o Barcelona, em 1956, e os 6 a 4 contra o Atlético de Madrid, em 1959. Já na década de 1990, venceu a Juventus  — campeão europeu e mundial naquele ano — nos pênaltis após empate em 4 a 4 e conquistou o Troféu Teresa Herrera, em 1996. No mesmo ano, venceu o Borussia Mönchengladbach por 5 a 0 e levantou o Troféu de Berna.

O Palmeiras, por sua vez, realizou 103 partidas até 1998, com 56 vitórias, 25 empates e 22 derrotas, além de 188 gols marcados e 127 sofridos — um aproveitamento de 62,5%. O principal destaque do período foi a conquista da Copa Rio de 1951, ao derrotar a Juventus de Turim na decisão. Mais de 40 anos depois, o Alviverde goleou o Borussia Dortmund por 6 a 1 na Copa Euro-América de 1996, torneio amistoso entre campeões continentais.

‘Uma vez Flamengo, sempre Flamengo’: 130 anos de história rubro-negra

‘Uma vez Flamengo, sempre Flamengo’: 130 anos de história rubro-negra

Do remo ao gramado, o clube faz aniversário afirmando sua grandeza dentro e fora dos gramados.

Por: Geovana Costa

 

“Para mim, ser flamenguista é ser como um rei que conhece sua nobreza e, mesmo nos piores momentos, mantém a postura e a determinação”, diz o estudante Carlos Roberto Alves, que cursa Jornalismo na Uerj. O Flamengo completa, neste ano, 130 anos. Sua trajetória teve início com um grupo de remadores, sendo fundado em 12 de novembro, mas a comemoração ocorre na data escolhida na ata: 15 de novembro, em alusão à Proclamação da República.

 

Reprodução: Gilvan de Souza/ Flamengo

Sede da Gávea do Clube de Regatas do Flamengo 

 

O clube acumula conquistas em diversas modalidades esportivas, com maior destaque para o time de futebol masculino. E não é só o desempenho que impressiona: a torcida flamenguista possui um papel especial na trajetória da instituição.

 

“Nossa, mas um time reúne tanta gente?” A estudante de Jornalismo Sara Pimentel, da Faculdade de Comunicação Social da Uerj, teve seu primeiro contato com o clube por meio dos pais. Ela relembra que o pai carregava um chaveiro do Flamengo e que, a partir dali, soube que também queria fazer parte da Nação Rubro-Negra. Segundo pesquisa divulgada pelo portal InfoMoney, em estudo realizado pelas empresas TM20 Branding e Brazil Panels, o Flamengo lidera o ranking de torcidas no Brasil, com 24,8% da preferência nacional.



Reprodução: Geovana Costa

Sara Pimentel com sua camisa do Flamengo

 

A torcida acompanhou até os momentos mais difíceis do clube. Antes de viver sua era mais vitoriosa no futebol recente, o Flamengo passou por uma grave crise financeira que teve início nos anos 2000. Entre 2013 e 2018, iniciou-se um processo de reestruturação administrativa, com foco na gestão financeira e na profissionalização do clube. Ainda em 2013, por exemplo, o time de futebol masculino quase foi rebaixado da Série A do Campeonato Brasileiro, escapando graças a uma punição sofrida pela equipe da Portuguesa — que atualmente compete na Série D do Brasileirão.

 

Entre os desafios, cada torcedor possui uma memória única em meio a tantos capítulos de história. Para Carlos, a lembrança mais marcante é a conquista da Libertadores de 2019. Ele relembra que o clube precisava daquela vitória como um incentivo, após anos turbulentos, marcados por dívidas, instabilidade em campo e momentos de frustração.

 

Já para o estudante Gabriel Gatto, da Faculdade de Comunicação Social da Uerj, a final de 2022 ocupa um lugar especial. Ele lembra que assistiu ao jogo ao lado de amigos e que, após a vitória, um deles saiu desfilando pela Dias da Cruz — rua movimentada do Méier — vestindo apenas uma sunga. Gabriel também revela que fez uma promessa: pintaria o cabelo no estilo de Gabigol se o time fosse campeão, mas admite que não chegou a cumprir.

 

“E se naquela época horrível a gente ganhava, imagina agora! Por isso somos soberbos mesmo, e acho, inclusive, importante manter essa tradição, porque é isso que faz o rubro-negro”, completa Carlos.



Reprodução: arquivo pessoal Geovana Costa

Gabriel Gatto, Kamila Campos, Geovana Costa, Sophia Rezende, Lucas Apolinário, Carlos Roberto e Sara Pimentel após a vitória do Flamengo na Copa do Brasil

 

“Vencer, vencer, vencer…” — canta a torcida. O Flamengo construiu uma trajetória marcada por conquistas. Em 2025, o futebol masculino já garantiu o título do Campeonato Carioca e segue com boas campanhas em competições nacionais e internacionais. No basquete masculino, o clube se consagrou tricampeão continental ao vencer a Champions League das Américas. Já o futebol feminino vem ganhando espaço: está nas quartas de final do Campeonato Brasileiro e ocupa a quinta colocação na tabela.

 

Com 130 anos de existência, o Flamengo é mais do que um clube: tornou-se um símbolo de paixão. Entre derrotas, crises e vitórias, segue reafirmando, a cada geração, que ser flamenguista é um sentimento que, embora maltrate, arrebata — e traria um desgosto profundo se não existisse.

Giannis Antetokounmpo, MVP da NBA, se joga na cultura brasileira

Giannis Antetokounmpo, MVP da NBA, se joga na cultura brasileira

O atleta, eleito MVP (jogador mais valioso) em 2019 e 2020, na temporada regular, e em 2021, na final, passeou pelo Rio de Janeiro e por São Paulo

Por: Livia Bronzato

O jogador do Milwaukee Bucks chegou ao Brasil para aproveitar as férias da liga, na companhia de sua mãe Veronica e seus irmãos, Thanasis, Kostas e Alex. Desde sua chegada no sábado (7), Giannis conheceu um pouco de tudo que a cultura do nosso país oferece.

 

Como parada quase obrigatória para qualquer celebridade estrangeira, o atleta conheceu o Cristo Redentor no início da manhã de domingo ao lado de sua família e de Rodinei, jogador de futebol do Olympiakos. 

 

Foto: Reprodução/Instagram

Da esquerda para direita: Rodinei, Kostas, Veronica, Alex, Giannis e Thanasis

 

O passeio não contou com a melhor das vistas já que o tempo estava fechado, mas o jogador declarou ter sido uma honra visitar um dos lugares mais especiais do mundo.

 

Foto: Reprodução/Instagram

Giannis Antetokounmpo no Cristo Redentor

 

Na sua visita, Antetokounmpo autografou uma camisa e uma bola de basquete, doadas ao Santuário Cristo Redentor. Segundo a equipe do Santuário, os itens serão leiloados e a renda será convertida para obras sociais que eles apoiam. Além disso, Giannis recebeu a bênção do padre João Damasceno na Capela de Nossa Senhora Aparecida.

 

O atleta conheceu um pouco do samba na quadra da escola Unidos do Viradouro. Já na área da culinária, foi visto experimentando feijoada, um dos pratos típicos brasileiros, em um restaurante na orla da praia.

 

Foto: Reprodução/Instagram

O atleta curtindo o som do samba, na Unidos do Viradouro

 

Ainda no Rio de Janeiro, Antetokounmpo assistiu a uma partida da seleção brasileira de vôlei feminino, pela VNL, Liga das Nações de Voleibol. O jogo aconteceu no estádio Maracanãzinho, na Zona Norte do Rio.

 

Foto: Reprodução/Instagram

Antetokounmpo aproveitando sua passagem pelo Maracanãzinho

 

O atleta participou também da reinauguração de uma quadra de basquete no Leblon, localizada na Praça Cláudio Coutinho, na segunda-feira (9). A quadra, agora reformada, conta com uma arte com seu rosto no chão, feita pelo artista  Neto 78.

 

Bruno Silvares, estudante de Economia da Uerj e amante do esporte, esteve presente na reinauguração e comenta que foi muito legal ter visto de perto uma estrela da NBA, já que comumente esses atletas são vistos como inacessíveis. Além de crer que a vinda de Giannis ao Brasil foi importante para que o basquete brasileiro ganhe mais visibilidade.

 

Foto: Divulgação/Betano

Arte do atleta, assinada por Neto 78

 

Já em São Paulo, o jogador assistiu ao jogo Brasil x Paraguai pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Na ocasião, encontrou no gramado o jogador da seleção Vini Jr, que joga pelo Real Madrid. A partida terminou 1 a 0 para o Brasil, certamente Antetokounmpo trouxe boas energias à Neo Química Arena e felizmente, pôde ver a seleção fazendo jus à fama do Brasil no futebol com gol do próprio Vini Jr.

 

Foto: Reprodução/Instagram

 Vini Jr e Antetokounmpo se cumprimentam

Saquarema: uma cidade que vive as ondas

Saquarema: uma cidade que vive as ondas

Capital nacional do surfe reforça sua identidade esportiva durante etapa brasileira da WSL

Por: Lívia Martinho

 Foto: Prefeitura de Saquarema

Praia de Itaúna, palco da etapa brasileira do circuito mundial de surfe da WSL

 

Doze surfistas brasileiros estarão na disputa, entre eles Ítalo Ferreira, Filipe Toledo e Yago Dora, com grandes chances de manter o Brasil no topo do surfe mundial. Entre os dias 21 e 29 de junho, Saquarema, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, receberá a nona etapa da World Surf League (WSL). A etapa é decisiva para a definição do ranking da WSL e para a consolidação desses atletas na temporada. Para entender a importância do evento, é preciso conhecer a trajetória do surfe no Brasil que começou com poucos apaixonados e hoje é um fenômeno nacional.

O surfe brasileiro teve seu início na década de 1930, quando Osmar Gonçalves surfava com uma prancha de madeira nas ondas de Santos. A prática, no entanto, não se firmou de imediato. Foi apenas no final dos anos 1950 e início dos anos 1960 que o esporte ganhou força, com novos adeptos no Rio de Janeiro. Nos anos 1970, Pepê Lopes foi pioneiro ao competir no Havaí e Rico de Souza foi fundamental para a estruturação do surfe brasileiro, tanto como atleta quanto fora das competições. Ele fundou uma escola voltada à formação de novos talentos e criou uma marca com seu nome, que oferece pranchas, roupas e acessórios. O esporte no Brasil se fortaleceu, e nomes como Daniel Friedmann, Teco Padaratz e Picuruta Salazar despontaram, abrindo espaço para outros, como Gabriel Medina, Ítalo Ferreira e Filipe Toledo.

Pioneiras como Silvana Lima, Jacqueline Silva e Maya Gabeira abriram caminho no surfe feminino. Hoje, essa modalidade é respeitada e cresce em visibilidade e competitividade. Atletas como Tatiana Weston-Webb e Luana Silva competem no mais alto nível, inspirando novas gerações. O que antes era uma presença marginalizada, hoje ocupa espaços de destaque tanto nas competições quanto na mídia.

Saquarema, com suas ondas potentes e uma comunidade vibrante, tornou-se o palco ideal para o surfe. A cidade sediou seu primeiro campeonato internacional em 1976, na Praia de Itaúna. Desde então, firmou-se como ponto de encontro dos melhores surfistas do Brasil e do mundo. Em 2020, Saquarema foi oficialmente declarada, por lei federal, a Capital Nacional do Surfe. O esporte influencia o comércio local, movimenta escolas especializadas e inspira muitos jovens da região.

Enquanto ondas perfeitas quebram em Itaúna e os melhores surfistas do mundo disputam a glória em Saquarema, do lado de fora da areia uma cidade inteira se transforma no comércio, na cultura e na identidade. Em 2024, cerca de 300 mil visitantes passaram por Saquarema durante o campeonato, segundo dados da prefeitura. 

Além do impacto econômico, o evento assume um compromisso social e ambiental. Projetos como o Surf para Todos oferecem aulas gratuitas a jovens promovendo inclusão e cidadania. A WSL realiza ações sustentáveis, como limpeza das praias, campanhas de reciclagem e preservação da vegetação local. 

A etapa da World Surf League em Saquarema representa muito mais do que uma simples competição esportiva: é um símbolo da evolução do surfe no Brasil, que conquistou reconhecimento nacional e internacional. O evento reforça a importância do surfe, não apenas como esporte, mas também como um agente de transformação social, econômica e ambiental para a região. Com a presença dos melhores atletas e o envolvimento da população local, Saquarema reafirma seu papel como capital nacional do surfe, inspirando novas gerações a se conectarem com o mar, respeitarem a natureza e buscarem a excelência nas ondas.

As baterias serão transmitidas pela plataforma da WSL e pela SporTV e costumam iniciar pela manhã conforme as melhores condições do mar.

Efeito Calderano: o impacto de ter um campeão mundial na prática universitária 

Efeito Calderano: o impacto de ter um campeão mundial na prática universitária

‘Hoje é impossível uma pessoa que se interessa ou joga tênis de mesa não conhecer o Hugo’

Por: Mariana Martins

 

Foto: Reprodução (ITTF)

Hugo se torna primeiro brasileiro a ocupar o lugar mais alto do pódio

 

Com a melhor campanha olímpica em Paris 2024, uma Copa do Mundo inédita para a América Latina e o vice-campeonato mundial, Hugo Calderano se tornou um dos atletas mais populares do Brasil. Seu sucesso lhe rendeu o terceiro lugar no ranking da Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF) e se estendeu para além das quadras, o que despertou maior interesse dos jovens da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) na prática do tênis de mesa fora do viés diversional.

 

A Associação Atlética Acadêmica dos Estudantes de Relações Internacionais percebeu o aumento da procura dos estudantes pelo tênis de mesa após o resultado de Calderano nas Olimpíadas: “Antes não havia muita conversa sobre o esporte, os alunos tinham algum interesse, mas de maneira recreativa. Neste ano (2025) conseguimos realizar um mini-torneio de tênis de mesa. Acredito que o impacto do Hugo tenha influenciado a participação dos alunos.”

 

Márcio Júnior, aluno da Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI) da UERJ e atleta da Associação Atlética de Comunicação e Artes UERJ  (AACA), conheceu o tênis de mesa por um amigo, e, ao ingressar na universidade, foi esse esporte que o conquistou entre três diferentes modalidades. Quando começou a praticar, Márcio não tinha Calderano como modelo e pôde acompanhar o crescimento do esporte: “Hugo demorou para ser uma referência pra mim, porque o campeonato de tênis de mesa não era incentivado como está sendo”.  Mesmo assim, Marcio reconhece o impacto do mesa-tenista no cenário universitário ao popularizar um esporte, historicamente dominado por asiáticos, no Brasil, e mostrar que é possível praticar e ter destaque na modalidade: “Hoje é impossível uma pessoa que se interessa ou joga tênis de mesa não conhecer o Hugo.”



Foto: Arquivo pessoal

Márcio Júnior em partida de tênis de mesa pela AACA UERJ

 

O treinador de tênis de mesa da AACA, Daniel Cohen, notou maior ânimo, interesse e participação dos estudantes nos treinos, que estão cada vez mais cheios desde a ascensão de Calderano. Além da prática, Daniel considera o envolvimento das pessoas com o esporte algo positivo para o crescimento e  a consolidação da modalidade entre os jovens brasileiros, que ainda carregam uma visão do esporte como algo recreativo. Para ele, a popularização de Calderano não é apenas uma questão de “apoiar um brasileiro”, mas também envolve conhecer o esporte, as regras e as competições.  

 

Em 2029, a cidade do Rio de Janeiro será a sede do Mundial de tênis de mesa, campeonato no qual Hugo Calderano levou a medalha de prata no Qatar em maio deste ano. No embalo do sucesso do mesa-tenista, é a primeira vez que um país da América do Sul receberá a competição que acontece desde 1926. 

Qual foi o início da história do basquete no Brasil?

Qual foi o início da história do basquete no Brasil?

Por: Livia Bronzato 

A história do basquete no país foi iniciada com a chegada de Augusto Farnham Shaw, em 1896. O nova-iorquino, formado bacharel em Artes pela Universidade de Yale, havia sido convidado para lecionar na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. 

Foto: Memórias Ufla

Augusto Shaw

Na mudança, junto aos seus pertences, Shaw trouxe a conhecida bola laranja. Inicialmente, ele jogava basquete de forma improvisada com alguns alunos do Mackenzie no pátio da universidade durante o tempo livre.

Foto: Comitê Olímpico do Brasil

Bola e cesta de basquetebol da época

Em um primeiro momento, foram as garotas que se apaixonaram pelo esporte, enquanto os homens não tiveram atração pelo novo esporte porque já tinham preferência pelo futebol. Entretanto, Shaw não desistiu de espalhar o gosto pelo basquete entre seus alunos e insistia em que o esporte era feito para ambos os gêneros.

Com a insistência, parte dos rapazes começaram a se interessar também, o que incentivou a criação da primeira equipe organizada brasileira de basquete: a Associação Atlética Mackenzie College.

Aos poucos, o esporte se tornou mais conhecido e, em 1912, ocorreu o primeiro torneio brasileiro, no Rio de Janeiro. Augusto Shaw viveu no país até 1914, sendo possível acompanhar a popularização iniciada por ele.

Já em 1922, a primeira seleção brasileira de basquetebol foi convocada, tornando-se campeã dos Jogos Latino-Americanos. Com o tempo, o esporte foi crescendo cada vez mais no país. A primeira medalha olímpica da equipe masculina foi uma de bronze conquistada nas Olimpíadas de Londres, em 1948. Após essa medalha, mais dois bronzes foram alcançados pelos homens, em 1960 e 1964, e duas medalhas pelas mulheres, uma prata em 1996  e um bronze em 2000.

Foto: Arquivo/Confederação Brasileira de Basquete

Equipe brasileira que conquistou o bronze nas Olimpíadas de Londres, em 48

Brasil no Campeonato Mundial de Atletismo

Brasil no Campeonato Mundial de Atletismo

Competição que ocorrerá em setembro já conta com brasileiros classificados

Por: Geovana Costa

Caio Bonfim e Viviane Lyra na marcha atlética, e Felipe Bardi nos 100m rasos, são alguns dos nomes brasileiros já classificados para o principal evento de atletismo do mundo. O Mundial, que vai ocorrer em Tóquio, entre 13 e 21 de setembro, também conta com Alisson Santos e Matheus Lima. As datas foram escolhidas estrategicamente para evitar o intenso verão japonês.

Reprodução/ Wagner Carmo – CBAt

A competição ocorrerá no Estádio Nacional do Japão, que foi reconstruído em preparação para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2020. São esperados aproximadamente 2.000 atletas de cerca de 200 países. Diferentemente de 2020, o público poderá acompanhar de perto as competições.

O Brasil já carimbou o passaporte de alguns atletas. Entre os classificados, temos Viviane Lyra, que se classificou, em 2024, para os 20km da marcha atlética em La Coruña; e Caio Bonfim, que garantiu vaga para a marcha atlética de 20km e 35km, com ótimas performances no Japão e na Irlanda, respectivamente.

Felipe Bardi garantiu sua vaga nos 100m rasos este ano, conquistando a medalha de ouro no Campeonato Sul-Americano, em Mar del Plata (Argentina). Com o resultado, ele alcançou o índice definido pela World Athletics, correndo em 9s99, e se tornou o primeiro brasileiro a correr abaixo dos 10s fora do país.

Reprodução/ Wagner Carmo – CBAt

Nos 400m rasos e 400m com barreiras, os brasileiros Alison dos Santos e Matheus Lima estão confirmados. Matheus também vai integrar a equipe do 4x400m ao lado de Tiago Lemes, Lucas Carvalho e Elias Oliveira. O grupo conseguiu a classificação vencendo a repescagem do Mundial de Revezamentos.

Na modalidade lançamento de dardo, temos Luiz da Silva, que se classificou com um ótimo desempenho nas Olimpíadas de Paris 2024. Os atletas que já constam no Mundial de Atletismo conseguiram as vagas alcançando o índice definido pela organização do campeonato.

O caso de Juliana Campos é diferente. A atleta está provisoriamente classificada para o salto com vara feminino após vencer o Campeonato Sul-Americano, em Mar del Plata (Argentina), com a marca de 4,30m — abaixo do índice exigido pela World Athletics, que é de 4,73m. A vitória, no entanto, rendeu pontos importantes no ranking mundial e, por isso, ela aparece momentaneamente entre as atletas elegíveis para o Mundial. Sua vaga, porém, ainda não está confirmada: se, até o fim do período de qualificação, em 24 de agosto, Juliana continuar bem posicionada e dentro do número de vagas disponíveis, será oficialmente classificada.

Reprodução/ Gustavo Alves – CBAt

O período de classificação varia por modalidade. Na maratona, a janela foi de 5 de novembro de 2023 a 4 de maio de 2025. Para provas como 10.000m, marcha atlética e revezamento, o prazo vai até 24 de agosto. A classificação pode ocorrer por índice — quando o atleta atinge a marca mínima exigida — ou pelo ranking mundial, que considera as melhores performances em torneios reconhecidos.

Cada país tem a possibilidade de inscrever até três atletas por modalidade. Caso possua um wild card (convite especial para atletas que foram campeões da edição anterior ou recordistas), o número pode aumentar.

A janela de classificação continua aberta, e diversos atletas de todo o mundo seguem em disputa para garantir vaga no evento. É possível acompanhar as informações atualizadas pela Confederação Brasileira de Atletismo e pela World Athletics, que também disponibiliza o ranking mundial com os atletas já classificados e os que ainda buscam a classificação.

Ranking dos atletas:

“Road To | World Athletics” https://worldathletics.org/stats-zone/road-to/7190593?eventId=10229509

Roland Garros 2025: o Brasil no saibro de Paris

Roland Garros 2025: o Brasil no saibro de Paris

Torneio reúne nomes do país em busca de grandes resultados.

Por: Amanda Souza 

Reprodução: Site/Roland-Garros

Com a presença de alguns dos melhores tenistas do circuito internacional e a participação de promessas em ascensão, o tênis brasileiro chega a Roland Garros 2025. Entre os dias 25 de maio e 8 de junho, o Grand Slam de Paris se transformará em um palco de intensos confrontos, e os atletas prometem deixar sua marca no saibro francês.

Os brasileiros estarão presentes nas chaves de simples e duplas, tanto no feminino quanto no masculino. Nas duplas, serão oito atletas no total. No feminino, Ingrid Martins terá como parceira a belga Magali Kempen, Luisa Stefani a húngara Timea Babos e Beatriz Haddad Maia a alemã Laura Siegemund.

No masculino, Marcelo Melo e Rafael Matos, campeões do Rio Open, estão confirmados; os vencedores do ATP de Houston, Fernando Romboli e o australiano John Patrick Smith, manterão a parceria; Orlando Luz estará ao lado do croata Ivan Dodig, e Marcelo Demoliner formará dupla com o russo Daniil Medvedev, ex-número 1 do mundo em simples.

Na chave de simples feminina, Bia Haddad está confirmada, enquanto Laura Pigossi aguarda na lista de espera em caso de desistências. Já na masculina, João Fonseca e Thiago Monteiro estão garantidos, enquanto Felipe Meligeni e Thiago Wild aguardam na lista de espera.

Confira o calendário completo de Roland Garros 2025

Qualificatórias: 20 a 23 de maio 

Primeira fase: 25 a 27 de maio

Segunda rodada: 28 e 29 de maio 

Terceira rodada: 30 e 31 de maio 

Oitavas de final: 1 e 2 de junho 

Quartas de final: 3 e 4 de junho 

Semifinais feminino: 5 de junho 

Semifinais masculino: 6 de junho 

Finais: 7 e 8 de junho

Brasileirão Feminino é sinônimo de força em campo e nas telas

Brasileirão Feminino é sinônimo de força em campo e nas telas

Com jogos disputados, presença de público e mais espaço na mídia, o futebol feminino brasileiro reforça sua evolução.

Por: Lívia Martinho.

Com 16 times, o campeonato Brasileiro Feminino Série A1 2025 teve início em março e já mostra uma competição marcada pelo bom nível de jogo e crescente visibilidade. Com partidas transmitidas por emissoras como a TV Brasil e a Globo, em seu canal fechado SportTV, o torneio alcança cada vez mais torcedores dentro e fora dos estádios. 

A final da Supercopa Feminina 2025, realizada no dia 15 de março (sábado), às 16h30m, no estádio Morumbis, marcou 11,3 pontos de audiência na Grande São Paulo com transmissão da TV Globo e SporTV.

O jogo entre Cruzeiro e Grêmio, 23 de março (domingo), às 18h30m, válido pela primeira rodada do Brasileirão Feminino A1 2025, teve transmissão pela TV Brasil e ultrapassou 2 pontos no Distrito Federal e mais de 1 ponto no Rio de Janeiro e em São Paulo, alcançando cerca de 194 mil domicílios nos três lugares, conforme divulgado pela Agência Brasil.

Créditos: Mauro Horita/CBF

Entre os destaques da primeira fase do Brasileirão estão clubes como Corinthians e Ferroviária, que seguem entre os favoritos ao título. No entanto, equipes como Cruzeiro e Flamengo têm surpreendido, mostrando que o campeonato está mais competitivo, elevando seu nível técnico.

Outro ponto positivo tem sido a presença de público, que vem crescendo cada vez mais ao longo do campeonato. Analisando a presença de público nas finais do Brasileirão Feminino temos os seguintes números:
2023 – Ferroviária x Corinthians: ida (9.899) e volta (42.556), média de 26.227,5

2024 – São Paulo x Corinthians: ida (28.420) e volta (44.136), média de 36.278

Além disso, o aumento na cobertura midiática ajuda a consolidar a imagem do campeonato. A Globo firmou um contrato para a transmissão das principais competições do futebol feminino, incluindo o Brasileirão Série A1. A Amazon lançou a campanha Elas entregam a raça. A Amazon entrega todo o resto, que contará com um filme protagonizado por 11 jogadoras de diferentes clubes do país. Essas ações reforçam o objetivo de ampliar a visibilidade e o reconhecimento do futebol de mulheres no Brasil.

Sites esportivos, páginas de jornalismo e influenciadores digitais passaram a divulgar mais informações, gols e bastidores da competição. Atletas como Amanda Gutierres (PAL), Fátima Dutra (Ferroviária) e Gabi Zanotti (COR) compartilham informações e momentos da competição em suas redes sociais, aumentando ainda mais a visibilidade do campeonato.

Com uma estrutura mais profissional e atenção do público cada vez maior, o Brasileirão Feminino se consolida como uma das principais vitrines do futebol de mulheres no país, com a consolidação de um calendário e o fortalecimento dos principais campeonatos. A expectativa é que a competição siga crescendo em audiência, qualidade e reconhecimento até a grande final em setembro.