World Skate define idade mínima para os Jogos Olímpicos

World Skate define idade mínima para os Jogos Olímpicos

A fim de preservar a integridade dos atletas, participação será permitida a partir dos 14 anos.  

Por: Mariana Martins

Reprodução: Instagram (@skybrown)

Sky Brown nos Jogos Olímpicos de Paris 2024

 

A skatista britânica Sky Brown quase morreu aos 11 anos após grave acidente em treinamento em 2020.  Simone Biles, maior medalhista olímpica da ginástica artística, foi à Justiça contra o abuso sexual cometido pelo ex-médico da equipe de ginástica artística feminina dos Estados Unidos da América. Ainda hoje, atletas mirins são expostos a situações de vulnerabilidade, tanto física quanto mental.

 

A psicóloga Gabrielle Barcelos, doutoranda no Programa de Pós Graduação em Psicologia Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPGPS-UERJ), afirma que a exposição dos jovens de forma precoce a um alto nível de pressão, cobranças e exigências por resultados pode fazer com que os jovens desenvolvam sintomas de ansiedade, depressão e esgotamento. Além disso, a rígida rotina de treinos pode trazer um desequilíbrio para a vida dos jovens atletas, que precisam abrir mão de abrir mão de muitas experiências naturais de sua idade, como festas de amigos, viagens em família, podendo prejudicar o lazer, a educação e a construção de vínculos de amizade. 

 

Motivada por isso, a World Skate, federação que regula a prática de modalidades sobre patins e skate, anunciou que a partir de 2025, os atletas que vão participar das competições internacionais deverão ter, pelo menos, 11 anos, progredindo até as Olimpíadas de Los Angeles 2028, na qual o requisito será de 14 anos. A organização não é a primeira a adotar essa medida: as modalidades de ginástica artística feminina e saltos ornamentais também possuem um requisito de idade para as competições organizadas pela Federação Internacional de Ginástica e pela Federação Internacional de Natação, respectivamente. 

 

Reprodução: Instagram (@chlo_the_flo)

Chloe Covell representou a Austrália em Paris



Com a medida, os jovens terão mais tempo para se desenvolver como atleta, uma vez que, para Gabrielle, não há problema na participação juvenil nos campeonatos, mas sim na disputa com esportistas mais velhos, “que já têm recursos psicológicos mais elaborados se compararmos com crianças e adolescentes”. A psicóloga também destaca que, com a atual exposição às redes sociais, o acompanhamento por psicólogo(a) do esporte é essencial para auxiliar os atletas no “desenvolvimento desses recursos e manejo emocional”.

Das páginas para o mundo: Brasil na Copa do Mundo de Quadball 

Das páginas para o mundo: Brasil na Copa do Mundo de Quadball

Já imaginou praticar o esporte do seu livro favorito? E assistir ao seu país na competição mundial?

Por: Geovana Costa 

O Brasil disputará a Copa do Mundo de Quadball, que será realizada entre os dias 11 e 13 de julho, em Bruxelas e Tubize, na Bélgica. O torneio baseado na saga de Harry Potter, promete movimentar a comunidade esportiva e os fãs da literatura fantástica.

 

Reprodução/Instagram

 

No universo mágico do primeiro livro da coleção, escrito em 1997 por J. K. Rowling, o esporte é uma mistura de futebol e basquete jogados com vassouras voadoras. A adaptação do jogo surgiu em 2005, criada por estudantes da Universidade de Middlebury, nos EUA.

 

Fora dos livros, o esporte passou por diversas adaptações, chegando a uma mistura de três modalidades: handebol, queimada e rugby. O jogo é disputado por equipes mistas de sete jogadores, que competem com um cabo entre as pernas, representando as vassouras voadoras. O time vencedor é aquele que marcar mais pontos ao longo dos 17 minutos de partida.

 

O esporte chegou ao Brasil em 2010 por meio de Vinícius Mascarenhas, fundador do Rio Ravens, a primeira equipe do país. Com a sua rápida popularização, foi preciso a criação da ABRQ (Associação Brasileira de Quadball), que surgiu para representar os times, direcionar as pessoas interessadas e organizar melhor as diretrizes vindas da IQA (International Quadball Association).

 

Atualmente, o Brasil conta com 20 equipes associadas à ABRQ, participando de campeonatos nacionais e regionais, como o Brasileiro, o Carioca e o Paulista. Com a associação à IQA e à CSQ, órgãos que representam o quadball no âmbito internacional e sul-americano, respectivamente, o Brasil pode concorrer em competições internacionais.

 

Reprodução/ Facebook ABRQ

 

Campeão do último Pan-americano, o Brasil busca agora o título da Copa do Mundo na Bélgica. Pode-se acompanhar as informações pelas páginas oficiais da Associação Brasileira de Quadball e da seleção brasileira de quadball nas redes sociais.

As heroínas do futsal: quem são as jogadoras da seleção brasileira?

As heroínas do futsal: quem são as jogadoras da seleção brasileira?

Conheça as atletas que brilham nas quadras e representam o Brasil no futsal feminino.

Por: Amanda Souza

Reprodução: CBF Futsal/Foto: Danilo Camargo

Composta por algumas das melhores jogadoras do mundo, a seleção brasileira feminina de futsal foi coroada campeã da Copa América ao vencer a Argentina por 3 a 0. A campanha das brasileiras foi impecável, com 100% de aproveitamento: a equipe marcou 38 gols e sofreu apenas um, reafirmando-se como a grande potência do futsal feminino sul-americano.

Com apenas três jogadoras atuando no Brasil e 12 espalhadas por campeonatos de três países, conheça as atletas que, com talento, dedicação e espírito de equipe, estão construindo uma trajetória de sucesso na seleção brasileira de futsal feminino.

GOLEIRAS

Bianca – Stein Cascavel (BRA): Uma atleta de destaque no futsal. Em 2022, foi agraciada com o Prêmio Futsal Planet Awards como Melhor Goleira Feminina do Mundo, tornando-se a primeira brasileira a conquistar esse reconhecimento desde o início da premiação, em 2015. O feito se repetiu em 2023, quando foi eleita, pela segunda vez consecutiva, a melhor goleira do mundo.

Jozi – Bitonto (ITA): Jozi é uma das figuras mais marcantes do futsal feminino, com uma carreira de destaque e mais de 50 títulos conquistados, incluindo cinco mundiais. A atleta, que iniciou sua trajetória no handebol, também é formada em psicologia.

Flavi – Taboão Magnus (BRA): Flavi se destaca como uma referência no futsal feminino. Em 2019, sua atuação a levou a ser indicada ao Prêmio Futsal Planet Awards como Melhor Goleira do Mundo.

FIXAS

Taty – Pescara (ITA): Reconhecida como a 5ª melhor jogadora do mundo no prêmio FIFA The Best, ela construiu uma carreira repleta de conquistas, incluindo múltiplos títulos nacionais e internacionais.

Camila – FSF Castro (ESP): Eleita a melhor jogadora do mundo em 2023, após brilhar pelo Stein Cascavel — seu antigo clube — e pela seleção brasileira, a atleta foi destaque da Copa do Mundo e do futsal em 2022. Liderou o Stein às conquistas da Libertadores e da Liga Feminina.

Diana – Bitonto (ITA): Com quatro títulos mundiais pelo Brasil, ela figurou três vezes na lista das 10 melhores jogadoras de futsal feminino do mundo nas temporadas de 2016, 2017 e 2018, destacando-se na Libertadores de 2016, no Estadual Adulto Catarinense de 2017 e na Copa das Campeãs de 2019.

ALAS

Amandinha – Torreblanca (ESP): Amandinha recebeu o prêmio de melhor jogadora de futsal do mundo por oito vezes consecutivas, estabelecendo um recorde na modalidade. Sua carreira acumula todas as conquistas possíveis no cenário nacional e com a seleção. Entre os títulos, destacam-se duas Copas do Mundo.

Emilly – Burela (ESP): Emilly recebeu o prêmio de jogadora do ano e foi selecionada como a melhor ponta direita na Primera División de Fútbol Sala 2024. No Futsal Planet Awards 2023, ela figurou entre as 10 melhores jogadoras do planeta; em 2022, já havia sido eleita a 6ª melhor jogadora do mundo.  

Tampa – Bitonto (ITA): Com uma carreira repleta de títulos, ela se destacou como artilheira do Brasil e da Copa América de Futsal Feminino, marcando seis gols decisivos. Em 2020, foi reconhecida entre as 10 melhores atletas de futsal do mundo, evidenciando seu impacto na modalidade.

Vanin – CMB Futsal (ITA): Indicada como a melhor do mundo por seis anos consecutivos, a brasileira destacou-se no futsal, sendo artilheira do Campeonato Italiano em três edições consecutivas. Sua carreira inclui experiências no futebol de campo, tendo atuado pela Chapecoense e disputado o Brasileirão de 2015 pelo Avaí. 

Bia – Torreblanca (ESP): Vem se destacando no cenário internacional do futsal feminino com atuações de grande impacto. Na Copa da Rainha, ela alcançou a posição de maior goleadora.

Nati Detoni – Benfica (POR): Destaque do Benfica, ela foi campeã do torneio de Xanxerê, conquistou a Taça da Liga Feminina e a Supertaça Feminina de Futsal, além de ter sido a melhor na Liga Feminina Placard, com nove gols marcados.

PIVÔS

Lucileia – Bitonto (ITA): Reconhecida como a melhor jogadora do mundo em 2013 e indicada em 2023, ela foi campeã da Liga Italiana Feminina de Futsal, da Taça de Itália, do Torneio Internacional de Xanxerê de Futsal Feminino e do Mundialito de Futsal Feminino, além de ser pentacampeã da Copa América.

Ana Luiza – Torreblanca (ESP): Em 2019, ela conquistou tanto a Copa América quanto o Grand Prix e, em 2018, venceu o Sul-Americano Sub-20. Foi, também, um dos destaques do Brasil no vice-campeonato do Mundial Universitário.

Natalinha – Taboão Magnus (BRA): Entre as 10 melhores jogadoras do mundo em 2022, ela foi campeã da Supercopa, da Copa Libertadores, do Torneio Internacional de Xanxerê e da Copa do Brasil. Na final da Copa América, marcou dois dos três gols do Brasil.

Com a conquista, a seleção brasileira de futsal feminino chegou ao seu oitavo título da Copa América, ampliando sua hegemonia na competição. As conquistas anteriores foram em 2005, 2007, 2009, 2011, 2017, 2019 e 2023. A única edição não vencida pelo Brasil foi em 2015, quando a Colômbia levou seu primeiro título. Na ocasião, a seleção brasileira não participou do torneio.

Agora, a equipe direciona seu foco para o Mundial da FIFA, onde almeja somar mais um título à sua trajetória vitoriosa no futsal feminino.

Exibição de documentário retoma a história do futebol feminino no Brasil

Exibição de documentário retoma a história do futebol feminino no Brasil

‘As Primeiras’ acompanha as mulheres que ousaram jogar futebol quando ainda era proibido.

Por: Mariana Martins

   Reprodução: Olé Produções

Cartaz oficial do filme

 

O filme dirigido por Adriana Yañez refaz o caminho da modalidade no país, quando o Esporte Clube Radar -time do Rio de Janeiro- desafiou a legislação ao criar o primeiro elenco só com mulheres, que ficaram marcadas por darem condições para o crescimento da modalidade no país. Porque, entre os anos de 1941 e 1979, o futebol feminino era proibido pelo Decreto-lei 3199\Art.54, promulgado pelo presidente Getúlio Vargas, e considerava a prática de determinados desportos “incompatíveis com as condições de sua natureza”. 

Reprodução: Olé Produções

Primeira seleção feminina de futebol.

 

A primeira convocação para seleção feminina pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF)  foi em 1988, quando a  Fifa promoveu o Torneio Experimental da China, campeonato que tinha como objetivo testar a viabilidade de realizar uma Copa do Mundo Feminina. A equipe brasileira foi formada por todas as atletas do time Radar, que passaram a representar a camisa da nação que já havia conquistado três títulos mundiais no futebol masculino.

No documentário, as ex-jogadoras Elane dos Santos Rego, Leda Maria Cozer Abreu, Maria Lucia da Silva Lima (Fia), Mariliza Martins da Silva (Pelé), Marisa Pires Nogueira, Roseli de Belo e Rosilane Camargo Motta (Fanta) se reúnem para relembrar o passado e as experiências proporcionadas pelo pioneirismo no futebol feminino, relatando o preconceito e o descaso da CBF com a prática esportiva, uma vez que elas não tinham nem mesmo uniformes próprios: as roupas que elas usavam durante as partidas oficiais eram emprestadas da equipe masculina. 

 

Reprodução: Brasil de Fato

As pioneiras se reúnem para o documentário.

 

Além disso, o filme também mostra como estão as vidas das mulheres que representaram o Brasil internacionalmente. Hoje, muitas delas possuem trabalhos informais, como ambulante, motorista de Uber, churrasqueira, pedreira e treinadora de futebol em projetos sociais.

As Primeiras terá exibições no Rio de Janeiro nos bairros de Copacabana, Flamengo, Cocotá, Madureira e Tijuca a partir de 4 de abril com entrada gratuita em diferentes unidades do Sesc.

Basquete feminino: Brasil pode se tornar heptacampeão na Americup

Basquete feminino: Brasil pode se tornar heptacampeão na Americup

Por Livia Bronzato

A seleção brasileira de basquete irá disputar a FIBA Americup, competição que reúne as equipes americanas nacionais da modalidade. Foram sorteadas, no dia 26, as chaves para a fase de grupos. Serão dois grupos com cinco seleções cada. Cada equipe jogará uma partida contra cada oponente em seu grupo.  Após a fase de grupos, os quatro times com melhores resultados, de cada grupo, irão para as Quartas de Final. 

Equipe feminina

As brasileiras, atuais campeãs da competição, ficaram no grupo A junto com Argentina, Canadá, El Salvador e República Dominicana. Já no B, estão Chile, Colômbia, Estados Unidos, México e Porto Rico. As disputas ocorrerão de 28 de junho a 6 de julho no Chile. 

México 2023, a última edição do evento, consagrou nossas brasileiras como hexacampeãs, sendo as maiores vencedoras dessa competição. Anteriormente, elas haviam conquistado o título em 1997, 2001, 2003, 2009 e 2011.

Foto: FIBA

Time Brasil campeão da Americup México 2023

Equipe masculina

A competição masculina, que acontecerá de 22 a 31 de agosto na Nicaragua, ficou dividida em 3 grupos para essa fase. O Brasil, juntamente com Bahamas, Estados Unidos e Uruguai, está no grupo A. No B, estão os países: Canadá, Panamá, Porto Rico e Venezuela. E, por fim, Argentina, Colômbia, Nicarágua e República Dominicana ficaram no grupo C.

As qualificatórias do evento masculino serão diferentes do feminino porque há mais equipes. Serão qualificadas para as quartas de final, as duas melhores equipes de cada grupo e, também, as duas melhores equipes que ficarem em terceiro lugar em seus grupos.

O Brasil é a segunda equipe com mais medalhas de ouro na categoria masculina. São 4, no total, conquistadas nos anos 1984, 1988, 2005 e 2009; ficando atrás apenas dos EUA, que possuem 7 títulos.

Foto: Comitê Olímpico do Brasil.

Time Brasil competindo nas Olimpíadas de Paris 2024.

Confira quem faz parte da Confederação Brasileira de Basketball (feminina):

Técnica: Pokey Chatman

Assistente Técnico: Léo Figueiró

Carina Martins (Armadora)

Damiris Dantas (Pivô)

Emanuely de Oliveira (Ala)

Gabriella Sosso (Ala-armadora)

Isabela Ramona (Ala)

Kamilla Cardoso (Pivô)

Leila Zabani (Ala)

Licinara Bispo (Ala-pivô)

Sassá Gonçalves (Ala)

Stephanie Soares (Pivô)

Tainá Piaxão (Ala/Armadora)

Vitória Marcelino (Ala)

Confira quem faz parte da Confederação Brasileira de Basketball (masculina):

Técnico: Aleksandar Petrovic

Assistente Técnico: Helinho Garcia

Assistente Técnico: Bruno Savignani

Assistente Técnico: Tiago Splitter

Bruno Caboclo (Ala/Pivô)

Cristiano Felício (Pivô)

Didi Louzada (Ala)

Georginho (Armador)

Guilherme Santos (Ala)

João Marcelo Pereira Mãozinha (Ala/Pivô)

Léo Meindl (Ala)

Lucas Dias (Ala/pivô)

Marcelinho Huertas (Armador)

Raul Neto (Armador)

Vitor Benite (Ala/Armador)

Yago Mateus (Armador)

Carioca tem recorde de público na final, mas queda de 35% na média de público 


Carioca tem recorde de público na final, mas queda de 35% na média de público

Por: Livia Bronzato

O Maracanã recebeu 69.393 torcedores, sendo 64.351 pagantes, no segundo jogo da final entre Flamengo e Fluminense, que deu título ao rubro-negro. Com a quantidade de pessoas presentes no estádio, o Carioca possui o maior público de jogos entre clubes no país.

Foto: Adriano Fontes/Flamengo

Apesar do recorde, a competição, considerada a mais charmosa do país, vem sofrendo um esvaziamento das arquibancadas ao longo dos anos. Em 2025, segundo a ESPN, a média de público foi de apenas 8.949. Houve uma queda de 5.053 pessoas presentes, em média, em comparação ao o ano anterior: 14.002, um recuo de 35%.

Na décima primeira rodada, a última, da fase de grupos, o jogo entre Sampaio Corrêa e Portuguesa teve o menor público do Carioca. A partida ocorreu no Estádio Lourival Gomes de Almeida, a casa do Sampaio Corrêa, em Saquarema. O time saquaremense ganhou de 3 a 1, mas o jogo contou com apenas 269 presentes.

Não apenas os pequenos clubes passam por isso. O Botafogo, entre seis jogos como mandante, teve seu maior público num jogo contra o Maricá – com somente 9.627 torcedores. Ficando abaixo de 10 mil espectadores em todas as partidas com mando de campo. Sua média ficou por volta dos 5 mil.

Outros times de grande investimento também enfrentam essa situação. O Fluminense teve seu maior público como mandante no jogo de ida na final – com 39.120. Apesar disso, sua média, considerando todos os confrontos, também é considerada baixa – em torno de 17 mil. O Vasco, similar ao Fluminense, teve sua média por volta de 16 mil. Em contrapartida, o time com maior público é o Flamengo, possuindo o recorde batido no dia 16 e, ao todo, com média de 28.839 espectadores – número inferior em relação ao ano passado: 49.148.

O Carioca está perdendo arquibancada e perdeu o prestígio que possuía. O calendário de competições durante a temporada é apertado e os clubes estão preferindo colocar jogadores mais jovens para jogar e poupar os titulares, priorizando outros campeonatos. Além de que, pelos torcedores, o Carioca está sendo visto mais como uma preparação para o resto da temporada. De certa forma, esses aspectos favoreceram para que esse cenário de esvaziamento pudesse ocorrer.

Derek Rabelo, único surfista cego que pega as maiores ondas do mundo

Derek Rabelo, único surfista cego que pega as maiores ondas do mundo

Capixaba, de 33 anos, é exemplo de superação e persistência.

Por: Livia Bronzato

Já se imaginou surfando a maior onda do mundo de Nazaré, em Portugal? E se isso tivesse que ser feito sem enxergar nada? Seria uma tarefa completamente assustadora para a maioria das pessoas, mas não para Derek Rabelo. Ele é o único capaz de pegar as ondas de Nazaré que chegam aos 30 metros, assim como as de Pipeline no Havaí e as de Teahupoo no Taiti.

 

Instagram /Reprodução

Derek Rabelo, surfista profissional cego, na Surf Land.


Derek nasceu em Guarapari (ES) com um glaucoma congênito e, em seus primeiros dias de vida, perdeu a visão. Mas, inspirado pelo pai e por seus tios, ele se interessou pelo surfe desde pequeno. Assim, desenvolveu sua forma única de surfar – ele escuta o barulho das ondas e do vento batendo no mar, sente as ondulações – e, utilizando os seus sentidos, compreende pelo feeling o momento certo de entrar na onda. Para além da prancha no mar, ele já demonstrou que possui também habilidades no skate downhill (modalidade em que o skatista desce uma ladeira em alta velocidade).

Desde então desafia a todos que desacreditam de sua competência e, hoje, além de ser um surfista profissional, palestra em grandes eventos para motivar outras pessoas a seguirem suas batidas nas ondas seus ouvintes. Abordando temas relacionados a superação e motivação, Derek já palestrou para grandes companhias e eventos pelo mundo afora, contando como vive diariamente superando seus próprios limites.


Instagram/Reprodução

Na Rio 2016, o surfista foi escolhido para carregar a Tocha Olímpica no encontro da terra com o mar.


Sua história é tão bonita que foi tema do documentário Além da visão, lançado em 2014 com direção de Bryan S. Jennings e de Bruno Lemos. Além disso, Derek possui sua bibliografia Beyond these eyes: The biography of blind surfer Derek Rabelo, escrita pela editora e jornalista Lynn Goldsmith, que conta em detalhes sua trajetória inspiradora carregada de resiliência.


Instagram/Reprodução

O surfista no mar de Teahupoo.


Confira as redes sociais do surfista: Instagram/DerekRabeloOfficial

Ídolos que viraram técnicos

Ídolos que viraram técnicos

A mudança de carreira de Filipe Luís, Rogério Ceni, Gáucho e Zidane.

Por: Livia Bronzato

O Flamengo, sob o comando de Filipe Luís, conquistou a quinta Copa do Brasil do clube, no domingo (10). O técnico possui uma longa história com o rubro-negro, já que sempre declarou que esse era o seu time do coração. Como jogador, em 2019, começou a jogar pelo clube e, em dezembro de 2023, ele encerrou sua carreira de sucesso. Ao longo dos cinco anos, foram alcançados 10 títulos, nacionais e internacionais.

No ano seguinte, assumiu como treinador do sub-17 do Flamengo. Sua passagem na categoria foi rápida com apenas 5 meses, mas vitoriosa, conquistando a Copa Rio. Em seguida, então, enfrentou o desafio de comandar o sub-20 do time, em que também obteve êxito ao conquistar o Intercontinental.

Em outubro, Filipe Luís recebeu a proposta de treinar o profissional do Flamengo e estreou na semifinal da Copa do Brasil, em um jogo vencendo de 1 a 0 o Corinthians. Com um bom desempenho nesse curto período, o treinador conquistou a Copa do Brasil 2024, no início deste mês. Alcançando três títulos ao longo de um ano na nova carreira.

Foto: Gilvan de Souza e Marcelo Cortes / CRF

Assim como Filipe Luís, alguns jogadores, ao encerrarem seus caminhos dentro do campo, decidem investir na carreira de treinador devido ao conhecimento tático que foi adquirido ao longo do tempo. Quando o ídolo de um time retorna como técnico, é normal que a torcida crie expectativa devido ao entusiasmo que é ter uma figura importante de volta ao clube. Entretanto, alguns retornos não obtêm o sucesso esperado.

Rogério Ceni, que foi jogador do São Paulo por 25 anos, voltou como técnico duas vezes: em 2017 e 2021. Ele alcançou 18 títulos como jogador, todavia não obteve sucesso nos campeonatos em suas passagens como treinador. Essa situação pode ser inclusive o motivo de muitos ídolos não desejarem treinar seu time para evitar que sua carreira de sucesso como jogador seja manchada caso sua passagem como técnico não seja boa. Como por exemplo, Zico que nunca treinou o Flamengo. Já Roberto Dinamite arranhou o prestígio de ídolo ao virar presidente do clube, sendo muito contestado nessa função.

Em outros casos, o retorno é positivo e atende às expectativas da torcida. Renato Gaúcho chegou ao Grêmio como ponta-direita, em 1980. Três anos depois, alcançou a Copa Libertadores e a Intercontinental Cup. Firmando-se nessa década como um dos maiores craques do futebol brasileiro.

Renato Gaúcho em campo pelo Grêmio.

Atualmente, ele comanda o time como técnico. Já é sua quarta passagem: 2010 a 2011, 2013, 2016 a 2021 e 2022-atual. Com êxito, conquistou uma Libertadores, uma Copa do Brasil, uma Recopa Sul-Americana, cinco Campeonatos Gaúchos e duas Recopas Gaúchas. Como jogador e como técnico, ele é reverenciado pela torcida e considerado um dos maiores ídolos do clube.

Fora do Brasil, Zidane é um exemplo de sucesso na troca de carreiras. Ele foi meia do Real Madrid de 2000 a 2006 e, durante esse período, conquistou seis títulos: um Mundial, uma Liga dos Campeões da Uefa, uma Supercopa da Uefa, um Campeonato Espanhol e duas Supercopas da Espanha. Zidane também levou três bolas de ouro, sendo duas enquanto estava jogando pelo Real Madrid, em 2000 e 2003.

Zinédine Zidane pelo Real Madrid.

Zidane teve duas passagens como treinador do time. Na primeira, que ocorreu de janeiro de 2016 a maio de 2018, ele ganhou a Champions League, dois Mundiais, duas Supercopas da Uefa, dois Campeonatos Espanhóis e duas Supercopas da Espanha. Durante a segunda passagem, de 2019 a 2021, Zidane conquistou o Campeonato Espanhol e a Supercopa da Espanha de 2019/20. Além disso, em 2014, ele chegou a ser treinador do time B do Real Madrid, o Real Madrid Castilla. Seu currículo como técnico chama muita atenção, não apenas pelo número de títulos, mas pelo curto tempo em que isso ocorreu.

WSL 2025: Estrelas brasileiras do surf

WSL 2025: Estrelas brasileiras do surf

Conheça os brasileiros que estarão entre a elite do surf mundial.

Por: Livia Bronzato

Doze surfistas representarão a Tempestade Brasileira na Championship Tour (CT) da World Surf League (WSL) em 2025. Os nomes foram confirmados após a etapa de Saquarema da Challenger Series, que aconteceu em 16 de outubro. Serão 11 surfistas no masculino e 1 no feminino. Confira os nomes abaixo.

Tatiana Weston-Webb será a única representante feminina na elite do surfe. Tati coleciona medalhas ao longo de sua carreira. Ela levou a prata nas Olimpíadas de Paris 2024. Já nos Jogos Pan-americanos, conseguiu alcançar o ouro na edição de 2023. Weston-Webb é uma grande atleta brasileira e possui grandes chances de alcançar o pódio na próxima edição da CT da WSL.

Foto: Ed Sloane/WSL

Tati Weston-Webb em sua performance.

O Brasil é muito bem representado na categoria masculina, possuindo muitos nomes talentosos. Ítalo Ferreira, Yago Dora e Gabriel Medina também estarão na CT de 2025.
Ítalo foi vice-campeão na WSL 2024, além de já ter conquistado o ouro nas Olimpíadas de Tóquio 2020. Medina é tricampeão mundial de surf da ASP World Tour (2014, 2018 e 2021), mas ficou de fora do Finals em 2024. E Yago Dora disputou o título esse ano, terminando em sexto lugar.

Foto: Matt Dunbar/WSL

Surfista Gabriel Medina.

Foto: Divulgação/WSL

Ítalo Ferreira em ação.

Na Challenger Series, os surfistas podem conquistar uma vaga para a Championship Tour. Entre as 10 disponíveis, 6 foram levadas por nossos atletas: Samuel Pupo, Miguel Pupo, Deivid Silva, Alejo Muniz, Ian Gouveia e Edgard Groggia.

Além disso, Filipe Toledo e João Chianca, conhecido como Chumbinho, participarão da CT de 2025. Eles estão como Wildcards, uma espécie de convite da WSL. Filipe é bicampeão mundial e não participou da CT deste ano, para cuidar da sua saúde psicológica.

Calendário completo de 2025:
  • Pipeline, Havaí: 27 de janeiro a 8 de fevereiro
  • Surf Abu Dhabi, Abu Dhabi: 14 a 16 de fevereiro
  • Peniche, Portugal: 15 a 25 de março
  • Punta Roca, El Salvador: 2 a 12 de abril
  • Bells Beach, Austrália: 18 a 28 de abril
  • Snapper Rocks, Austrália: 3 a 13 de maio
  • Margaret River, Austrália: 17 a 27 de maio
  • Lower Trestles, EUA: 9 a 17 de junho
  • Saquarema, Brasil: 21 a 29 de junho
  • Jeffreys Bay, África do Sul: 11 a 20 de julho
  • Teahupo’o, Taiti: 7 a 16 de agosto
  • Cloudbreak, Fiji: 27 de agosto a 4 de setembro (Finals)

Brasileiros conquistam o ouro no Pan-Americano de Tênis de Mesa 2024

Brasileiros conquistam o ouro no Pan-Americano de Tênis de Mesa 2024

Brasil lidera quadro de medalhas com 3 ouros, 3 pratas e 4 bronzes na edição de El Salvador, realizado nos dias 13 a 20 de outubro.

Por: Livia Bronzato

Hugo Calderano se consagra pentacampeão

O mesatenista levou a melhor em todas as vezes que disputou individualmente nessa competição, em 2017, 2021, 2022, 2023 e, agora, 2024.
Calderano, mantendo seu legado, conquistou o título individual ao derrotar Vitor Ishiy por 4 sets a 0. Com isso, Ishiy, que também é atleta do Brasil, levou a medalha de prata. Já o bronze foi compartilhado entre o brasileiro Leonardo Iizuka e o argentino Horacio Cifuentes.

 

Foto: Reprodução/ITTF Americas

Da esquerda para a direita,Ishiy, Calderano, Iizuka e Cifuentes no pódio do evento.

 

Em outros campeonatos o atleta também possui bons resultados. Nos Jogos Pan-Americanos, Calderano está invicto nas edições em que competiu. Ele venceu em Toronto 2015, Lima 2019 e Santiago 2023. Sendo o único tricampeão masculino na chave de simples. Já nas Olimpíadas de Paris 2024, ele fez história ao ser o primeiro mesatenista de fora da Europa e da Ásia a alcançar as semifinais do individual.

 

Dobradinha brasileira nas duplas mistas

 

A final foi totalmente brasileira e dividida entre duas irmãs. Nas duplas mistas, Giulia Takahashi e Guilherme Teodoro venceram Bruna Takahashi e Hugo Calderano. A partida foi equilibrada, cada casal venceu dois sets e, por isso, a final teve que ser decidida no tie-break, que terminou com a glória de Giulia e Guilherme por 11 a 6. Essa foi a primeira vez que a dupla conquistou um título pan-americano e a quarta do Brasil nessa modalidade.

 

Foto: Reprodução/ITTF Americas

Giulia e Guilherme vencedores da modalidade duplas mistas.

 

Primeiro ouro do Brasil nas duplas femininas

 

Giulia Takahashi levou o ouro mais uma vez. Nessa categoria, Giulia e sua dupla Laura Watanabe venceram a final contra as chilenas Daniela Ortega e Paulina Vega em 3 sets a 0 (13/11, 11/9 e 11/6). É a única vez na história que o Brasil leva o título nas duplas femininas.

 

Foto: Reprodução/ITTF Americas

 

Bruna Takahashi leva a prata no individual

 

Takahashi enfrentou, na final, Adriana Diaz, atleta porto-riquenha que levou o ouro. A disputa foi acirrada, em 4 sets a 2, com parciais de 11/8, 11/5, 10/12, 11/2, 13/15 e 12/10.

Bruna terminou com a medalha de prata. É a quarta vez que a brasileira conquista o segundo lugar nos Pan-Americanos de Tênis de Mesa.

Na mesma categoria, Giulia, irmã de Bruna, ficou em terceiro lugar.

 

Bronze para Vitor Ishiy e Guilherme Teodoro

 

A dupla masculina do Brasil garantiu o bronze. No confronto da semifinal, os brasileiros infelizmente foram derrotados pelos argentinos Santiago Lorenzo e Horacio Cifuentes.

 

Equipe feminina fica em terceiro lugar

 

O trio composto por Vitória Strassburguer, Laura Watanabe e Giulia Takahashi levou o bronze ao perder a semifinal para a equipe feminina cubana por 3 sets a 1.