Primeira Mostra Uerj de Bandas (MUBA) tem estreia marcada para o mês de junho

Primeira Mostra Uerj de Bandas (MUBA) tem estreia marcada para o mês de junho

O evento é aberto ao público e acontecerá entre os dias 9 e 13 de junho no Teatro Odylo Costa, filho, contando com apresentações diárias de bandas formadas por alunos, servidores e funcionários terceirizados da Uerj. 

Por: Hyndra Lopes 

 

[caption id=”attachment_3252″ align=”alignnone Banda tocando (reprodução: internet)
 
 
A Mostra Uerj de Bandas terá a sua primeira edição em 2025 e irá contemplar 10 grupos de gêneros musicais variados, formados por membros da comunidade universitária. Ela acontecerá durante a segunda semana do mês de junho das 18h30 às 20h30, com apresentações diárias de duas bandas. A retirada de ingressos será por meio da plataforma Sympla, mas haverá possibilidade de entrada sem o QR code. 

O evento foi proposto pela Coordenadoria de Artes e Oficinas de Criação (Coart), em parceria com a Divisão de Teatro da Uerj, e organizado por Ilana Linhales – professora de música do Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira (CAp-Uerj) e coordenadora da Coart – e Marcelo Carpenttiere – produtor cultural da Coart. O intuito dos idealizadores com o projeto é dar visibilidade para todos os talentos e práticas artísticas da comunidade, criando um espaço aberto para produção cultural e consumo desta no ambiente universitário. 

Em entrevista para o Aconteceh, Ilana Linhales e Marcelo Carpenttiere explicam como a ideia da Mostra surgiu e quais os seus objetivos com ela, além de ressaltar a inclusão dos

servidores e funcionários terceirizados e a importância da promoção de eventos como a MUBA e do incentivo cultural na Universidade. 

A MUBA, de acordo com Linhales, foi pensada desde 2024, mas a sua concretização se deu apenas este ano, quando o orientador de música da Coart, Rafael Camacho, fez o regulamento e a proposição do projeto. A ideia de fazer uma mostra surgiu como uma alternativa mais viável à do festival, já que não precisaria de premiação e jurados, e alinhava-se mais ao foco dos idealizadores, de promover a apreciação e a visibilidade dos grupos musicais com apresentações mais longas, que permitissem ao público curtir o ambiente do teatro. A professora diz que os Festivais da Canção – eventos musicais de MPB transmitidos pela TV no final dos anos 1960 – e os 60 anos de golpe militar, completados no ano passado, inspiraram a criação da Mostra. 

Carpenttiere aponta que o objetivo principal com a criação da MUBA é democratizar os equipamentos culturais da Uerj, ao fazer com que a sua comunidade saiba que eles existem e se aproprie deles, além de proporcionar a abertura para essas pessoas exporem os seus talentos. Em complemento, Linhales salienta para a troca de saberes entre as bandas, a partir do compartilhamento de instrumentos e do espaço físico, pois “tudo o que se propõe dentro de uma universidade é uma ação educativa”, diz a professora. Dessa forma, a Mostra contribui para a valorização da Universidade, já que o desenvolvimento do âmbito cultural é essencial para uma instituição educativa. 

Músicos tocando em conjunto (Reprodução:  internet)

 

A expansão da participação para além dos estudantes, com a inclusão de servidores e funcionários terceirizados, é algo que chama a atenção no projeto e Linhales justifica a decisão ao indicar que a comunidade universitária não é composta apenas de um grupo: “Somos um organismo vivo e, enquanto organismo vivo, estamos em uma troca de ações em que um depende do outro, por mais que em alguns momentos, um atue mais que os outros (…) A existência da Universidade, do campo de conhecimento, de ensino e de pesquisa e extensão depende de todos os sujeitos, que são os estudantes, os servidores (tanto docentes, quanto técnicos administrativos) e os terceirizados”. 

Os organizadores também ressaltam a importância da promoção de eventos como a MUBA na Uerj, pois eles proporcionam o encontro e a difusão de saberes a partir de manifestações artísticas e culturais, além de motivarem outras instituições de ensino a organizarem seus próprios festivais, valorizando a cultura no país. “Cultura é tudo, então falar de cultura é falar da nossa própria existência”, diz Linhales. A professora finaliza declarando que o incentivo cultural é essencial para se promover iniciativas como esta, mas que a busca por ele se torna uma luta mundial devido à falta de interesse na cultura e na arte, elementos que, justamente, fazem de um povo seres sensíveis e pensantes. 

Nesse sentido, a Coart, com os eventos e atividades semanais culturais que promove, teria capacidade de se expandir para além do Centro Cultural da Uerj, tornando-se o Centro Cultural da Zona Norte. Mas, para isso, exige um grande trabalho de divulgação dentro e fora da Universidade e a MUBA é uma oportunidade de pessoas desses dois meios conhecerem essas iniciativas e darem maior visibilidade para o âmbito cultural da Uerj.

 

 

“O Esquema Fenício” não é extraordinário, mas é capaz de divertir o espectador

“O Esquema Fenício” não é extraordinário, mas é capaz de divertir o espectador

O novo filme de Wes Anderson mistura comédia, ação, assassinatos e intrigas familiares e consegue produzir uma experiência no mínimo interessante e envolvente.

Por Luana Maciel

Ator Benício Del Toro e atriz Mia Threaplenton em Esquema fenício 2025 (Reprodução: internet)

 

No novo filme do diretor americano Wes Anderson, Zsa-Zsa Korda (Benicio del Toro) é um magnata envolvido em uma série de polêmicas e odiado por muitos. Quando o empresário sofre um atentado à sua vida em um acidente de avião, ele percebe que todo o seu trabalho e fortuna estão sob ameaça. Por isso, ele decide nomear uma herdeira, mas escolhe uma figura um tanto quanto peculiar: sua filha Liesl (MiaThreapleton), uma noviça que está prestes a se tornar oficialmente freira e com quem mantém uma relação conturbada. Mas quando o maior projeto de Korda é ameaçado, pai e filha precisam viajar para negociar com os principais investidores envolvidos e garantir o sucesso do empreendimento.

 

O filme se estrutura em uma narrativa constituída por múltiplos capítulos, cada um associado a um dos investidores que Korda tenta persuadir a fim de conseguir auxílio para superar uma lacuna monetária no processo de construção desse grandioso projeto que, inclusive, dá nome ao filme, o esquema fenício. Dentre esses investidores se destacam alguns outros grandes nomes que compõem o elenco, como Scarlett Johansson, Tom Hanks, Bill Murray e Benedict Cumberbatch.  Como característico do estilo de Wes Anderson, o filme se destaca por sua identidade visual bem singular, com muitos planos abertos e cenários que fazem uso de uma paleta de cores vívidas e de padrões extremamente simétricos.

 

O roteiro é marcado por uma oposição entre repetições e elementos extraordinários. Assim, enquanto algumas falas e ações se repetem várias vezes ao longo da obra (embora com novos significados em diferentes momentos), atos inesperados e situações completamente inusitadas também estão presentes na trama e deixam o público cada vez mais curioso para saber o que acontecerá em seguida. A natureza cômica do filme se pauta justamente nessa surpresa que se quer gerar na audiência, nesse sentido de uma coisa que é tão absurda, que é engraçada. São cenas de ação, ameaças de morte e eventos quase impossíveis que se entrelaçam com o cotidiano dos personagens e que são tratados com tanta naturalidade dentro da história que provocam esse efeito de humor.

 

Essas escolhas levam a obra a assumir um caráter completamente fantasioso, algo que foge totalmente do que pertence ao mundo real, sem precisar recorrer a elementos mágicos ou sobrenaturais, e é justamente por isso que diverte o público. Esse aspecto fantasioso é reforçado no comportamento e atitudes dos personagens. Zsa-zsa é a caricatura de um empresário corrupto e cruel. Um homem frio, inexpressivo, incapaz de manter boas relações pessoais e que não mede esforços para possuir dinheiro e poder. 

 

Por outro lado, Liesl é uma moça correta e religiosa, que vive segundo as regras morais que aprendeu no convento onde foi criada e que busca acabar com o sofrimento alheio. 

O mais interessante aqui, porém, é ver como esses papéis vão se transformando ao longo do filme e como a convivência entre pai e filha vai permitindo que novas facetas de ambos os personagens sejam reveladas. 

 

O esquema fenício é um filme que pode não ser recebido tão bem por todas as pessoas por explorar um estilo de humor muito irônico e pela natureza peculiar de determinadas abordagens. Também não é um filme com uma emocionante lição de moral e talvez não seja a mais extraordinária obra de Wes Anderson. Mas é um filme que, por meio de personagens ora previsíveis, ora completamente surpreendentes, brinca com a capacidade humorística do acaso e que cumpre exatamente o que promete: um momento de diversão e entretenimento para o espectador.

 

Nota: 3.5/5

 

Central da COP: a mesa-redonda do Clima chega à Uerj

Central da COP: a mesa-redonda do Clima chega à Uerj

Meio ambiente e geopolítica são os temas centrais do evento realizado pelo Observatório do Clima em parceria com a Agenc

Por:  Maria Luísa 

Chamada para o evento Central da Cop (Foto: instagram)

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) recebe na segunda-feira, 2 de junho, a Central da COP, uma mesa-redonda para discutir a Conferência do Clima das Nações Unidas, que acontece este ano em Belém. A Central da COP usa  uma linguagem descontraída, apelando às referências do futebol, para falar de meio ambiente, geopolítica e mudança climática.

   Um dos trunfos da Central da COP é justamente apostar na linguagem do esporte e do  humor para conquistar a atenção do público. Durante o evento, que acontecerá no auditório 91, a plateia vai participar de um bingo e um sorteio de exemplares do Álbum de Figurinhas da Central da COP, com a lista dos principais jogadores do clima estarão presentes na próxima Conferência das Partes. E não vai faltar nem mesmo o VAR para fiscalizar discursos políticos.

A Central da COP foi lançada este ano pelo Observatório do Clima, uma organização brasileira que atua na defesa do meio ambiente e na luta contra as mudanças climáticas. A edição uerjiana é uma tabelinha entre o Observatório e a Agência de Notícias Científicas (AGENC), projeto de estágio e extensão ligado ao LED, o Laboratório de Editoração Eletrônica da Faculdade de Comunicação Social. 

Participam da mesa o coordenador de política internacional do Observatório do Clima, Claudio Angelo; a especialista em filantropia e comunicação Ana Carolina Lourenço, do Instituto Cultura, Comunicação e Ciência (ICCI); a coordenadora da AGENC e professora da FCS Fernanda da Escóssia; a engenheira ambiental, ativista e assessora da OC  Isvilaine Silva; e o mascote Petroleco, um negacionista a favor dos combustíveis fósseis.

O evento é aberto ao público e começa às 16h no auditório 91 do prédio principal da Uerj no campus Maracanã. Haverá registro de horas complementares aos universitários que comparecerem ao encontro.

 

Pré-Vestibular Social Sintuperj disponibiliza vagas ociosas

Pré-Vestibular Social Sintuperj disponibiliza vagas ociosas

Confira detalhes sobre o curso e entenda como participar

Por: Maria Clara Jardim

Desde 1998 o Pré-Vestibular do Sintuperj se destaca pela preparação oferecida aos estudantes que planejam ingressar em universidades públicas, oferecendo aulas com professores experientes e qualificados, material didático inclusivo, suporte psicológico e orientação acadêmica. O projeto é organizado pela Coordenação de Formação e Comunicação Sindical do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais do Rio de Janeiro (Sintuperj) e busca auxiliar uma ampla quantidade de alunos, garantindo que todos tenham oportunidades similares e desenvolvam suas habilidades.

 

Os alunos presentes no programa se dividem em dois grupos, sendo eles: Comunidade interna e comunidade externa. O responsável administrativo do projeto, Carlos Eduardo, explica que inicialmente o pré-vestibular foi criado para a comunidade interna, ou seja, alunos dependentes de associados, servidores ou filhos dos servidores filiados ao Sintuperj, entretanto, com o passar do tempo o projeto foi se estruturando e expandiu as vagas para alunos que não se enquadram nessas características, ou seja, todo estudante que queira se preparar para o vestibular, formando assim a comunidade externa. 

“Hoje a quantidade de vagas é maior para a comunidade externa por não ter tantos associados, dependentes e servidores estudando”, afirma Carlos Eduardo. Ele destaca que 70% das vagas do pré-vestibular atualmente são preenchidas pela comunidade externa.

Os jovens, com o decorrer das aulas, têm contato com educadores profissionais e formados em universidades públicas. Segundo o responsável administrativo, alguns desses professores tiveram a oportunidade de se preparar para o vestibular através do pré-vestibular do Sintuperj e isso gera uma atmosfera de maior identificação para com os estudantes.

Recentemente, o curso informou que existem vagas disponíveis nos turnos da tarde e da noite, que são endereçadas à comunidade externa. 

Confira detalhes de como se inscrever:

Inscrições pelo site – presintuperj.com.br

Local de inscrição – Inscrição Comunidade Externa

 

Meios de contato com o projeto:

sintuperjpre@gmail.com 

 

Endereço do Pré-Vestibular:

Rua São Francisco Xavier, 524 Sala 1.020 – 1º andar – bloco D – Maracanã, Rio de Janeiro – RJ, 20550-013

Projeto Rim oferece educação sobre saúde renal

Projeto Rim oferece educação sobre saúde renal

Conheça o projeto de conscientização e esteja atento sobre o bom funcionamento dos rins

Por: Alice Moraes

Projeto Rim no evento Uerj Sem Muros. Da esquerda para direita: Pedro Henrique Soares, Tatiane Campos e Vivian Mendes. (Foto: Alice Moraes)

Controlar a pressão arterial, dosar a creatinina, não fumar, controlar a diabetes, evitar o alto consumo de sal, fazer uma alimentação balanceada e ingerir água. Esses são alguns fatores que previnem a doença renal crônica, de acordo com a estudante Vivian Mendes, de 23 anos, que está no sexto período do curso de enfermagem na Uerj. 

A jovem faz parte do Projeto Rim, que esteve presente na programação do Uerj Sem Muros, no dia 27 de março. No evento, o projeto foi apresentado com intuito de educar a respeito da saúde renal. “O que motiva o projeto é transmitir a prevenção, pois prevenir é um ato de cuidar. E é isso que a enfermagem faz”, explicou ela. 

Os números de doença renal crônica têm crescido ultimamente. Por isso, Vivian enfatizou que é uma doença silenciosa e pouca gente sabe sobre ela.

O que é a doença renal crônica (DRC)? 

É quando ocorre a falência dos rins. Consequentemente, o paciente precisará de uma terapia de substituição do rim defeituoso. “Existem três opções nesse caso: a hemodiálise, adiálise peritoneal e o transplante renal”, explica Tatiane Campos, professora da faculdade de enfermagem da Uerj e coordenadora do Projeto Rim. 

A hemodiálise é um tratamento no qual uma máquina faz a filtração do sangue. O paciente precisa ir até a clínica para realizar o procedimento semanalmente. Já na diálise peritoneal, que o paciente precisa fazer todos os dias, em casa, ele recebe a orientação necessária para o uso de um cateter. O cateter vai inserir um líquido na cavidade abdominal e esse líquido será responsável por filtrar o sangue. 

 No transplante renal, o paciente recebe um novo rim de um doador, que pode ser um familiar ou amigo. No segundo caso, é preciso que o doador tenha uma autorização judicial. Caso o doador seja um falecido por morte encefálica, a família deste autoriza a doação do órgão, que é encaminhado para alguém que está na fila aguardando pelo transplante.

 

 

Por que aprender sobre o cuidado renal?

O Projeto Rim foca na conscientização, de acordo com a professora Tatiane. O programa já realizou, na Uerj, ações de orientação sobre a importância de dosar a creatinina, explicando qual o objetivo do exame e de cuidar da saúde renal. O projeto tem papel, então, de educar sobre saúde e acolher os pacientes. 

De acordo com o Ministério da Saúde, em Boletim Epidemiológico divulgado no mês de setembro do ano passado, em 2023 houve 140.648 internações por doenças renais crônicas no Brasil. Isso indica 56.311 internações a mais comparado ao ano de 2010, no qual ocorreram 84.337 internações hospitalares devido à DRC.

A pesquisa realizada também mostra que em 2022 ocorreram 8.429 mortes por doença renal crônica no país. Nesse cenário de números crescentes de DRC, o Projeto Rim vem com o objetivo de auxiliar a população a entender sobre a saúde dos rins e incentivar esse cuidado.

Medir a creatinina

A creatinina é medida pelo exame de sangue ou de urina. Esse exame é feito para identificar o bom ou o mau funcionamento dos rins. “A creatinina é um resíduo da creatina, por isso ele precisa ser eliminado. Quando se encontra muita creatinina no sangue, significa que os rins não estão filtrando bem”, esclareceu Vivian. O alto nível de creatinina no sangue pode indicar, então, uma doença nesses órgãos. 

Ao realizar a medição de creatinina, a pessoa pode averiguar o bom funcionamento dos seus rins. Por isso, o Projeto Rim conscientiza sobre o exame.

Futuro do projeto

Em 2016, a ação de conscientização sobre saúde por meio do Projeto Rim teve início. Agora, a equipe do projeto tem ideias para o futuro. Eles pretendem aumentar o alcance da educação sobre saúde, o que consequentemente diminuirá os números de DRC. A equipe quer, também, a troca de ideias e de conversas e o aumento da visibilidade do projeto.

Para acompanhar o programa, obter mais informações e tirar dúvidas, acesse o Instagram @projeto.rim. 

Oficina de voguing na Uerj traz visibilidade para a cena

Oficina de voguing na Uerj traz visibilidade para a cena ballroom

Demonstrações e ensinamentos acerca do vogue reuniram jovens no décimo andar da Universidade
para aprenderem mais sobre a cultura ballroom

Por: Hyndra Lopes 

Sensei Theuse Luz D’Pavuna na oficina de Voguing no hall do 10º andar do bloco F, Campus Maracanã 

A décima nona edição da Mostra de Artes e Carpintaria de Comunicação Social da Uerj (MACACOS) contou com a participação da Sensei Theuse Luz D’Pavuna, pesquisadora e fundadora da “Brazilian Kiki House of Bushido”, para ministrar a oficina de voguing. Pavuna criou uma experiência imersiva no vogue, ensinando e explicando a simbologia dos elementos da performance. Além disso, a artista concedeu uma entrevista ao Aconteceh, na qual comenta sobre o acolhimento de pessoas marginalizadas pela comunidade ballroom, o papel do vogue no empoderamento destas e a importância de se discutir sobre essa subcultura na universidade.

A cultura Ballroom, nos moldes conhecidos atualmente, surge no Harlem (bairro do subúrbio de Nova Iorque) durante a década de 1970, quando Crystal Labeija, drag queen e mulher trans negra, se revolta com o racismo nos desfiles e concursos de beleza voltados à comunidade. Ela se junta com Lottie Labeija, drag queen também negra, para fundar a primeira House (“House of Labeija”) e dar um baile exclusivo para as queens negras e latinas, consolidando a cena Ballroom como movimento de luta e resistência negro, periférico e LGBTQIAPN+. Já no Brasil, ela surge oficialmente apenas em 2015, quando é datado o primeiro baile em Brasília.

Oficina de Voguing no 10º andar do Bloco F, Campus Maracanã 

As Houses, pilares da cultura Ballroom, surgiram como um coletivo que se assemelha aconcepção familiar, reproduzindo as suas hierarquias, e foi continuado na cena brasileira, com“papis”, “mamas”, “filhos” e “baba” (fazendo referência ao orixá do candomblé). Este é umespaço de acolhimento para pessoas da comunidade LGBTQIAPN+ que são expulsas de casa pelas suas famílias, como diz Pavuna: “Infelizmente ainda sofremos das mesmas máculas queas pessoas lá atrás sofriam, porque nem todo mundo é aceito pelos seus pais ou progenitores. Meu pai e minha mãe são pastores, então eles têm uma relação meio densa comigo. Hoje emdia eles compreendem mais e entendem que eu tenho uma família fora da minha família”.

Além das Houses, outro símbolo da cultura Ballroom é o vogue – categoria de dança inspirada nas poses de modelos das capas de revista – representando a expressividade e liberdade de corpos LGBTQIAPN+. O vogue é dividido em 5 elementos – o catwalk, o duckwalk, a hands performance, o floor performance e os spins and dips – e, a partir deles, uma história é contada, com a criação do movimento dos cabelos, seios, unhas etc. A Sensei Pavuna salienta a importância dessa performance para o empoderamento da comunidade: “O vogue, especificamente, fala sobre a autoestima, porque é sobre poses, é sobre se imaginar numa revista de moda. Então é muito interessante pensar o quanto você consegue se imaginar como uma pessoa potente, bonita, interessante… É muito louco, porque várias pessoas não se imaginam nesse lugar de “eu posso ser uma pessoa sensual”, “eu posso ser uma pessoa bonita” ou “eu posso ser uma artista” e na Ballroom elas se descobrem enquanto potência”.

Apesar de ter maior visibilidade atualmente, a Ballroom ainda é uma cultura marginalizada e pouco estudada. Pavuna explica que a cena chegou no Brasil por uma veia acadêmica, mas não academicista, pois foi por meio de estudantes universitários, na busca por reproduzir aqui o que viam do vogue e do lugar de comunidade do movimento, e não por intelectuais. A discussão sobre o assunto no ambiente universitário e ações para tornar a cena Ballroom ativamente presente nesses espaços mostram-se de suma importância, pois criam possibilidades de retirar essa cultura e a sua comunidade das margens da sociedade. “Se lá atrás a gente via as pessoas dessas categorias (negras e LGBTQIAPN+) pensando em se tornar executivas e estudantes de universidades é essa a possibilidade de pensar: “eu posso me imaginar nesse lugar, com esse poderio” (…) Então acessar isso (a universidade) e usar o nosso conhecimento (sobre a cultura ballroom), que não é assimilado totalmente nesses espaços, é muito importante”, declara Pavuna.

A Sansei também aponta para a luta da comunidade em tornar a cultura Ballroom Patrimônio Cultural Imaterial no Brasil – em janeiro deste ano, a deputada Erika Hilton (PSOL) apresentou este projeto de lei à Câmara (PL n°183/2025) – e para a necessidade de pensar políticas públicas através da cena, que, historicamente, contribuiu para salvar a vida desses jovens marginalizados. “Eu acredito que não estaria viva até aqui se não fosse por essa comunidade. Então é sobre como a gente consegue construir realidades e, graças a elas, outras possibilidades de existência. Eu tenho muito orgulho de ver o que a juventude negra, LGBT, periférica, originária e corpos travestis generis consegue construir”.

Calor intenso e turismo desordenado ameaçam corais na costa brasileira

Calor intenso e turismo desordenado ameaçam corais na costa brasileira

Pesquisadores destacam que 90% desses organismos estão em risco; projetos de conservação investem em educação ambiental 

Por: Maria Luísa Moura Fontes 

 

 

Coral branqueado. Foto: Thales Vidal/PELDTAMS/Via Agência Brasil

O aumento da temperatura dos oceanos, resultado das ondas de calor em todo o mundo, tem provocado o branqueamento de diversos corais na costa brasileira. Esses organismos são extremamente sensíveis às mudanças climáticas e, com temperaturas mais altas, acabam expulsando as zooxantelas – microalgas com as quais vivem em simbiose. Sem algas, os corais ficam brancos. 

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) afirma que, se não houver redução significativa da emissão de carbono para frear o aquecimento global, todos os corais do planeta passarão pelo branqueamento até o final do século. A situação se torna mais preocupante porque – mesmo que os países consigam atingir a meta do Acordo de Paris, que limita o aumento da temperatura a 1,5°C – estima-se ainda que 70% a 90% dos recifes coralíneos morram.

Segundo o PNUMA, os corais fazem parte de 25% da vida marinha de todo planeta, mesmo ocupando apenas 1% do oceano. A construção rochosa dos recifes comporta até 800 espécies diferentes de corais, que dispõem da maior biodiversidade de todo ecossistema global. Além da importância biológica desses seres, os corais também são fundamentais para o turismo ecológico, sem danos ao meio ambiente. De acordo com a Fundação Grupo Boticário, organização sem fins lucrativos de proteção da natureza, o turismo em recifes de corais na costa do Nordeste arrecada cerca de 7 bilhões por ano, o equivalente a 5% do PIB turístico brasileiro.

O professor Rodrigo Leão Moura, pesquisador do Instituto de Biologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e coordenador do Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração em Abrolhos, estuda as causas e os desdobramentos do branqueamento de corais. Em Abrolhos foi criado o primeiro Parque Nacional Marinho do Brasil. Essa região possui a maior extensão de recifes mais biologicamente diversos de todo Atlântico Sul, e sua preservação é fundamental para a proteção de espécies endêmicas – encontradas apenas nesse local.

De acordo com Leão Moura, as últimas descobertas científicas invalidaram a teoria de que os corais brasileiros seriam mais resistentes ao calor. “Mesmo sendo mais resistentes ao branqueamento, os corais brasileiros têm morrido após as ondas de calor. Essa característica dificultou o entendimento do processo de declínio dos corais brasileiros, uma vez que os monitoramentos geralmente se concentram nos períodos anômalos e são descontinuados após esses eventos”, explica o especialista.

Diante das adversidades climáticas cada vez mais graves, o cenário atual em Abrolhos é de perda generalizada da qualidade ambiental dos recifes coralíneos. Segundo o professor da UFRJ, com a morte dos corais, os recifes passam a sustentar menos biodiversidade e, consequentemente, a armazenar menos biomassa de peixes para a produtividade local. 

Em 2003 foi criado no Brasil o Projeto Coral Vivo, para proteger os recifes de corais. Do projeto surgiu em 2013 o Instituto Coral Vivo, uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) que atua na conservação e sustentabilidade do ecossistema marinho. Vice-presidente do Instituto, o oceanógrafo Miguel Mies, professor da USP, ressalta que a perda da biodiversidade marinha, neste caso, afeta não só a costa brasileira, mas todos os ecossistemas do planeta, já que os recifes são interligados e se apoiam um no outro.

Segundo Mies, mais de 50% dos corais morreram nos últimos 30 anos. “É difícil você encontrar hoje um recife que a gente chama de prístino. Prístino é aquele que praticamente não sofreu nenhum impacto relevante, tá em uma condição de saúde excelente, é raríssimo encontrar isso”, reflete o pesquisador.

Além disso, ele alerta para o fato de não ser possível reverter completamente a degradação sofrida e de, no momento, não haver possibilidade de recuperação da cobertura coralínea original, pois não existem medidas efetivas para a redução das temperaturas globais, assim como pontua o professor Leão Moura, também especialista no tema.

Já na Ilha Grande, na costa carioca, o professor Luís Felipe Skinner, doutor em Biologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, acredita que é possível reverter alguns impactos ambientais com mudanças básicas de atitude, como a conscientização de turistas sobre contato indevido com os corais.

Skinner revela que a elevação da temperatura atmosférica no Brasil, nos últimos tempos, provocou alterações diferentes no litoral do Rio de Janeiro. Por exemplo, a Baía de Ilha Grande recebeu ondas de calor mais fortes por ter águas mais confinadas, chegando à temperatura de quase 30°C, enquanto na Região dos Lagos – em Cabo Frio, Búzios e Arraial do Cabo – o impacto foi aparentemente menor. 

Com relação ao processo de degradação das colônias coralíneas, os pesquisadores relatam um problema em comum: o turismo desorganizado que prejudica a qualidade da água e agride organismos marinhos como os corais. O que se observa frequentemente nos litorais mais procurados pelos turistas é a promoção de atividades que contribuem para a destruição de habitats marinhos, como lançamento de âncoras para atracar barcos, pisoteio de corais e descarte de lixos. Com a chegada das ondas de calor nessas costas, as consequências da degradação são intensificadas, especialmente em período de El Niño, quando a temperatura do mar é elevada por semanas ou meses. 

Nesse cenário, são necessários investimentos que viabilizem fiscalizações constantes e ações de preservação dos corais, descreve Skinner: “Há uma necessidade de monitoramento frequente, e, para isto, há uma demanda de equipe e logística muito grande. Estas demandas significam recursos financeiros aos quais não temos tido acesso, o que limita muito nossa atividade”. 

 
 
 

Coral Montastraea cavernosa no recife Pirambu, na APA Costa dos Corais. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

 
 
 
 

Regiões mais pobres do Rio de Janeiro são mais afetadas pelo calor

Regiões mais pobres do Rio de Janeiro são mais afetadas pelo calor

Pesquisadora da Uerj explica por que a desigualdade tem a ver com a crise climática 

Por: Maria Eduarda Galdino

 

Cidade de Nilópolis. Foto: Maria Eduarda Galdino 

O Rio de Janeiro atingiu o terceiro nível do Protocolo de Calor (CALOR 3)  na última Terça-feira (02/04) às 14h10. O calor de nível 3 é comunicado pela Prefeitura do Rio quando são registradas temperaturas de 36ºC a 40ºC, com previsão de permanência ou aumento de, ao menos, três dias consecutivos. Além das temperaturas elevadas, outra coisa chama atenção: o contraste de temperatura em diferentes regiões do Estado.

Às 14h10, o bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio, atingiu a temperatura de 29ºC, enquanto a cidade de Nilópolis, na Baixada Fluminense, atingiu 34ºC no mesmo horário. Mariana Castro, doutoranda em Ciência Política pelo IESP-UERJ e pesquisadora no Observatório Interdisciplinar das Mudanças Climáticas (IMC), explica que a diferença significativa nos termômetros tem explicação histórica. “Durante décadas a gente vê que as populações  mais pobres e racializadas foram empurradas para as áreas com menos infraestrutura, menos serviços, menos proteção ambiental, e tudo isso resulta no que estamos vivenciando agora, o impacto das ondas de calor estão muito mais severas para quem vive em situação de vulnerabilidade.”

Além do histórico de reclusão da população mais vulnerável, a pesquisadora aponta outras questões que aumentam os efeitos do calor extremo em regiões mais pobres, como a falta de orçamento nas cidades para investir em soluções ecológicas, o crescimento urbano desordenado e a falta de gestões governamentais comprometidas com a permanência de projetos voltados para o ambiente urbano. “Essas medidas acabam ficando em segundo plano, outro problema é a questão da desigualdade social territorial, as áreas mais pobres são as que mais sofrem com calor e muitas vezes elas não são priorizadas na hora de construir e colocar em prática as políticas públicas. Enquanto isso, os bairros mais ricos têm mais infraestrutura e acabam recebendo mais investimento “, disse.

Segundo a Plataforma AdaptaBrasil,  do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), os municípios da Baixada Fluminense possuem níveis altos de exposição às mudanças climáticas, como desastres geo-hidrológicos, inundações (Índice 0,89 de 1,00) e demanda de resfriamento devido às ondas de calor intensas (Índice 1,00 de 1,00). A pesquisadora Mariana Castro afirma que os grupos que residem em áreas mais pobres sem adaptação às temperaturas elevadas  estão mais expostos ao risco de morte por conta do fenômeno das ilhas de calor. “A forma como o próprio bairro foi estruturado é diferente, as comunidades são muito mais próximas umas das outras, com material de baixa qualidade que intensifica o calor, isso impede a circulação do ar e aumenta o fenômeno das ilhas de calor por exemplo

Demanda de resfriamento na cidade de Nilópolis. Foto: AdaptaBrasil /Eduarda Galdino

Em fevereiro deste ano, durante o Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas, o governo brasileiro apresentou uma estratégia inédita chamada Adapta Cidades, iniciativa do Programa Cidades Verdes Resilientes e coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). O objetivo é orientar e auxiliar cidades com capacitações técnicas de planejamento ambiental e acesso a investimento. Representantes de onze estados – Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Tocantins e Pará – estiveram presentes e sinalizaram interesse em participar da iniciativa.

A iniciativa é parte dos compromissos ecológicos do Brasil formalizados na 29 ºConferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 29, em 2024 pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e a Ministra do Meio Ambiente Marina Silva, em cooperação com a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), pacto do Brasil assinado no Acordo de Paris para combater a instabilidade ambiental em 2015.

A pesquisadora Mariana Castro reitera que diversas práticas ecológicas podem ser implementadas nas políticas públicas para mitigar os efeitos das ondas de calor, como investimentos em materiais de construção que são mais resistentes às temperaturas elevadas e plantações de áreas verdes nos centros urbanos. “É importante a gente mexer nas infraestruturas da cidade por exemplo criar a calçadas permeáveis, investir em telhados verdes, plantar mais árvores nos bairros mais quentes,trocar telhas por materiais que isolam melhor o calor e pintar os telhados com tintas que refletem o sol e garantir ponto de água potável em locais públicos.”

Clube do livro: Clarice Lispector da voz e vida a realidades esquecidas em A hora da estrela

Clube do livro: Clarice Lispector dá voz e vida a realidades esquecidas em A hora da estrela

“A hora da estrela”, publicada em 1977, foi a ultima obra literária de Clarice Lispector  antes de sua morte naquele mesmo ano e aborda temas sensíveis e reais na sociedade brasileira 

Por: Maria Eduarda Galdino

Livro “A hora da estrela” de Clarice Lispector (foto: Maria Eduarda Galdino)

Clarice começa sua obra com Ricardo S.M., escritor que conta a história de Macabéa, uma jovem alagoana de 19 anos, que acompanhada por sua tia, se muda para um apartamento compartilhado com 4 mulheres estranhas no Rio de Janeiro. Após a morte da tia, Macabéa se vê  sozinha, com apenas seu trabalho como refúgio. Porém, por conta da pouca escolaridade, falta de suporte e dinheiro, Macabéa vive situações tortuosas e embaraçosas com seu novo trabalho mal remunerado e uma solidão constante embora imersa na grande capital carioca.

Já no Rio de Janeiro, Macabéa conseguiu o trabalho de datilógrafa porque sua tia tinha lhe ensinado como usar a máquina. Mesmo assim, o trabalho não garantia uma vida de qualidade, nem mesmo muitos amigos, e por não ganhar muito dinheiro, Macabéa dormia com fome ou comia pedaços de papel para aliviar seu estômago. 

“Como a nordestina, há milhares de moças espalhadas por cortiços, vagas de cama num quarto, atrás de balcões trabalhando até a estafa. Não notam sequer que são facilmente substituíveis e que tanto existiriam como não existiriam” – (Lispector, A hora da estrela, p.12)

Certo dia, quando faltou ao trabalho, Macabéa encontrou a liberdade na solidão, pois ninguém a compreendia, e se sentiu viva pela primeira vez enquanto dançava sozinha em seu apartamento vazio, quando se olhou no espelho, não se sentiu como um pedaço de ferrugem como de costume. De alguma forma, Macabéa ainda sentia que possuía um valor apesar de toda tristeza que envolvia a sua vida, mas não conseguia manter esse vigor por muito tempo, voltou para o seu trabalho miserável e suas crises de existência, já que não sabia direito o que a definia como gente, como a protagonista de sua própria história.

“Se o leitor possui alguma riqueza e vida bem acomodada, sairá de si para ver como é às vezes o outro.” (Lispector, A hora da estrela, p.27)

Macabéa talvez seja a personagem mais melancólica que você já conheceu, mas a verdade é que existem milhares de pessoas com uma história semelhante a dela. Ao dar vida a Macabéa, Clarice aborda temas que fazem parte da realidade de inúmeros brasileiros, como a pobreza extrema, opressão e crises de existência. Clarice em A hora da estrela, dá voz e vida a muitas pessoas que vivem à margem da sociedade, e que carregam uma das lições mais difíceis que um ser humano pode ter consigo: a de que a vida em sua maioria pode ser extremamente árdua.

 #Uerjviu #clubedolivro #leitura #jornalismo #resenha #livros #claricelispector

Banco de Sangue Herbert de Souza necessita de doadores de sangue para realização de cirurgias 

Banco de Sangue Herbert de Souza necessita de doadores de sangue para realização de cirurgias

Funcionários afirmam que o banco não consegue bater as metas diárias de doadores 

 

Por: Maria Eduarda Galdino 

foto: Camila Mesquita 

O Banco de Sangue Herbert de Souza – Betinho é responsável por arrecadar doadores de sangue para o Hospital Universitário Pedro Ernesto, que possui pacientes internados dependentes de transplantes e outros procedimentos que necessitam de bolsas de sangue e medula. 

Apesar da grande demanda dos pacientes, a quantidade de doadores de sangue é escassa. Camila Mesquita, médica hemoterapeuta e funcionária do Banco de sangue, afirmou que o Banco precisa de 40 doadores por dia para atender os pacientes do hospital depois que os transplantes hepáticos começaram a ser realizados.

O Banco de Sangue não apenas coleta as doações, mas também acompanha e orienta os doadores. Após a doação, todos os cuidados para o bem-estar físico dos doadores são feitos, como a refeição e a hidratação. A orientação do Banco de Sangue em relação à periodicidade das doações é diferente para homens e mulheres, enquanto os homens podem doar de 2 em 2 meses, no máximo 4 vezes ao ano, as mulheres podem doar de 3 em 3 meses, no máximo 3 vezes ao ano.

Para mais informações, acesse o instagram oficial do Banco de Sangue Herbert de Souza: @bancodesanguehupe

Banco de Sangue HUPE (@bancodesanguehupe) • Fotos e vídeos do Instagram