Saúde mental no esporte: desafio que não pode ser ignorado

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Saúde mental no esporte: desafio que não pode ser ignorado

Atletas brasileiros compartilham suas experiências e ressaltam a importância do cuidado com a saúde mental.

Nos dias de hoje, a importância de um acompanhamento adequado da saúde mental é cada vez mais valorizada nas carreiras dos atletas. Devido à pressão constante, à competição diária e à busca pela perfeição, é comum o surgimento de problemas como depressão, ansiedade, Síndrome de Burnout, distúrbios do sono, entre outros. Essas adversidades afetam não apenas o desempenho do atleta, mas também sua vida pessoal. Nesse contexto, alguns optam por dar uma pausa em suas carreiras para priorizar sua saúde mental.

Foto: Reprodução/Instagram

 

Tatiana Weston-Webb, a primeira brasileira medalhista do surfe feminino, anunciou em suas redes sociais que irá interromper temporariamente sua carreira para priorizar sua saúde mental quando percebeu sinais de desgastes emocionais e físicos. “A pausa não é o fim, mas um recomeço” declarou a surfista, logo após enfatizar a importância de debater as questões mentais de um atleta mesmo que, para alguns, ainda seja difícil discutir sobre o assunto.

 

Além de Tatiana Weston-Webb, o surfista Gabriel Medin tomou essa mesma decisão em 2022, após um ano de 2021 marcado por problemas pessoais e pela pressão externa e interna constante no esporte, que resultaram em um episódio de depressão no atleta. Após cinco meses de pausa e recebendo ajudas psicológicas, Medina retorna às águas ressaltando a importância de se dar atenção ao bem-estar mental e emocional dos esportistas, sendo um problema que não pode ser ignorado. 

 

No futebol, há o caso de Thiago Galhardo que pediu afastamento de suas obrigações com o Fortaleza após o atentado contra o ônibus do clube cearense. O jogador, mesmo com objeções, comunicou em suas redes que após o ocorrido passou a enfrentar crises de pânico e alertou os torcedores de que os atletas também possuem suas fragilidades.

 

No volêi, as histórias de Douglas Souza e Gabi Cândido são parecidas: ambos abdicaram da convocação da seleção brasileira para priorizar sua saúde mental. Douglas tomou essa decisão após ser diagnosticado com depressão.  A rotina incansável de treinos, o corpo dando sinais de desgastes e a falta de tempo dedicado à família são causas para a sentença do esportista.  Com Gabi Cândido não foi diferente; a atleta relatou que estar na seleção brasileira exige uma cobrança e pressão muito grandes que podem resultar em problemas mentais graves ao longo do tempo.

 

Com esses casos é possível observarmos que a cobrança excessiva, o descuido com a saúde mental, a sobrecarga pessoal e a rotina de treinamento estressante são motivos dos principais problemas dos atletas ao lidar com os impactos do esporte de alto nível.

 

Portanto, fazendo uma psicoeducação sobre saúde mental, criando um ambiente de suporte para os atletas, com acompanhamento profissional de psicólogos e criando um ambiente no qual os atletas se sintam seguros e à vontade para falar sobre todas as suas dificuldades, são medidas que ajudariam a prevenir os problemas de saúde mental no esporte.

Saúde mental no esporte: desafio que não pode ser ignorado

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