Quem é o maior estrangeiro da história do Flamengo?

Quem é o maior estrangeiro da história do Flamengo?

Por Livia Bronzato

Arrascaeta tornou-se, com 78 gols, o segundo maior artilheiro estrangeiro do Flamengo. No início do mês passado, o atual camisa 10 marcou os dois e únicos gols na partida contra o Grêmio, pelo Brasileirão. Anteriormente, ele possuía 76 gols e estava empatado com Jorge Benítez. Mas e o número 1, quem é?

Esta é a lista dos 5 maiores goleadores estrangeiros:

1º – Doval: 94 gols   (argentino, jogou de 1969 a 75)

2º – Arrascaeta: 78 gols   (uruguaio, jogou de 2019 até hoje)

3º – Jorge Benítez: 76 gols   (paraguaio, jogou de 1952 a 56)

4° – Petkovic: 57 gols   (sérvio, jogou de 2000 a 02 e 2009 a 11)

5° – Sidney Pullen: 49 gols   (inglês, jogou de 1915 a 25)

 

Narciso Doval

Crédito: Reprodução

O jogador chega, em 69, ao Flamengo, que faz uma péssima campanha no Robertão daquele ano, ficando em último lugar. Na Taça Rio, foi vice-campeão pelo Fluminense, por 1 a 0. Apesar da fase instável do Flamengo, Doval não deixava de elogiar o time e sua torcida rubro-negra desde sua chegada.

Jogar no Flamengo é simplesmente fascinante. Essa história de que a camisa do Flamengo corre sozinha, dribla e faz gols é mais que uma história, é uma verdade. É gente que ganha o jogo nas arquibancadas. Seu grito é grito de guerra, que empurra o jogador para frente. A torcida rubro-negra é um milagre”, exclamou Doval, em 1970. Naquele ano, o time conquistou a Taça Guanabara, que, então, era um campeonato à parte, em cima do tricolor. No entanto, desentendimentos com o técnico Yustrich levaram o clube a emprestar o jogador.

Após uma temporada no Huracán, voltou ao rubro-negro em 1972. Não demorou para mostrar todo seu talento. Em um feriado de 7 de setembro, em que se comemoravam os 150 anos da Independência do Brasil, cerca de 130 mil pessoas foram ao Maracanã. Na final do Carioca, Flamengo e Fluminense se enfrentavam, e Doval, para a alegria da nação rubro-negra, fazia um dos gols do título, na partida que terminou em 2 a 1. Além disso, o argentino foi campeão carioca em 74, a vitória ficou com o Flamengo em uma final triangular: Flamengo ganhou do América e empatou com o Vasco, enquanto os outros dois times empataram entre si.

Durante sua passagem pelo time, o argentino entrou com processo de naturalização brasileira e gostava de se declarar carioca, ficando conhecido como “o argentino mais carioca do Brasil”. Doval era louro, de olhos azuis e clássico galanteador, sempre visto na praia de Ipanema com fãs e considerado um bon vivant fora de campo.

Saiu do Mengão no ano de 1975, fazendo sua última partida contra o Santa Cruz no Maracanã. No meio do jogo, a torcida pedia para que ele saísse do banco e entrasse na partida. Chegou a conseguir empatar momentaneamente, mas seu gol foi invalidado e, por fim, o time rubro-negro perdeu de 3 a 1.

Em entrevista para o LED, o professor da FCS Ronaldo Helal contou sobre sua relação com o argentino, que frequentava sua casa e foi considerado parte da família desde sua chegada ao Brasil. George Helal, pai de Ronaldo, era diretor de Futebol do Flamengo, quando Doval foi contratado. Inclusive, o contrato foi assinado na própria casa da família.

Foto: Arquivo pessoal/Ronaldo Helal

Doval e George Helal jogando sinuca no apartamento de George.

Ronaldo, que tinha 13 anos, relatou que Doval, durante as primeiras semanas no Brasil, ficou hospedado em sua casa e, logo, uma relação de afeto foi estabelecida entre ele e a família de Helal. Para nosso entrevistado, o jogador virou um grande ídolo e, durante sua adolescência, gostava de assumir a mesma posição de Doval, nas “peladas”.

Foto: Arquivo pessoal/Ronaldo Helal

Doval (primeiro à esq.), acompanhado de Zico e Ronaldo (terceiro e segundo à dir.).

Ronaldo Helal conta, também, sobre uma lembrança curiosa. Helal ficou um tempo sem encontrar Doval, após ele ingressar no Fluminense. Em um dia qualquer, ao chegar a casa, ouviu a voz do argentino em algum cômodo. Depressa, Helal correu para seu quarto e trancou a porta, em meio a lágrimas, acusava o jogador de “traição” por ter saído do rubro-negro e ido vestir a camisa tricolor. Depois de muita insistência, por parte do goleador, pedindo que Ronaldo abrisse a porta, se viram novamente e trocaram um abraço de saudade, mesmo que Ronaldo ainda estivesse chateado com o amigo.

Seleção brasileira já entrou em campo vestindo camisa do Boca Juniors

Seleção brasileira já entrou em campo vestindo camisa do Boca Juniors

Camisas vermelhas, listradas e brancas vieram antes do estabelecimento do amarelo, do verde e do azul. 

Por: Mariana Martins

 

Reprodução: Instagram (@museuselecaobrasileira)

Exposição de camisas no Museu da seleção brasileira

A identidade visual da seleção brasileira é muito bem definida, com modelos que seguem uma  tradição iniciada em 1954, com o lançamento da camisa canarinho.  O uniforme amarelo com detalhes em verde é reconhecido em todo mundo como vitorioso por ser o único que possui 5 estrelas bordadas, as quais representam os títulos mundiais. Todavia, antes de começar esse legado, o time nacional vestia outras cores.

A primeira camisa usada pela seleção brasileira em 1914 tem a cor branca e detalhes azuis na manga.  Ela foi usada em um jogo inaugural contra o clube inglês Exeter City, que acabou  em vitória brasileira no Estádio das Laranjeiras. 

Em 1916, ano da criação da Federação Brasileira de Futebol (FBF), a seleção vestiu um uniforme listrado de verde e amarelo, o que marcou a primeira vez usando as cores da bandeira, o que não durou muito tempo, uma vez que a camisa foi descartada pelo uso das cores.

No ano seguinte, além da camisa branca com o primeiro escudo da Confederação Brasileira de Desportos (CBD), a equipe brasileira estreou um uniforme vermelho. O Brasil foi sorteado para usar uma cor alternativa para jogar contra o Chile e Uruguai, que também tinham trajes brancos, no Campeonato Sul-Americano, o que resultou no improviso.

Reprodução: Instagram (@museuselecaobrasileira)

Camisas de 1919 e 2019

Entre os anos de 1918 e 1950, a seleção brasileira adotou o branco com detalhes azul de forma oficial. Vestindo essas cores, o grupo conquistou o Campeonato Sul-Americano em 1919, foi para a primeira Copa do Mundo em 1930 e perdeu a final contra o Uruguai na Copa do Mundo de 1950, realizada no Brasil. A partir dessa derrota, a camisa branca só seria utilizada novamente em 2019, em comemoração aos 100 anos da conquista continental. A homenagem rendeu o nono título brasileiro da Copa América. 

Ao longo desse período em que o branco prevaleceu, a equipe nacional recorreu a camisas de times argentinos. Em 1936, durante a primeira fase no Sul-Americano de 1937, o Brasil enfrentou o Peru e ambos time entraram em campo vestindo camisas brancas. Mais uma vez, o time brasileiro jogou com o uniforme vermelho, emprestado pelo Independiente. No mesmo campeonato, a seleção enfrentou o Chile vestindo as cores do Boca Juniors. 

Reprodução: Redes Sociais ND Mais

Seleção brasileira com a camisa do Boca Juniors 

A partir de 1954, a camisa que venceu um concurso organizado pelo jornal Correio da Manhã e a CBD em 1953 passou a compor a identidade da seleção brasileira. O jornalista e desenhista Aldyr Schlee foi responsável pela criação da camisa canarinho, que traz o verde e o amarelo, e teve sua estreia nas eliminatórias da Copa do Mundo do mesmo ano, na Suíça. 

Em 1958, junto com o primeiro título mundial, a camisa azul também se tornou marcante para os brasileiros. Apesar de ser tradicional nos dias de hoje, o uniforme surgiu de um improviso. De forma semelhante a outros momentos da Seleção, os trajes azuis foram adquiridos pelo chefe da delegação, Paulo Machado de Carvalho, antes da disputa da final contra a Suécia, time da casa que tinha o direito de usar o uniforme, também amarelo. Dessa forma,  foi proposta a inspiração no manto de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. 

Reprodução: Uniformes Cultura FC

Seleção brasileira levanta a primeira taça vestindo azul

Desde então, não houve grandes mudanças no uniforme da seleção, que mantém a titularidade do verde e amarelo e conserva a tradição do modelo azul. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) afirmou em nota que os padrões serão mantidos para a Copa de 2026, o que desmentiu os rumores de uma camisa vermelha substituindo o azul, reafirmando o compromisso com o estatuto da instituição, que assegura que os uniformes devem obrigatoriamente apresentar as cores da bandeira nacional. 

Brasil pós-Senna: Gabriel Bortoleto é o novo nome nacional da Fórmula 1

Brasil pós-Senna: Gabriel Bortoleto é o novo nome nacional da Fórmula 1

Campeão da Fórmula 2 e 3 em suas estreias, ele chega como o 33º piloto brasileiro na competição.

Por: Geovana Costa

 

Gabriel Bortoleto é o novo nome brasileiro na principal competição automobilística do mundo. Ele correrá pela equipe Sauber, a mesma pela qual Felipe Massa estreou na Fórmula 1. Além de Bortoleto, o grid conta com dois pilotos reservas brasileiros: Felipe Drugovich (Aston Martin) e Pietro Fittipaldi (Haas).

 

 Foto divulgação 

 

Natural de São Paulo, Bortoleto iniciou sua trajetória no automobilismo aos seis anos, no kart, destacando-se no Brasil e na Europa. Em 2020, passou a competir em categorias de fórmula, conquistando reconhecimento. Sua ascensão veio em 2023 e 2024, quando venceu os campeonatos da Fórmula 3 e Fórmula 2 em sua temporada de estreia. Aos 20 anos, começa agora na Fórmula 1.

 

O último piloto titular brasileiro a disputar uma corrida da F1 foi Felipe Massa, em 2017, pela Williams. Ele estreou na categoria em 2002, justamente pela Sauber. Em 2003, atuou como piloto de testes e voltou de forma definitiva em 2004. Em sua primeira temporada, pontuou na segunda corrida — em 17 de março de 2002, na Malásia — terminando em sexto lugar, posição que ainda recebia pontuação na época. Massa concluiu o campeonato com quatro pontos, em 13º lugar.

 

Outro nome de destaque no período pós-Senna foi Rubens Barrichello, que estreou em 1993, pela Jordan. Naquele ano, com o mesmo sistema de pontuação para os seis primeiros colocados, Barrichello pontuou apenas na penúltima corrida da temporada, encerrando o campeonato com dois pontos e a 18ª posição geral.

 

Reprodução/ Getty Imagens

 

O fato de serem paulistas não é o único ponto em comum entre os três nomes que ganharam relevância após Ayrton Senna. Todos enfrentaram dificuldades em suas estreias na Fórmula 1. A temporada de 2025 começou em 16 de março e já contou com cinco corridas. Bortoleto ainda busca se destacar em meio a um grid competitivo. Atualmente, apenas os dez primeiros colocados pontuam, e Gabriel vem figurando nas últimas posições da classificação.

 

Além de Bortoleto, o Brasil conta com outros representantes na Fórmula 1. Felipe Drugovich, reserva da Aston Martin, é considerado uma promessa do automobilismo nacional. Ele já participou de cinco sessões de treinos livres e três testes de fim de temporada. Pietro Fittipaldi — neto do bicampeão mundial Emerson Fittipaldi — iniciou sua trajetória na Fórmula 1 em 2019. Em 2020, substituiu Romain Grosjean nas últimas corridas da temporada após grave acidente do francês. Massa foi o último brasileiro titular, e Pietro, o último reserva a participar oficialmente de uma corrida na categoria.

 

A próxima etapa acontece no dia 4 de maio, em Miami, com formato sprint (corrida mais curta, realizada na véspera da principal). O treino livre será realizado na sexta-feira, 2 de maio, às 13h30m. A classificação para o sprint está marcada para às 17h30m do mesmo dia. A corrida sprint ocorre no sábado, às 13h, seguida da classificação oficial às 17h. O Grande Prêmio será disputado no domingo, às 17h (horário de Brasília).

 

Reprodução/ Getty Imagens

 

Calendário das próximas etapas da F1 2025

1. GP de Miami (EUA) 2 a 4 de maio

2. GP da Emília-Romanha (Itália) 16 a 18 de maio

3. GP de Mônaco 23 a 25 de maio 

4. GP da Espanha 30 de maio a 1º de junho 

5. GP do Canadá 13 a 15 de junho

6. GP da Áustria 27 a 29 de junho

7. GP da Grã-Bretanha 4 a 6 de julho 

8. GP da Bélgica 25 a 27 de julho 

9. GP da Hungria 1 a 3 de agosto 

10. GP dos Países Baixos 29 a 31 de agosto 

11. GP da Itália 5 a 7 de setembro

12. GP do Azerbaijão 19 a 21 de setembro

13. GP de Singapura 3 a 5 de outubro 

14. GP dos Estados Unidos 17 a 19 de outubro 

15. GP da Cidade do México 24 a 26 de outubro 

16. GP de São Paulo (Brasil) 7 a 9 de novembro 

17. GP de Las Vegas 20 a 22 de novembro

18. GP do Catar 28 a 30 de novembro

19. GP de Abu Dhabi 5 a 7 de dezembro

Hugo Calderano: inspiração e ídolo dos colegas

Hugo Calderano: inspiração e ídolo dos colegas

Victoria Strass e Theo Cruz, entre outros, declararam admiração ao campeão mundial

Por: Lívia Martinho

 

Em uma competição historicamente dominada por asiáticos e europeus, Hugo Calderano escreveu seu nome na história ao vencer a Copa do Mundo de Tênis de Mesa, realizada em Macau, na China. Com o título, tornou-se o primeiro atleta fora do eixo Ásia-Europa a conquistar o torneio, quebrando barreiras e provando que talento e dedicação podem levar um brasileiro ao topo do pódio.

Foto: Reprodução/Instagram

Aos 28 anos, Calderano acumula feitos impressionantes: são oito medalhas em Jogos Pan-Americanos, sendo o primeiro tricampeão individual masculino da história da competição. Ele também foi o primeiro brasileiro e latino-americano a figurar no Top 10 do ranking mundial da ITTF (Federação Internacional de Tênis de Mesa), além de alcançar a melhor posição já ocupada por um atleta de fora dos continentes asiático e europeu.

Mais do que colecionar troféus, o impacto de suas vitórias vai além das quadras. Calderano tem sido peça fundamental na popularização do tênis de mesa no Brasil, atraindo a atenção da mídia e aproximando o público de uma modalidade que por muito tempo permaneceu à margem do noticiário esportivo. Seu sucesso também tem inspirado uma nova geração de atletas, mostrando que é possível alcançar reconhecimento. A atleta paralímpica Lethicia Rodri, por exemplo, celebrou sua conquista nas redes sociais, chamando-o de inspiração. Victoria Strass o exaltou como ídolo, e outros nomes do tênis de mesa nacional, como Theo Cruz, Vitor Ishiy e Felipe Arado, também expressaram admiração pelo atual campeão mundial. 

A trajetória de Hugo Calderano remete inevitavelmente a outro ícone do esporte nacional: Hugo Hoyama. Com dez medalhas de ouro em Jogos Pan-Americanos e seis participações olímpicas, Hoyama foi, por anos, o principal nome do tênis de mesa brasileiro. Calderano o reconhece como uma de suas maiores referências. Em 2011, ainda no início da carreira, enfrentou e venceu Hoyama em uma seletiva para o Campeonato Latino-Americano, realizada no Centro de Treinamento da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa. “Estou muito feliz! É um dia especial para mim. Quando comecei a jogar, nunca imaginei que um dia fosse enfrentar o Hugo Hoyama, que é um ídolo para mim — muito menos vencê-lo”, declarou na época.

Com essa conquista histórica, agora no topo do mundo, o mais novo campeão mundial consolida sua posição entre os grandes nomes do tênis de mesa e reforça seu papel como inspiração para os jovens atletas brasileiros. Seu sucesso é a continuação de um legado de perseverança e dedicação iniciado por Hoyama, que ganha força com a presença de Calderano no topo do mundo.

Dessa forma, ele abre caminhos para o futuro do tênis de mesa no Brasil, ampliando a visibilidade da modalidade, atraindo novos talentos e provando que o esporte brasileiro tem, sim, potencial para formar campeões globais.

América do Sul recebe pela primeira vez Mundial de Ginástica Rítmica

América do Sul recebe pela primeira vez Mundial de Ginástica Rítmica

Campeonato será realizado no Rio de Janeiro.

Por: Amanda Souza

Reprodução: Instagram/Foto: Ricardo Bufolin/CBG

 

Pela primeira vez na história, o Campeonato Mundial de Ginástica Rítmica da FIG (Federação Internacional de Ginástica) será realizado na América do Sul. O Brasil foi escolhido como país-sede da 41ª edição do evento, que acontecerá entre os dias 20 e 24 de agosto, no Rio de Janeiro. A competição será disputada nas Arenas Cariocas I e II, localizadas no Parque Olímpico, na Barra Tijuca, Zona Oeste da capital fluminense.

O Mundial reunirá as melhores atletas da ginástica rítmica internacional e marcará o início do novo ciclo olímpico, em preparação para os Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028. 

A escolha do Brasil como país-sede reforça, não apenas o crescimento da ginástica rítmica em território nacional, mas também o protagonismo do país em competições internacionais. Um exemplo notável desse avanço foi a brilhante atuação da seleção brasileira nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, em 2023, quando as atletas conquistaram todas as oito medalhas de ouro possíveis na modalidade além de quatro pratas e um bronze, totalizando 13 medalhas.

O evento será uma oportunidade para o público brasileiro acompanhar de perto o espetáculo da ginástica rítmica de alto nível e deve impulsionar ainda mais a prática do esporte entre jovens e crianças, especialmente em escolas e projetos sociais.

Confira a programação:

20/8 – Classificatória individual geral e por aparelhos

21/8 – Classificatória individual geral e por aparelhos

22/8 – Final Individual Geral (Arco + Bola + Maças + Fita)

23/0 – Final Geral Conjuntos (5 fitas + 3 bolas e 2 arcos)

24/8 – Finais Conjuntos (Simples – 5 fitas / Misto – 3 bolas e 2 arcos) Finais Individuais (Arco, Bola, Maças e Fita)

 

Ainda não há informações disponíveis sobre a venda de ingressos para o evento.

World Skate define idade mínima para os Jogos Olímpicos

World Skate define idade mínima para os Jogos Olímpicos

A fim de preservar a integridade dos atletas, participação será permitida a partir dos 14 anos.  

Por: Mariana Martins

Reprodução: Instagram (@skybrown)

Sky Brown nos Jogos Olímpicos de Paris 2024

 

A skatista britânica Sky Brown quase morreu aos 11 anos após grave acidente em treinamento em 2020.  Simone Biles, maior medalhista olímpica da ginástica artística, foi à Justiça contra o abuso sexual cometido pelo ex-médico da equipe de ginástica artística feminina dos Estados Unidos da América. Ainda hoje, atletas mirins são expostos a situações de vulnerabilidade, tanto física quanto mental.

 

A psicóloga Gabrielle Barcelos, doutoranda no Programa de Pós Graduação em Psicologia Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPGPS-UERJ), afirma que a exposição dos jovens de forma precoce a um alto nível de pressão, cobranças e exigências por resultados pode fazer com que os jovens desenvolvam sintomas de ansiedade, depressão e esgotamento. Além disso, a rígida rotina de treinos pode trazer um desequilíbrio para a vida dos jovens atletas, que precisam abrir mão de abrir mão de muitas experiências naturais de sua idade, como festas de amigos, viagens em família, podendo prejudicar o lazer, a educação e a construção de vínculos de amizade. 

 

Motivada por isso, a World Skate, federação que regula a prática de modalidades sobre patins e skate, anunciou que a partir de 2025, os atletas que vão participar das competições internacionais deverão ter, pelo menos, 11 anos, progredindo até as Olimpíadas de Los Angeles 2028, na qual o requisito será de 14 anos. A organização não é a primeira a adotar essa medida: as modalidades de ginástica artística feminina e saltos ornamentais também possuem um requisito de idade para as competições organizadas pela Federação Internacional de Ginástica e pela Federação Internacional de Natação, respectivamente. 

 

Reprodução: Instagram (@chlo_the_flo)

Chloe Covell representou a Austrália em Paris



Com a medida, os jovens terão mais tempo para se desenvolver como atleta, uma vez que, para Gabrielle, não há problema na participação juvenil nos campeonatos, mas sim na disputa com esportistas mais velhos, “que já têm recursos psicológicos mais elaborados se compararmos com crianças e adolescentes”. A psicóloga também destaca que, com a atual exposição às redes sociais, o acompanhamento por psicólogo(a) do esporte é essencial para auxiliar os atletas no “desenvolvimento desses recursos e manejo emocional”.

Das páginas para o mundo: Brasil na Copa do Mundo de Quadball 

Das páginas para o mundo: Brasil na Copa do Mundo de Quadball

Já imaginou praticar o esporte do seu livro favorito? E assistir ao seu país na competição mundial?

Por: Geovana Costa 

O Brasil disputará a Copa do Mundo de Quadball, que será realizada entre os dias 11 e 13 de julho, em Bruxelas e Tubize, na Bélgica. O torneio baseado na saga de Harry Potter, promete movimentar a comunidade esportiva e os fãs da literatura fantástica.

 

Reprodução/Instagram

 

No universo mágico do primeiro livro da coleção, escrito em 1997 por J. K. Rowling, o esporte é uma mistura de futebol e basquete jogados com vassouras voadoras. A adaptação do jogo surgiu em 2005, criada por estudantes da Universidade de Middlebury, nos EUA.

 

Fora dos livros, o esporte passou por diversas adaptações, chegando a uma mistura de três modalidades: handebol, queimada e rugby. O jogo é disputado por equipes mistas de sete jogadores, que competem com um cabo entre as pernas, representando as vassouras voadoras. O time vencedor é aquele que marcar mais pontos ao longo dos 17 minutos de partida.

 

O esporte chegou ao Brasil em 2010 por meio de Vinícius Mascarenhas, fundador do Rio Ravens, a primeira equipe do país. Com a sua rápida popularização, foi preciso a criação da ABRQ (Associação Brasileira de Quadball), que surgiu para representar os times, direcionar as pessoas interessadas e organizar melhor as diretrizes vindas da IQA (International Quadball Association).

 

Atualmente, o Brasil conta com 20 equipes associadas à ABRQ, participando de campeonatos nacionais e regionais, como o Brasileiro, o Carioca e o Paulista. Com a associação à IQA e à CSQ, órgãos que representam o quadball no âmbito internacional e sul-americano, respectivamente, o Brasil pode concorrer em competições internacionais.

 

Reprodução/ Facebook ABRQ

 

Campeão do último Pan-americano, o Brasil busca agora o título da Copa do Mundo na Bélgica. Pode-se acompanhar as informações pelas páginas oficiais da Associação Brasileira de Quadball e da seleção brasileira de quadball nas redes sociais.

As heroínas do futsal: quem são as jogadoras da seleção brasileira?

As heroínas do futsal: quem são as jogadoras da seleção brasileira?

Conheça as atletas que brilham nas quadras e representam o Brasil no futsal feminino.

Por: Amanda Souza

Reprodução: CBF Futsal/Foto: Danilo Camargo

Composta por algumas das melhores jogadoras do mundo, a seleção brasileira feminina de futsal foi coroada campeã da Copa América ao vencer a Argentina por 3 a 0. A campanha das brasileiras foi impecável, com 100% de aproveitamento: a equipe marcou 38 gols e sofreu apenas um, reafirmando-se como a grande potência do futsal feminino sul-americano.

Com apenas três jogadoras atuando no Brasil e 12 espalhadas por campeonatos de três países, conheça as atletas que, com talento, dedicação e espírito de equipe, estão construindo uma trajetória de sucesso na seleção brasileira de futsal feminino.

GOLEIRAS

Bianca – Stein Cascavel (BRA): Uma atleta de destaque no futsal. Em 2022, foi agraciada com o Prêmio Futsal Planet Awards como Melhor Goleira Feminina do Mundo, tornando-se a primeira brasileira a conquistar esse reconhecimento desde o início da premiação, em 2015. O feito se repetiu em 2023, quando foi eleita, pela segunda vez consecutiva, a melhor goleira do mundo.

Jozi – Bitonto (ITA): Jozi é uma das figuras mais marcantes do futsal feminino, com uma carreira de destaque e mais de 50 títulos conquistados, incluindo cinco mundiais. A atleta, que iniciou sua trajetória no handebol, também é formada em psicologia.

Flavi – Taboão Magnus (BRA): Flavi se destaca como uma referência no futsal feminino. Em 2019, sua atuação a levou a ser indicada ao Prêmio Futsal Planet Awards como Melhor Goleira do Mundo.

FIXAS

Taty – Pescara (ITA): Reconhecida como a 5ª melhor jogadora do mundo no prêmio FIFA The Best, ela construiu uma carreira repleta de conquistas, incluindo múltiplos títulos nacionais e internacionais.

Camila – FSF Castro (ESP): Eleita a melhor jogadora do mundo em 2023, após brilhar pelo Stein Cascavel — seu antigo clube — e pela seleção brasileira, a atleta foi destaque da Copa do Mundo e do futsal em 2022. Liderou o Stein às conquistas da Libertadores e da Liga Feminina.

Diana – Bitonto (ITA): Com quatro títulos mundiais pelo Brasil, ela figurou três vezes na lista das 10 melhores jogadoras de futsal feminino do mundo nas temporadas de 2016, 2017 e 2018, destacando-se na Libertadores de 2016, no Estadual Adulto Catarinense de 2017 e na Copa das Campeãs de 2019.

ALAS

Amandinha – Torreblanca (ESP): Amandinha recebeu o prêmio de melhor jogadora de futsal do mundo por oito vezes consecutivas, estabelecendo um recorde na modalidade. Sua carreira acumula todas as conquistas possíveis no cenário nacional e com a seleção. Entre os títulos, destacam-se duas Copas do Mundo.

Emilly – Burela (ESP): Emilly recebeu o prêmio de jogadora do ano e foi selecionada como a melhor ponta direita na Primera División de Fútbol Sala 2024. No Futsal Planet Awards 2023, ela figurou entre as 10 melhores jogadoras do planeta; em 2022, já havia sido eleita a 6ª melhor jogadora do mundo.  

Tampa – Bitonto (ITA): Com uma carreira repleta de títulos, ela se destacou como artilheira do Brasil e da Copa América de Futsal Feminino, marcando seis gols decisivos. Em 2020, foi reconhecida entre as 10 melhores atletas de futsal do mundo, evidenciando seu impacto na modalidade.

Vanin – CMB Futsal (ITA): Indicada como a melhor do mundo por seis anos consecutivos, a brasileira destacou-se no futsal, sendo artilheira do Campeonato Italiano em três edições consecutivas. Sua carreira inclui experiências no futebol de campo, tendo atuado pela Chapecoense e disputado o Brasileirão de 2015 pelo Avaí. 

Bia – Torreblanca (ESP): Vem se destacando no cenário internacional do futsal feminino com atuações de grande impacto. Na Copa da Rainha, ela alcançou a posição de maior goleadora.

Nati Detoni – Benfica (POR): Destaque do Benfica, ela foi campeã do torneio de Xanxerê, conquistou a Taça da Liga Feminina e a Supertaça Feminina de Futsal, além de ter sido a melhor na Liga Feminina Placard, com nove gols marcados.

PIVÔS

Lucileia – Bitonto (ITA): Reconhecida como a melhor jogadora do mundo em 2013 e indicada em 2023, ela foi campeã da Liga Italiana Feminina de Futsal, da Taça de Itália, do Torneio Internacional de Xanxerê de Futsal Feminino e do Mundialito de Futsal Feminino, além de ser pentacampeã da Copa América.

Ana Luiza – Torreblanca (ESP): Em 2019, ela conquistou tanto a Copa América quanto o Grand Prix e, em 2018, venceu o Sul-Americano Sub-20. Foi, também, um dos destaques do Brasil no vice-campeonato do Mundial Universitário.

Natalinha – Taboão Magnus (BRA): Entre as 10 melhores jogadoras do mundo em 2022, ela foi campeã da Supercopa, da Copa Libertadores, do Torneio Internacional de Xanxerê e da Copa do Brasil. Na final da Copa América, marcou dois dos três gols do Brasil.

Com a conquista, a seleção brasileira de futsal feminino chegou ao seu oitavo título da Copa América, ampliando sua hegemonia na competição. As conquistas anteriores foram em 2005, 2007, 2009, 2011, 2017, 2019 e 2023. A única edição não vencida pelo Brasil foi em 2015, quando a Colômbia levou seu primeiro título. Na ocasião, a seleção brasileira não participou do torneio.

Agora, a equipe direciona seu foco para o Mundial da FIFA, onde almeja somar mais um título à sua trajetória vitoriosa no futsal feminino.

Exibição de documentário retoma a história do futebol feminino no Brasil

Exibição de documentário retoma a história do futebol feminino no Brasil

‘As Primeiras’ acompanha as mulheres que ousaram jogar futebol quando ainda era proibido.

Por: Mariana Martins

   Reprodução: Olé Produções

Cartaz oficial do filme

 

O filme dirigido por Adriana Yañez refaz o caminho da modalidade no país, quando o Esporte Clube Radar -time do Rio de Janeiro- desafiou a legislação ao criar o primeiro elenco só com mulheres, que ficaram marcadas por darem condições para o crescimento da modalidade no país. Porque, entre os anos de 1941 e 1979, o futebol feminino era proibido pelo Decreto-lei 3199\Art.54, promulgado pelo presidente Getúlio Vargas, e considerava a prática de determinados desportos “incompatíveis com as condições de sua natureza”. 

Reprodução: Olé Produções

Primeira seleção feminina de futebol.

 

A primeira convocação para seleção feminina pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF)  foi em 1988, quando a  Fifa promoveu o Torneio Experimental da China, campeonato que tinha como objetivo testar a viabilidade de realizar uma Copa do Mundo Feminina. A equipe brasileira foi formada por todas as atletas do time Radar, que passaram a representar a camisa da nação que já havia conquistado três títulos mundiais no futebol masculino.

No documentário, as ex-jogadoras Elane dos Santos Rego, Leda Maria Cozer Abreu, Maria Lucia da Silva Lima (Fia), Mariliza Martins da Silva (Pelé), Marisa Pires Nogueira, Roseli de Belo e Rosilane Camargo Motta (Fanta) se reúnem para relembrar o passado e as experiências proporcionadas pelo pioneirismo no futebol feminino, relatando o preconceito e o descaso da CBF com a prática esportiva, uma vez que elas não tinham nem mesmo uniformes próprios: as roupas que elas usavam durante as partidas oficiais eram emprestadas da equipe masculina. 

 

Reprodução: Brasil de Fato

As pioneiras se reúnem para o documentário.

 

Além disso, o filme também mostra como estão as vidas das mulheres que representaram o Brasil internacionalmente. Hoje, muitas delas possuem trabalhos informais, como ambulante, motorista de Uber, churrasqueira, pedreira e treinadora de futebol em projetos sociais.

As Primeiras terá exibições no Rio de Janeiro nos bairros de Copacabana, Flamengo, Cocotá, Madureira e Tijuca a partir de 4 de abril com entrada gratuita em diferentes unidades do Sesc.

Saúde mental no esporte: desafio que não pode ser ignorado

Saúde mental no esporte: desafio que não pode ser ignorado

Atletas brasileiros compartilham suas experiências e ressaltam a importância do cuidado com a saúde mental.

Nos dias de hoje, a importância de um acompanhamento adequado da saúde mental é cada vez mais valorizada nas carreiras dos atletas. Devido à pressão constante, à competição diária e à busca pela perfeição, é comum o surgimento de problemas como depressão, ansiedade, Síndrome de Burnout, distúrbios do sono, entre outros. Essas adversidades afetam não apenas o desempenho do atleta, mas também sua vida pessoal. Nesse contexto, alguns optam por dar uma pausa em suas carreiras para priorizar sua saúde mental.

Foto: Reprodução/Instagram

 

Tatiana Weston-Webb, a primeira brasileira medalhista do surfe feminino, anunciou em suas redes sociais que irá interromper temporariamente sua carreira para priorizar sua saúde mental quando percebeu sinais de desgastes emocionais e físicos. “A pausa não é o fim, mas um recomeço” declarou a surfista, logo após enfatizar a importância de debater as questões mentais de um atleta mesmo que, para alguns, ainda seja difícil discutir sobre o assunto.

 

Além de Tatiana Weston-Webb, o surfista Gabriel Medin tomou essa mesma decisão em 2022, após um ano de 2021 marcado por problemas pessoais e pela pressão externa e interna constante no esporte, que resultaram em um episódio de depressão no atleta. Após cinco meses de pausa e recebendo ajudas psicológicas, Medina retorna às águas ressaltando a importância de se dar atenção ao bem-estar mental e emocional dos esportistas, sendo um problema que não pode ser ignorado. 

 

No futebol, há o caso de Thiago Galhardo que pediu afastamento de suas obrigações com o Fortaleza após o atentado contra o ônibus do clube cearense. O jogador, mesmo com objeções, comunicou em suas redes que após o ocorrido passou a enfrentar crises de pânico e alertou os torcedores de que os atletas também possuem suas fragilidades.

 

No volêi, as histórias de Douglas Souza e Gabi Cândido são parecidas: ambos abdicaram da convocação da seleção brasileira para priorizar sua saúde mental. Douglas tomou essa decisão após ser diagnosticado com depressão.  A rotina incansável de treinos, o corpo dando sinais de desgastes e a falta de tempo dedicado à família são causas para a sentença do esportista.  Com Gabi Cândido não foi diferente; a atleta relatou que estar na seleção brasileira exige uma cobrança e pressão muito grandes que podem resultar em problemas mentais graves ao longo do tempo.

 

Com esses casos é possível observarmos que a cobrança excessiva, o descuido com a saúde mental, a sobrecarga pessoal e a rotina de treinamento estressante são motivos dos principais problemas dos atletas ao lidar com os impactos do esporte de alto nível.

 

Portanto, fazendo uma psicoeducação sobre saúde mental, criando um ambiente de suporte para os atletas, com acompanhamento profissional de psicólogos e criando um ambiente no qual os atletas se sintam seguros e à vontade para falar sobre todas as suas dificuldades, são medidas que ajudariam a prevenir os problemas de saúde mental no esporte.