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Projeto Rim oferece educação sobre saúde renal
Conheça o projeto de conscientização e esteja atento sobre o bom funcionamento dos rins
Por: Alice Moraes
Projeto Rim no evento Uerj Sem Muros. Da esquerda para direita: Pedro Henrique Soares, Tatiane Campos e Vivian Mendes. (Foto: Alice Moraes)
Controlar a pressão arterial, dosar a creatinina, não fumar, controlar a diabetes, evitar o alto consumo de sal, fazer uma alimentação balanceada e ingerir água. Esses são alguns fatores que previnem a doença renal crônica, de acordo com a estudante Vivian Mendes, de 23 anos, que está no sexto período do curso de enfermagem na Uerj.
A jovem faz parte do Projeto Rim, que esteve presente na programação do Uerj Sem Muros, no dia 27 de março. No evento, o projeto foi apresentado com intuito de educar a respeito da saúde renal. “O que motiva o projeto é transmitir a prevenção, pois prevenir é um ato de cuidar. E é isso que a enfermagem faz”, explicou ela.
Os números de doença renal crônica têm crescido ultimamente. Por isso, Vivian enfatizou que é uma doença silenciosa e pouca gente sabe sobre ela.
O que é a doença renal crônica (DRC)?
É quando ocorre a falência dos rins. Consequentemente, o paciente precisará de uma terapia de substituição do rim defeituoso. “Existem três opções nesse caso: a hemodiálise, adiálise peritoneal e o transplante renal”, explica Tatiane Campos, professora da faculdade de enfermagem da Uerj e coordenadora do Projeto Rim.
A hemodiálise é um tratamento no qual uma máquina faz a filtração do sangue. O paciente precisa ir até a clínica para realizar o procedimento semanalmente. Já na diálise peritoneal, que o paciente precisa fazer todos os dias, em casa, ele recebe a orientação necessária para o uso de um cateter. O cateter vai inserir um líquido na cavidade abdominal e esse líquido será responsável por filtrar o sangue.
No transplante renal, o paciente recebe um novo rim de um doador, que pode ser um familiar ou amigo. No segundo caso, é preciso que o doador tenha uma autorização judicial. Caso o doador seja um falecido por morte encefálica, a família deste autoriza a doação do órgão, que é encaminhado para alguém que está na fila aguardando pelo transplante.
Por que aprender sobre o cuidado renal?
O Projeto Rim foca na conscientização, de acordo com a professora Tatiane. O programa já realizou, na Uerj, ações de orientação sobre a importância de dosar a creatinina, explicando qual o objetivo do exame e de cuidar da saúde renal. O projeto tem papel, então, de educar sobre saúde e acolher os pacientes.
De acordo com o Ministério da Saúde, em Boletim Epidemiológico divulgado no mês de setembro do ano passado, em 2023 houve 140.648 internações por doenças renais crônicas no Brasil. Isso indica 56.311 internações a mais comparado ao ano de 2010, no qual ocorreram 84.337 internações hospitalares devido à DRC.
A pesquisa realizada também mostra que em 2022 ocorreram 8.429 mortes por doença renal crônica no país. Nesse cenário de números crescentes de DRC, o Projeto Rim vem com o objetivo de auxiliar a população a entender sobre a saúde dos rins e incentivar esse cuidado.
Medir a creatinina
A creatinina é medida pelo exame de sangue ou de urina. Esse exame é feito para identificar o bom ou o mau funcionamento dos rins. “A creatinina é um resíduo da creatina, por isso ele precisa ser eliminado. Quando se encontra muita creatinina no sangue, significa que os rins não estão filtrando bem”, esclareceu Vivian. O alto nível de creatinina no sangue pode indicar, então, uma doença nesses órgãos.
Ao realizar a medição de creatinina, a pessoa pode averiguar o bom funcionamento dos seus rins. Por isso, o Projeto Rim conscientiza sobre o exame.
Futuro do projeto
Em 2016, a ação de conscientização sobre saúde por meio do Projeto Rim teve início. Agora, a equipe do projeto tem ideias para o futuro. Eles pretendem aumentar o alcance da educação sobre saúde, o que consequentemente diminuirá os números de DRC. A equipe quer, também, a troca de ideias e de conversas e o aumento da visibilidade do projeto.
Para acompanhar o programa, obter mais informações e tirar dúvidas, acesse o Instagram @projeto.rim.