Exposição “Amamentamos Esse País” chega à Uerj

Exposição “Amamentamos Esse País” chega à Uerj

Um grito da maternidade preta em forma de arte.

Por: Gabriela Martin

Fotografia da exposição “Amamentamos esse país”. Foto: Gabriela Martin

 

O Laboratório de Fotografia da Faculdade de Comunicação Social da Uerj inaugurou, na quinta-feira (24), a exposição “Amamentamos Esse País”, da artista visual Marina S. Alves. A instalação de fotografias e vídeo funcionará até dezembro, de segunda a sexta, das 9h às 19h, na sala 10.018, no 10° andar da Uerj.


Com a curadoria de Leandro Pimentel, o trabalho é o resultado do encontro de quatro mulheres que perderam seus filhos vítimas da violência do Estado. A artista visual reuniu Bruna, Mônica, Nadia e Nívia, que compartilharam memórias e documentos pessoais dos seus filhos.


Contrapondo-se ao discurso hegemônico, Marina busca, por meio de suas obras, humanizar os relatos dessas mães a partir da afetividade e das memórias em vida dos jovens. “Ele amava essa bermuda de bolinha que eu comprei lá em Madureira. Quando abriu atrás, ele mesmo costurou”, rememora Nadia, em vídeo produzido pela artista.

 

Roda de Conversa. Nivia, Marina, Mônica e Nadia. Foto: Gabriela Martin

 

Roda de Conversa. Foto: Lívia Maria Oliveira

 

Por meio das fotografias e vídeo, essas mulheres buscam denunciar o racismo entranhado na sociedade, evidenciando a impunidade e a justiça seletiva do país. “Amamentamos Esse País” é fruto da união e da corrente de apoio entre essas mães. “Você perde um filho e aí a quem você recorre? Quando você é uma mulher preta, periférica, o que você faz? Você se junta. Você se aquilomba. Esse projeto é um aquilombamento de mulheres pretas, com uma rede de apoio poderosa”, reflete a artista durante roda de conversa que inaugurou o evento.


A ressignificação de justiça em forma de afeto e arte é um conforto a essas mulheres, que sofrem todos os dias com o abandono e a violência causada pelo Estado. Sobre isso, Nívia cria um conceito chamado de “justiça afetiva”, e explica: “Por isso eu criei esse conceito de ‘justiça afetiva’, nós acreditamos muito mais nessa justiça, a que nós produzimos, do que nessa justiça criada de branco para branco”.

Sobre o processo artístico


Marina S. Alves, que, além de artista visual, é cientista social e angoleira, contou ainda na roda de conversa que inaugurou o evento um pouco do processo criativo e das técnicas utilizadas. A escolha de fotografar documentos como carteira de trabalho, boletim escolar e identidade tem um valor simbólico que materializa a existência daqueles jovens, além do viés de resistência, já que houve a tentativa do Estado de apagá-los ou destruí-los.

 

Fotografia da exposição “Amamentamos Esse País”. Foto: Gabriela Martin

 

Uma de suas obras é a fotografia da carteira de trabalho nunca assinada de uma das vítimas. Marina fala o quanto essa foto é significativa no contexto social brasileiro. “Pra mim, ela é um resumo do que é o Brasil estruturalmente. Os meninos nunca tiveram carteira assinada. E isso significa muita coisa. E não é porque eles não tentaram”.

 

Quanto à estética, a artista diz que o projeto foi separado em duas partes, a primeira feita em uma luz fria e direta, no porão de sua casa. Já a segunda foi fotografada ao ar livre, na natureza. Marina explica que utilizou um vidro que foi colocado na grama e, em cima dele, ela posicionou os documentos, fazendo uma conversa do céu, a partir do reflexo do vidro, com a terra.

WSL 2025: Estrelas brasileiras do surf

WSL 2025: Estrelas brasileiras do surf

Conheça os brasileiros que estarão entre a elite do surf mundial.

Por: Livia Bronzato

Doze surfistas representarão a Tempestade Brasileira na Championship Tour (CT) da World Surf League (WSL) em 2025. Os nomes foram confirmados após a etapa de Saquarema da Challenger Series, que aconteceu em 16 de outubro. Serão 11 surfistas no masculino e 1 no feminino. Confira os nomes abaixo.

Tatiana Weston-Webb será a única representante feminina na elite do surfe. Tati coleciona medalhas ao longo de sua carreira. Ela levou a prata nas Olimpíadas de Paris 2024. Já nos Jogos Pan-americanos, conseguiu alcançar o ouro na edição de 2023. Weston-Webb é uma grande atleta brasileira e possui grandes chances de alcançar o pódio na próxima edição da CT da WSL.

Foto: Ed Sloane/WSL

Tati Weston-Webb em sua performance.

O Brasil é muito bem representado na categoria masculina, possuindo muitos nomes talentosos. Ítalo Ferreira, Yago Dora e Gabriel Medina também estarão na CT de 2025.
Ítalo foi vice-campeão na WSL 2024, além de já ter conquistado o ouro nas Olimpíadas de Tóquio 2020. Medina é tricampeão mundial de surf da ASP World Tour (2014, 2018 e 2021), mas ficou de fora do Finals em 2024. E Yago Dora disputou o título esse ano, terminando em sexto lugar.

Foto: Matt Dunbar/WSL

Surfista Gabriel Medina.

Foto: Divulgação/WSL

Ítalo Ferreira em ação.

Na Challenger Series, os surfistas podem conquistar uma vaga para a Championship Tour. Entre as 10 disponíveis, 6 foram levadas por nossos atletas: Samuel Pupo, Miguel Pupo, Deivid Silva, Alejo Muniz, Ian Gouveia e Edgard Groggia.

Além disso, Filipe Toledo e João Chianca, conhecido como Chumbinho, participarão da CT de 2025. Eles estão como Wildcards, uma espécie de convite da WSL. Filipe é bicampeão mundial e não participou da CT deste ano, para cuidar da sua saúde psicológica.

Calendário completo de 2025:
  • Pipeline, Havaí: 27 de janeiro a 8 de fevereiro
  • Surf Abu Dhabi, Abu Dhabi: 14 a 16 de fevereiro
  • Peniche, Portugal: 15 a 25 de março
  • Punta Roca, El Salvador: 2 a 12 de abril
  • Bells Beach, Austrália: 18 a 28 de abril
  • Snapper Rocks, Austrália: 3 a 13 de maio
  • Margaret River, Austrália: 17 a 27 de maio
  • Lower Trestles, EUA: 9 a 17 de junho
  • Saquarema, Brasil: 21 a 29 de junho
  • Jeffreys Bay, África do Sul: 11 a 20 de julho
  • Teahupo’o, Taiti: 7 a 16 de agosto
  • Cloudbreak, Fiji: 27 de agosto a 4 de setembro (Finals)

Exposição “Arritmias” está em cartaz na Uerj

Exposição “Arritmias” está em cartaz na Uerj

Por: Alice Moraes e Gabriela Martin

Galeria Candido Portinari, exposição “Arritmias”. Foto: Alice Moraes

Foi inaugurada, dia 10 de outubro na Galeria Candido Portinari, a exposição “Arritmias”, que reúne obras de 15 artistas. Organizada pelo Departamento Cultural da Uerj (DeCult) e pela Coordenadoria de Exposições (Coexpa) da Universidade, a exposição gratuita ficará disponível para visitação até o dia 06/12, das 10h às 19h.

Com a curadoria de Analu Cunha, Ana Tereza Prado Lopes, Gustavo Barreto e Marisa Flórido, “Arritmias” busca provocar reflexões sobre as diferentes leituras de ritmos no cotidiano e a consonância e o desalinho desses ritmos. “Precisamos pensar em qual velocidade a gente vive. Vivemos o imediatismo impulsivo das redes sociais, orientadas pelo ritmo do código binário. A qual tipo de servidão o universo digital nos coloca? O que ganhamos e o que perdemos com isso?”, questiona a crítica de arte e curadora Marisa Flórido, em entrevista para a Diretoria de Comunicação Social da Uerj (Comuns).

Dentre os artistas de “Arritmias” estão Alexandre Paes, Analu Cunha, Amador e Jr., Chang Chi Chai, Darks Miranda, Floriano Romano, Gabriela Machado, Gabriela Mureb, Ismael David, Kátia Maciel, Lin Lima, Martha Niklaus, Mayana Redin, Natália Quinderé e Roberta Paiva. 

A educadora e mediadora da exposição explicou o porquê da exposição se chamar “Arritmia”. Melissa Oliveira, de 24 anos, pontuou que “a ideia da exposição é trazer um pouco dos ritmos, em relação ao som e movimento”. De acordo com a mediadora, cada visitante terá uma experiência diferente com cada vídeo arte das obras. “Cada ritmo traz algo diferente dependendo de quem assiste”, esclareceu Melissa. 

Vídeo arte “Lambada Estranha”, 2020, Darks Miranda. Foto: Alice Moraes

Na obra acima, a mediadora contextualizou seu significado. Intitulado “Lambada estranha”, o vídeo arte mostra dançarinos executando movimentos leves e delicados em meio a uma música animada. Sobre isso, Melissa explicou: “Aquele vídeo está tocando música acelerada e a dança em um ritmo devagar. Nos traz um questionamento, então. Será que precisamos dançar conforme a música?” 

Por meio de materiais diversos como vídeos, lápis, cerâmicas, laptop, sapatos, motor vibratório de celular, cordas, cadernos e sementes, os artistas buscam evidenciar o cotidiano e suas complexidades, ao refletir sobre o acelerado ritmo do dia a dia, que sem os momentos de pausa se torna uma arritmia.

 O Teatro Ziembinski vive

O Teatro Ziembinski vive

Reinaugurado após quatro anos fechado, desde o início da pandemia de COVID-19, o Ziembinski quer democratizar o acesso à cultura na zona norte do Rio

Por Samira Santos e Vinicius Rodrigues

Teatro Municipal Ziembinski (Reprodução: Vinicius Rodrigues)

Localizado no bairro da Tijuca, na zona norte do Rio de Janeiro, o Teatro Municipal Ziembinski está com uma programação intensa e diversificada, que tem atraído o público adulto e infantil da região. Espetáculos premiados como “Calango Deu! Os causos da Dona Zaninha”, que está há 12 anos em cartaz nos teatros pelo Brasil, pode ser visto no Ziembinski até o dia 27 de outubro.

O teatro passou por 6 meses de obras e reformulações pela prefeitura do Rio, a partir de dezembro de 2023, que contaram com acessibilidade física tanto para o público quanto para os artistas, e as obras reformularam também o entorno do teatro, como a praça na qual está situado, que fica próximo da estação de metrô São Francisco Xavier. A reinauguração do Ziembinski ocorreu entre julho e agosto de 2024, após passar quatro anos fechado, desde o início da pandemia de COVID-19, em 2020. 

Construído em 1988, pelo ator Walmor Chagas, o nome do teatro presta homenagem ao ator e diretor polonês Zbigniew Ziembinski, que revolucionou o teatro brasileiro com sua introdução ao papel do encenador, por destacar a iluminação cênica, e valorizar o trabalho dos atores como um processo de investigação técnica e inventiva.

O gestor do Ziembinski, Luiz Fernando Pinto, destaca a importância do espaço teatral para difusão das artes cênicas para a cultura da zona norte do Rio, que carece de teatros como forma de entretenimento para a população local:

“A Zona Norte é uma região rica em criatividade, abrigando importantes manifestações culturais, grandes artistas e uma diversidade vibrante que contribui para a projeção do Rio de Janeiro no Brasil e no mundo. Espaços culturais dinâmicos, com programação contínua e uma conexão forte com o território, desempenham um papel crucial no desenvolvimento da região. Eles não só incentivam a convivência e a troca de experiências, como também promovem uma sensação de bem-estar e segurança. Esses espaços tornam-se centros vivos de encontro, fundamentais para uma vida urbana mais saudável e pulsante”, diz Luiz Fernando.

O gestor do Teatro Municipal Ziembinski ainda destaca que, desde a sua reabertura, as produções têm disponibilizado cortesias para grupos de crianças de comunidades como o Morro do Salgueiro e o Morro dos Macacos, entre outras da Zona Norte. Parcerias que visam democratizar o acesso à cultura e incentivar a participação da comunidade nas atividades do Ziembinski.

O Teatro Municipal Ziembinski conta com programação diversa e preços populares de terça a domingo que podem ser conferidos em sua página no Instagram, e no site Rio Cultura: 

Instagram:

https://www.instagram.com/teatromunicipalziembinski.rio/

Site Rio Cultura, de compra de ingressos com programação:

https://riocultura.eleventickets.com/#!/evento/52bbdac8d6292f6d03da028c971b81a83c430d8d

Brasileiros conquistam o ouro no Pan-Americano de Tênis de Mesa 2024

Brasileiros conquistam o ouro no Pan-Americano de Tênis de Mesa 2024

Brasil lidera quadro de medalhas com 3 ouros, 3 pratas e 4 bronzes na edição de El Salvador, realizado nos dias 13 a 20 de outubro.

Por: Livia Bronzato

Hugo Calderano se consagra pentacampeão

O mesatenista levou a melhor em todas as vezes que disputou individualmente nessa competição, em 2017, 2021, 2022, 2023 e, agora, 2024.
Calderano, mantendo seu legado, conquistou o título individual ao derrotar Vitor Ishiy por 4 sets a 0. Com isso, Ishiy, que também é atleta do Brasil, levou a medalha de prata. Já o bronze foi compartilhado entre o brasileiro Leonardo Iizuka e o argentino Horacio Cifuentes.

 

Foto: Reprodução/ITTF Americas

Da esquerda para a direita,Ishiy, Calderano, Iizuka e Cifuentes no pódio do evento.

 

Em outros campeonatos o atleta também possui bons resultados. Nos Jogos Pan-Americanos, Calderano está invicto nas edições em que competiu. Ele venceu em Toronto 2015, Lima 2019 e Santiago 2023. Sendo o único tricampeão masculino na chave de simples. Já nas Olimpíadas de Paris 2024, ele fez história ao ser o primeiro mesatenista de fora da Europa e da Ásia a alcançar as semifinais do individual.

 

Dobradinha brasileira nas duplas mistas

 

A final foi totalmente brasileira e dividida entre duas irmãs. Nas duplas mistas, Giulia Takahashi e Guilherme Teodoro venceram Bruna Takahashi e Hugo Calderano. A partida foi equilibrada, cada casal venceu dois sets e, por isso, a final teve que ser decidida no tie-break, que terminou com a glória de Giulia e Guilherme por 11 a 6. Essa foi a primeira vez que a dupla conquistou um título pan-americano e a quarta do Brasil nessa modalidade.

 

Foto: Reprodução/ITTF Americas

Giulia e Guilherme vencedores da modalidade duplas mistas.

 

Primeiro ouro do Brasil nas duplas femininas

 

Giulia Takahashi levou o ouro mais uma vez. Nessa categoria, Giulia e sua dupla Laura Watanabe venceram a final contra as chilenas Daniela Ortega e Paulina Vega em 3 sets a 0 (13/11, 11/9 e 11/6). É a única vez na história que o Brasil leva o título nas duplas femininas.

 

Foto: Reprodução/ITTF Americas

 

Bruna Takahashi leva a prata no individual

 

Takahashi enfrentou, na final, Adriana Diaz, atleta porto-riquenha que levou o ouro. A disputa foi acirrada, em 4 sets a 2, com parciais de 11/8, 11/5, 10/12, 11/2, 13/15 e 12/10.

Bruna terminou com a medalha de prata. É a quarta vez que a brasileira conquista o segundo lugar nos Pan-Americanos de Tênis de Mesa.

Na mesma categoria, Giulia, irmã de Bruna, ficou em terceiro lugar.

 

Bronze para Vitor Ishiy e Guilherme Teodoro

 

A dupla masculina do Brasil garantiu o bronze. No confronto da semifinal, os brasileiros infelizmente foram derrotados pelos argentinos Santiago Lorenzo e Horacio Cifuentes.

 

Equipe feminina fica em terceiro lugar

 

O trio composto por Vitória Strassburguer, Laura Watanabe e Giulia Takahashi levou o bronze ao perder a semifinal para a equipe feminina cubana por 3 sets a 1.

Solmáforo, um semáforo para meio ambiente


Solmáforo, um semáforo para meio ambiente

Equipamento mede condições atmosféricas, como temperatura e nível de dióxido de carbono

Por Everton Victor e Julia Lima

Uma mistura de sinal de trânsito com alerta meteorológico. É mais ou menos assim que funciona o Solmáforo, um equipamento exibe a temperatura, umidade do ar, quantidade de raios UV e, especialmente, o nível de dióxido de carbono (CO₂) na atmosfera. Projetado por técnicos das empresas Itaipu Binacional e Itaipu Parquetec, o Solmáforo foi oficialmente lançado em 3 de outubro durante a reunião ministerial de Energia Limpa do G20, em Foz do Iguaçu, única cidade não-capital a receber um evento do grupo.

Unidade do Solmáforo lançada na Reunião Ministerial. (Reprodução: Kiko Sierich/Itaipu Parquetec)

A iniciativa do Solmáforo surgiu em julho deste ano, por conta da realização do encontro das 20 maiores economias do mundo no Brasil. O propósito era informar de modo acessível a quem estivesse por perto as condições atmosféricas. 

O equipamento lembra uma espécie de caixa colorida, e nos quatro lados estão disponíveis as informações sobre as condições atmosféricas. A ideia é a mesma de um semáforo: verde para condições boas, amarelo para estado de alerta e vermelho para atenção. A preocupação dos criadores era que o Solmáforo fosse visual, ou seja, compreensível pelas cores, e personalizável, para ser adaptado a diversos momentos e eventos.

Iggor Gomes Rocha, diretor administrativo da Itaipu, afirma que os Solmáforos foram projetados de modo que pudessem servir para comparar lugares distintos. “A gente queria demonstrar a diferença de localidades. Então eu colocando um Solmáforo no Parque Nacional das Cataratas, em Foz do Iguaçu, e colocando o outro no centro, numa mesma cidade, vai dar a diferença. Sobretudo em temperatura, porque a área verde consegue manter a temperatura mais baixa, e na concentração de dióxido de carbono.”

Para José Alberto Pereira Santos, coordenador de Tecnologias Aplicadas da Itaipu Parquetec, a presença de dados sobre raios UV e dióxido de carbono, além de gerar curiosidade, auxilia nos cuidados da saúde das pessoas que passam em torno do Solmáforo. A exposição excessiva ao sol, que emite raios ultravioletas, pode causar envelhecimento precoce, danos oculares, como cataratas e câncer de pele. Só no Brasil, são estimados 704 mil novos casos de câncer de pele no triênio 2023-2025, de acordo com o último levantamento do Instituto Nacional de Câncer.

Até o momento, foram produzidos três equipamentos, que serão instalados no Parque de Itaipu, no Centro de Recepção de Visitantes da Itaipu Binacional e na Ponte da Amizade, que une Brasil e Paraguai. O pedido de patente do equipamento já foi feito, mas a intenção não é gerar lucro para as empresas. Segundo Iggor, “se outras entidades tiverem interesse em replicar esse equipamento, nós temos todo o interesse que seja feito”.

“Rompendo Barreiras” corre risco de acabar, segundo coordenadora

“Rompendo Barreiras” corre risco de acabar, segundo coordenadora

Programa que busca igualdade e inclusão para estudantes com deficiência da Uerj enfrenta o desafio de preservar sua memória e legado

 

Por Samira Santos

Um dos mais importantes programas de inclusão de pessoas com deficiência da Uerj está enfrentando uma dura realidade: o Rompendo Barreiras, criado há 36 anos, está sob ameaça de desmonte, segundo Valeria de Oliveira, coordenadora do programa.

“A PR4 quer acabar com o projeto. Porque ela não vê a gente como um departamento de ajuda. O Rompendo Barreiras não tem 36 dias. Eu digo, tem 36 anos. Querem apagar essa história”, relata Flávio Gomes, estudante de Direito e colaborador do programa.

Entrevista na sala do Rompendo Barreira no 10º andar (Foto: Leticia Santana)

Uma Jornada de Superação

Flávio Gomes da Silva, 54 anos, é uma das figuras marcantes do Rompendo Barreiras. Ele perdeu a visão aos 33 anos, mas isso não o impediu de continuar perseguindo seus sonhos. Estudante de Direito na Uerj, ele é um exemplo vivo de como o Rompendo Barreiras faz a diferença na vida de pessoas com deficiência, Flávio fez o pré-vestibular com o apoio do PRB-UERJ “Perdi a visão, mas não me abalei. A vida não terminou por aí”, compartilha Flávio.

Frequentador do programa há mais de 16 anos, ele conta que o Rompendo Barreiras foi essencial para seu ingresso e permanência na Universidade. O programa oferece apoio acadêmico e tecnológico a estudantes com deficiência visual, como a leitura de textos, a aplicação de provas e a navegação por sites inacessíveis. “O programa auxilia não só deficientes visuais, mas também surdos, pessoas com deficiência motora, mental e intelectual”, explica.

Flávio conta que o Programa foi fundado pela professora de Faculdade de Educação Maria da Glória Schaper dos Santos, conhecida como Glorinha. Cadeirante, Glorinha viu a necessidade de melhorar a acessibilidade na Universidade e, com isso, criou o programa, em 1988, com um grupo de colaboradoresa maioria pessoas com deficiência.  

Ele também lembra com carinho o tempo em que o programa funcionava em uma pequena sala de 3×3 metros, no 12º andar da Uerj. Mesmo com espaço reduzido, chegavam a atender até 60 pessoas por dia. “Era um espaço pequeno, mas cheio de vida. Não só alunos da Uerj, mas também a comunidade externa nos procurava para resolver problemas, como imprimir contas ou acessar serviços online”,diz.

A luta de Flávio para manter o Rompendo Barreiras vivo não é só pessoal, mas coletiva. Ele acredita que o programa é essencial para que pessoas com deficiência possam estudar, se formar e se profissionalizar. “Eu sou um voluntário aqui. Mesmo durante as férias, eu venho para garantir que o espaço continue aberto. Não podemos deixar que feche”, afirma.

Post de divulgação do programa no Instagram da Uerj (Foto: Reprodução)

Desafios e Retrocessos

Segundo a professora Valeria de Oliveira, coordenadora do Rompendo Barreiras há mais de 20 anos, o principal objetivo do programa é garantir a acessibilidade e a inclusão de estudantes com deficiência e neurodivergencias, promovendo sua permanência e conclusão dos cursos.

Desde a sua criação, o PRB-UERJ oferece uma ampla gama de serviços, desde a leitura de textos para pessoas com deficiências visuais até o uso de tecnologias assistivas para pessoas em diferentes condições. “Auxiliamos na organização das disciplinas para estudantes neurodivergentes, transcrevemos áudios para alunos surdos e formatamos trabalhos acadêmicos para quem tem dificuldade em operar programas de edição”, explica Valeria. Além disso, o Programa representa a UERJ no Conselho Estadual de Políticas Públicas para a Pessoa com Deficiência (CEPDE-RJ) e no Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência do Rio de Janeiro (COMDef-Rio), onde, inclusive, na época das Conferências, propõe avanços nas legislações de acessibilidade. 

Contudo, Valeria está preocupada com as recentes mudanças impostas pela administração da Uerj. Segundo ela, “a PR4 (Pró-Reitoria de Políticas e Assistência Estudantil) começou a desmantelar o PRB-UERJ em 2024, ao extinguir a Coordenadoria (AEDA 048/Reitoria/2024) e tentar fazer com que o Programa seja, apenas, um projeto”. “Estão tentando deixar o PRB-UERJ sem a estrutura conquistada depois de muitas reivindicações. Desde o início de 2024, quando perdemos cinco bolsistas, estamos sentindo o abalo das nossas estruturas. Em junho, perdemos três servidores (uma Pedagoga, uma Psicóloga e uma Técnica Administrativa) e um contrato administrativo. Até perdas patrimoniais fazem parte desse processo. No momento, não sabemos se ou até quando permitirão que permaneçamos na sala construída para o Programa. É um retrocesso enorme para a inclusão na UERJ”, lamenta. 

Para Valeria, a decisão de extinguir a coordenadoria do Rompendo Barreiras e substituí-la pela coordenadoria de atenção psicossocial (AEDA 048/Reitoria/2024) é uma questão de escolha da gestão, sua luta e reivindicar pela permanência do PRB-UERJ que espera ser transferido para o Centro de Educação e Humanidades (CEH). “A PR4 está virando as costas para um programa que vem acolhendo e orientando milhares de estudantes ao longo de quase quatro décadas. Eles estão priorizando um modelo elitista, onde pessoas com deficiência e cotistas são marginalizados”, afirma a coordenadora. 

Ela também destaca o papel crucial que o PRB-UERJ desempenhou em tornar a Uerj mais acessível. “Existem documentos que registram a participação do Rompendo Barreiras nas construções das rampas externas da UERJ e a rampa localizada na saída da Rua São Francisco Xavier que leva o nome da Professora Glorinha, os banheiros adaptados há anos, também foi uma das articulações do PRB-UERJ com a prefeitura, tudo isso foi conquistado com a nossa participação ativa”, lembra Valeria. 

 

 Futuro do Rompendo Barreiras 

Para Flávio e Valeria, o Rompendo Barreiras não é apenas um programa de assistência, mas um espaço institucional de garantia de direitos segundo a Lei Brasileira de Inclusão. “Eu conheci o projeto em 2007, através de um amigo. Desde então, o Rompendo Barreiras se tornou o meu lugar”, conta Flávio.  

Apesar das dificuldades, tanto Flávio quanto Valeria estão empenhados em fazer com que o Programa Rompendo Barreiras continue garantindo a acessibilidade e a inclusão de estudantes com deficiência e neurodivergentes na Uerj. “Nós, que temos deficiência aparente, lutamos pelos nossos direitos. Mas, como eu sempre digo, todos têm uma deficiência. Alguns apenas não a enxergam. E é por isso que precisamos lutar juntos”, conclui Flávio. 

Procurada, a PR4 não quis se pronunciar sobre o assunto até a publicação da matéria. Segundo a Professora Valeria, ela foi informada pela assessora da PR4 que foram procurados, mas que indicaram seu nome para essa matéria. 

 

 
 

O que o G20 decidiu sobre bioeconomia – e o que isso tem a ver com a sua vida

O que o G20 decidiu sobre bioeconomia - e o que isso tem a ver com a sua vida

Países definiram princípios para conciliar desenvolvimento com sustentabilidade

 

Por Everton Victor, Julia Lima e Letícia Santana

4° reunião da iniciativa do G20 sobre Bioeconomia. Foto: Leticia Santana

Temperaturas recordes, queimadas, clima seco, inundações – os efeitos das mudanças climáticas estão cada vez mais próximos do cotidiano global. Buscar soluções baseadas na própria natureza, com uma coordenação global para aplicá-las, é um dos temas centrais das diferentes reuniões do G20. Entre eles, a iniciativa de Bioeconomia, que reúne representantes das 20 maiores economias do mundo.

Bioeconomia é um conceito que pensa o desenvolvimento econômico aliado à proteção ambiental. Imagine uma economia que não é dependente apenas do uso de fontes de energia fósseis, ou que aposta em energia limpa e minimiza os danos causados à natureza. Em síntese, um desenvolvimento com sustentabilidade, com a utilização de  recursos biológicos renováveis ao invés de combustíveis fósseis e outros recursos que degradam o meio ambiente. 

Na prática, se você está reciclando uma embalagem, reutilizando uma garrafa ou utilizando uma roupa biodegradável, já está contribuindo com a Bioeconomia. 

No encontro do G20 sobre Bioeconomia, realizado em 11 de setembro no Rio de Janeiro, os participantes apresentaram os Dez Princípios de Alto Nível sobre Bioeconomia, voluntários e não vinculativos”. Entre as propostas estão a inclusão de povos indígenas no debate, compartilhamento de boas práticas entre os países, criação de metodologias “comparáveis, mensuráveis e contextualizadas para avaliar a sustentabilidade em todas as cadeias de valor” e a promoção da restauração e regeneração de áreas e ecossistemas degradados. Apesar de um membro do G20 não ter a obrigatoriedade de aplicar estes princípios, por serem voluntários e não vinculativos, todos definiram em consenso que irão colocá-los em prática.

A bioeconomia representa hoje 25% de todo o Produto Interno Bruto Brasileiro, segundo um estudo da FGV (Fundação Getulio Vargas). E o Brasil anunciou em agosto a criação de uma Estratégia Nacional Para a Bioeconomia, para formular diretrizes para o tema. Também está prevista a criação de um Plano Nacional para a Bioeconomia, com promoção à bioindustrialização, entre outras ações. 

No G20, as discussões sobre Bioeconomia são divididas em três eixos temáticos, sendo eles: Ciência, Tecnologia e Inovação para a bioeconomia; Uso sustentável da biodiversidade para a bioeconomia; O papel da bioeconomia para a promoção do desenvolvimento sustentável. As propostas buscam conciliar desenvolvimento, sustentabilidade, saberes ancestrais e parâmetros globais para o enfrentamento das mudanças climáticas. 

André Corrêa Lago, secretário do Clima, Energia e Meio Ambiente do MRE e a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima durante a 4°reunião sobre Bioeconomia do G20 (da esquerda para a direita) . Foto: Leticia Santana

A ministra do Meio Ambiente e da Mudança do Clima do Brasil, Marina Silva, ressaltou a necessidade de idealizar uma Bioeconomia transversal na prática, que atravesse várias partes da administração pública e não seja apenas uma responsabilidade dos Ministérios do Meio Ambiente dos países.

De acordo com Marina, a falta de parâmetros internacionais dificulta um esforço global coordenado sobre um tema que tem muito a contribuir com um “novo modelo de desenvolvimento”, pautado na transição ecológica. Para a ministra, ações que promovam a Bioeconomia devem acontecer também a partir dos governos, com cooperação e parâmetros globais para um novo modelo de desenvolvimento.

‘Vanderlei: Pernas, coração e cabeça’ é indicado ao Lisbon Sport Film Festival

‘Vanderlei: Pernas, coração e cabeça’ é indicado ao Lisbon Sport Film Festival

Por: Livia Bronzato

O documentário Vanderlei: Pernas, coração e cabeça, dirigido pelos jornalistas Diogo Venturelli, Gabriel Baron e Terni Castro, conta a história desse maratonista, trazendo à tona momentos emocionantes que ocorreram na vida do atleta. Produzido pelo Comitê Olímpico do Brasil, foi indicado para participar do evento Lisbon Sport Film Festival, que aconteceu on-line do dia 1 ao dia 10 de outubro. Além disso, ficou em oitavo lugar no Prêmio AIPS (Associação Internacional de Imprensa Esportiva) Sport Media Awards 2023.

 


A produção mostra a linha cronológica da vida de Vanderlei Cordeiro de Lima, desde sua infância em Tapira (PR), sua cidade de origem, até os dias atuais. Tudo começou quando, na escola, descobriu que gostava do esporte e ganhou seu primeiro tênis de corrida. Fazia inicialmente corridas por hobby, mas ao crescer decidiu que gostaria de fazer disso seu emprego. Na obra, mostram-se os momentos mais marcantes da carreira e as competições pelas quais ele passou, tanto em maratonas quanto em olimpíadas.

O documentário leva Vanderlei para reviver o episódio mais conhecido de sua carreira. Ele retorna à Grécia e visita locais importantes para a história das Olimpíadas, além de ir ao lugar onde tentaram empurrá-lo para fora da prova nas Olimpíadas de Atenas 2004. Apesar do ocorrido, o longa metragem nos mostra como o atleta foi persistente e comemorou com muito entusiasmo a medalha de bronze que conquistou nesse dia.

Após o episódio, o atleta recebe a honra de carregar uma medalha Pierre de Coubertin, que é concedida aos que demonstram alto grau de esportividade e espírito olímpico, e também a honra de acender a pira olímpica no evento de abertura das Olimpíadas Rio 2016. “Eu sentia a vibração do estádio vivendo aquele momento, foi o momento de maior sentimento que eu tive na minha vida”, relembra.

 

Foto: Reprodução/Instagram

Vanderlei ao acender a pira olímpica na Rio 2016.

 

Vanderlei: Pernas, coração e cabeça é uma obra que envolve e emociona seu telespectador, principalmente porque conta a história de uma pessoa humilde, persistente e inspiradora. Assisti-la é essencial para conhecer melhor a vida do único brasileiro que já recebeu a Pierre de Coubertin.

O que educação tem a ver com as mudanças climáticas

O que a educação tem a ver com as mudanças climáticas

Relatório do Banco Mundial mostra que cada ano a mais de estudo aumenta em 8,6% a conscientização  sobre questões ambientais

Por Vinicius Rodrigues

Soldados do Exército fazem limpeza na Escola Municipal de Ensino Fundamental Thiago Wurth, em Canoas (RS), que foi atingida pelas enchentes. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

Um novo relatório do Banco Mundial detalha como a crise no clima impacta estudantes em todo mundo e coloca a educação como um dos pontos principais para que as pessoas tomem consciência do problema. A pesquisa ressalta que pessoas com maior nível educacional são mais propensas a ver as mudanças climáticas como grande ameaça se comparadas com as que têm menor nível educacional. E põe o Brasil no mapa: segundo o documento, 84% dos brasileiros com ensino médio ou superior estão mais atentos à gravidade das mudanças climáticas, enquanto, entre os que têm nível educacional mais baixo, a taxa é de apenas 62%.

“Cada ano de educação está associado a um aumento de 8,6% na conscientização sobre as mudanças climáticas. Também vemos que a relação entre educação e conscientização é mais forte para países com sistemas educacionais de maior qualidade. Isso sugere que as características do aprendizado escolar contribuem para o aumento da conscientização”, diz a economista Marla Spivack, uma das autoras do relatório, em entrevista à Agenc.

Além dela, o relatório “Choosing Our Future: Education for Climate Action (Escolhendo Nosso Futuro: Educação para Ação Climática)” tem como autores Shwetlena Sabarwal, Sergio Venegas Marin e Diego Ambasz.

Alunos pobres são os mais atingidos pelas mudanças climáticas

O documento mostra que os estudantes das regiões brasileiras mais pobres são os mais atingidos pelas mudanças climáticas: cerca de 1% da aprendizagem é perdida devido ao aumento da exposição ao calor durante o período escolar, pois há escolas com péssimas condições estruturais, que não têm salas ou ambientes climatizados para os alunos assistirem às aulas em épocas de altas temperaturas.

Um aluno que está entre os 50% mais pobres pode perder até 0,5 ano de aprendizagem devido às mudanças climáticas, aponta o relatório.

No primeiro semestre do ano de 2024, o estado do Rio Grande do Sul sofreu com as grandes enchentes que perduraram por mais de um mês na região, deixando mortos e desabrigados. Mais de 500 escolas foram afetadas, deixando mais de 200 mil alunos matriculados sem aulas, segundo relatório feito pelo governo do estado. Pelo menos 80 escolas foram utilizadas como ponto de abrigo para os desabrigados.

Eventos climáticos extremos, como os que atingiram o Rio Grande do Sul, exigem preparação dos governos, afirma Carolina Maciel, bióloga e analista do Instituto Alana, uma ONG voltada para a defesa dos direitos das crianças. 

Segundo Carolina, mesmo que o mundo parasse com as emissões de gases do efeito estufa hoje, ainda sofreria com eventos climáticos extremos resultantes dos anos anteriores. O Instituto tem trabalhado com o estímulo às chamadas boas práticas, que criam rotinas positivas para prevenir eventos extremos e reduzir seu impacto.

“A primeira boa prática é conhecer as particularidades dos nossos territórios. As ações e soluções não podem ser simples incorporações do que acontece em outros países, principalmente do Norte Global. Precisam ser soluções que façam sentido para as comunidades, para a estrutura da cidade e para o próprio meio ambiente daquele local”, afirma.

É importante que o governo e a população se envolvam. “Isso aumenta nosso senso de pertencimento com o bioma onde nossa cidade está inserida e passamos a ter, inconscientemente, escolhas mais responsáveis. A gente não cuida do que não conhece. Então explorar e conhecer é o primeiro passo dessa jornada”.

E a segunda boa prática seria não só utilizar as escolas como espaços para desabrigados em eventos climáticos extremos, mas educar os estudantes para fortalecerem a relação com a natureza. Isso inclui medidas como:

  • adaptar os espaços escolares, contribuindo com a mitigação das mudanças climáticas e com o seu funcionamento durante eventos extremos;
  • adotar estratégias de educação que fomentem o acesso e o fortalecimento do vínculo da comunidade escolar com a natureza;
  • desenvolver conhecimento crítico, habilidades e competências sobre o enfrentamento à emergência climática, valorizando o protagonismo dos estudantes na resolução de problemas em seus territórios.

Para os governos, algumas medidas recomendadas são:

  • aumentar o conforto térmico das cidades, principalmente das escolas, incorporando e ampliando ambientes azuis e verdes;
  • apoiar a naturalização de espaços, principalmente escolas;
  • trabalhar em planos de adaptação para suas cidades;
  • trabalhar em planos relacionados à qualidade do ar; 
  • investir em sistemas de monitoramento climático (inclusive com instituições científicas);
  • priorizar a proteção de áreas naturais e a recuperação de ecossistemas degradados, como matas ciliares e encostas de rios.